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segunda-feira, abril 23, 2007

CPI DO APAGÃO AÉREO: "CÁ EM CASA MANDA ELA, E NELA MANDO EU" **

Chinaglia: não haverá obstáculos para CPI. Se STF decidir por sua criação, Chinaglia garante que CPI será instalada no prazo. Para ele, não há mais motivos para disputa em torno do assunto.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nesta segunda-feira (23) que não vai colocar obstáculos para instalação da CPI do Apagão Aéreo caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida por sua criação em julgamento marcado para a próxima quarta-feira (25). Para Chinaglia, se o STF decidir pela CPI, não há mais motivos para disputa entre governo e oposição para tentar impedi-la. "Eu vou cumprir os prazos regimentais. Significa que os líderes terão prazo para indicar os seus componentes, e eu creio que o farão. Porque tudo o que podia ser feito de disputa política de ambos os lados, base do governo e oposição, já foi feito. Então, se o Supremo decidir, a CPI vai ser instalada no prazo adequado", afirmou. O plenário do STF julga na quarta o mandado de segurança da oposição para anular o arquivamento da CPI na Câmara. A CPI foi arquivada depois que a base do governo conseguiu aprovar, em plenário, um recurso do PT contra a investigação parlamentar do sistema aéreo brasileiro. Enquanto isso, o Senado prepara-se para dar início a uma CPI semelhante na Casa. O requerimento para uma CPI foi protocolado semana passada pela oposição com 34 assinaturas, sete a mais que o necessário. A expectativa é que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), leia a "criação" da CPI em plenário nesta semana. Depois disso, ele abre um prazo para que os líderes indiquem os membros da comissão para que ela seja, enfim, instalada. A oposição tem pressa para instalar a CPI no Senado porque teme que algum ministro do STF peça vista (mais tempo para analisar) do julgamento da Câmara, o que adiaria ainda mais a investigação dos deputados. Já os governistas admitem que ficou inevitável impedir uma CPI, e agora trabalham para que apenas a da Câmara, onde têm uma maioria mais folgada, funcione. g1.com. Leandro Colon, DF.
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** Provérbio português.

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