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quarta-feira, outubro 17, 2007

RENAN CALHEIROS [In:] UM 'AUSENTE' ONIPRESENTE

Convocada a pretexto de “pacificar” o Senado, a reunião-almoço do presidente interino Tião Viana (PT-AC) com as lideranças partidárias teve pelo menos um momento de tensão, em que o timbre belicoso prevaleceu sobre a pretendida harmonia. Deu-se numa intervenção de Valdir Raupp (RO), líder do PMDB. Ele disse: “O Renan é como tigre. Está enjaulado, mas não está morto. Não convém que provoquem o Renan.”
Raupp reagiu a observações feitas durante o encontro por Sérgio Guerra (PSDB-PE). O senador tucano disse que a harmonia do Senado só seria completamente recuperada depois da resolução de todos os processos que ainda correm no Conselho de Ética contra Renan Calheiros. Insinuou que o retorno de Renan à presidência representaria a volta da crise. Antes, o líder do PSOL, José Nery, também havia feito uma intervenção no mesmo sentido. O rugido de Raupp, espécie de porta-voz do “tigre enjaulado” foi interpretado por alguns dos presentes como um recado de Renan aos que desejam esfolá-lo. Foi entendido, de resto, como uma reação à antecipação da guerra interna pela cadeira de presidente do Senado. Um assento que o PMDB considera seu. Além de fustigar Renan, as lideranças de oposição valeram-se do encontro com o petista Tião Viana para despejar sobre a mesa do almoço da paz uma rajada de críticas ao comportamento do governo. José Agripino Maia (RN), líder do DEM, vociferou contra a pressa que o Planalto tenta impor à tramitação da emenda da CPMF. Disse que não abre mão do respeito aos prazos regimentais. Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, interveio para queixar-se da enxurrada de medidas provisórias que conspurca a pauta de votações do Senado. Lembrou que, ao retirar MPs que tramitavam na Câmara a pretexto de apressar a aprovação da CPMF, o governo deixou claro que as medidas provisórias de Lula nem são urgentes nem relevantes. Tasso Jereissati (CE), presidente do PSDB, reclamou da tática de cooptação utilizada pelo governo para seduzir senadores de partidos da oposição, convencendo-os a migrar para legendas associadas ao consórcio governista. Uma tática que forçou Agripino Maia a deixar a reunião-almoço bem antes da sobremesa. O líder 'demo' foi ao encontro do governador José Roberto Arruda (DF) e do senador Adelmir Santana (DF). Na véspera, Adelmir anunciara sua transferência do DEM para o PR. Deu meia-volta depois de obter de Arruda, tendo Agripino como fiador, o compromisso de que o partido lhe assegurará uma vaga de candidato a cargo majoritário em 2010, provavelmente uma recandidatura ao Senado. Antes e depois da deserção de Agripino Maia, Tião Viana repisou no encontro com os líderes a pregação que vem adotando desde a licença de Renan. Um discurso que combina os interesses do governo com as demandas da oposição. A despeito das rusgas remanescentes de uma crise Renan, promovido por Raupp da condição de coco arrancado para o posto de tigre ameaçador, o presidente interino do Senado conseguiu o que queria: a retomada das votações. Nesta quarta-feira (17), por sugestão de Tião Viana, o presidente da República em exercício José Alencar fará uma visita ao Senado. Ele se reunirá com as principais lideranças da Casa. Vai preparado para esgrimir o discurso de respeito às diferenças. Curiosamente, é Alencar quem vem exercendo, a pedido de Lula, o papel de cupido no namoro do governo com senadores oposicionistas. Um relacionamento que conduz a puladas de cerca que o TSE proibiu ao estender, na noite desta terça-feira, a fidelidade partidária também aos senadores, ocupantes de cargos majoritários. Se encontrar um clima propício, Alencar pretende convidar os líderes partidários, inclusive os de oposição, para uma visita ao Palácio do Planalto. O encontro ocorreria depois do retorno de Lula da viagem que faz à África. Seria uma demonstração de que o Planalto está disposto, por assim dizer, a estreitar suas inimizades. Algo essencial para um governo que tenta arrancar a CPMF de uma Casa em que sua maioria é tênue.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 1610.

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