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quarta-feira, novembro 14, 2007

CPMF/SENADO/SENADORES: TUDO É RECICLÁVEL



Em público, o governo diz que já dispõe dos 49 votos de que necessita para aprovar a emenda da CPMF no Senado. O ministro Guido Mantega (Fazenda) chegou mesmo a afirmar que os votos do PSDB, cortejados por ele até bem pouco, não são mais necessários. Entre quatro paredes, porém, ouve-se coisa diferente.
A despeito das concessões que já fez, o Planalto contabiliza em 45 os senadores supostamente comprometidos com a renovação do imposto do cheque. O próprio Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula, deixou escapar o número num diálogo que manteve no Senado nesta terça-feira (13). Deu-se logo depois da votação em que o relatório de Jucá, pró-CPMF, foi aprovado na comissão de Justiça. No instante em que cumprimentava o líder governista, uma senadora perguntou-lhe se o governo já estava preparado para o round seguinte, no plenário do Senado. E ele: “Só temos 45 votos.” Curiosamente, o número governo chega a ser mais pessimista do que o da oposição. O DEM, porta-estandarte do bloco anti-CPMF, estima que Lula dispõe, por ora, de 48 votos, um a menos do que precisa. ‘Demos’ e tucanos não têm a pretensão de vencer. Querem apenas impedir que o Planalto ganhe.
Dito de outro modo: a oposição não precisa obter 49 votos. Luta para evitar que o consórcio partidário de Lula chegue a esse patamar. E acha que, mantido o quadro atual, vai conseguir. Contabiliza em sua tropa, por enquanto, 33 senadores. Estão distribuídos assim: 14 do DEM; 13 do PSDB; três do PMDB (Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos e Mão Santa); um do PTB (Mozarildo Cavalcanti); um do PR (Expedito Júnior) e um do PSOL (José Neri). É difícil imaginar que um senador como Expedito Júnior (PR-RO), filiado a uma legenda egressa do mensaleiro PL, vá votar contra o governo. O que dá segurança à oposição para incluí-lo na sua lista é a palavra de Paulo Skaff, presidente da Fiesp. Em diálogo com um dirigente do DEM, Skaff disse ter “amarrado” o voto de Expedito. A conferir. Seja como for, a intranqüilidade do governo foi tonificada, nesta terça-feira (13), pela manifestação de Jefferson Peres (AM), líder do PDT. Para o Planalto, a legenda presidida pelo ministro Carlos Lupi (Trabalho) já havia fechado questão em favor da CPMF. Não foi o que se verificou, porém, na votação da comissão de Justiça do Senado. Membro da comissão, Jefferson Peres se absteve de votar. E avisou que sua abstenção será convertida em voto contra no plenário do Senado caso o governo não se comprometa com a adoção de um mecanismo legal de redução dos gastos correntes. Exigência que o PSDB já fizera e que o governo refutara. Além do líder do PDT, outros dois senadores do partido flertam com a rejeição à CPMF: Cristovam Buarque (DF) e Osmar Dias (PR). No PMDB, Valter Pereira (MS) inspira dúvidas permanentes no governo. Como se fosse pouco, uma dupla de senadores que pulou a cerca do DEM para legendas do consórcio lulista –César Borges (PR-BA) e Romeu Tuma (PTB-SP)— também já não parecem confiáveis aos olhos do governo. Borges e Tuma estão com a faca no pescoço. O DEM ameaça recorrer ao TSE para recuperar os dois mandatos. Em privado, César Borges disse a um senador do PSDB que admitiria posicionar-se contra a CPMF se a direção do DEM o deixar em paz. Tuma disse a um dirigente ‘demo’, também em reserva, que vai votar contra a prorrogação do imposto do cheque, uma posição que firmara, segundo diz, antes de mudar de legenda. Às voltas com tantas dúvidas, o Planalto e seus operadores têm fundadas razões para ostentar inquietude. É preciso considerar, porém, que Lula está lidando com um Legislativo sensível ao tilintar de cargos e verbas. Instrumentos que, na Câmara, o Planalto não teve pejo de usar. Estima-se que a emenda da CPMF vá a voto no plenário do Senado, em primeiro turno, entre os dias 11 e 18 de dezembro. Ou seja, o Planalto dispõe de tempo para barganhar. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) desdenhou da higidez da oposição. Disse que, na hora da colheita, sempre pingam alguns votinhos do PSDB e do DEM na horta do governo. Abespinhado, Demóstenes Torres (DEM-TO) dirigiu à líder do PT o mesmo comentário com que Juan Carlos, o monarca da Espanha, fustigou o compañero Hugo Chávez: “Por que não se cala?” Em verdade, porém, certos senadores ‘demos’ –os mato-grossenses Jaime Campos e Jonas Pinheiro, por exemplo—não parecem insuscetíveis aos instrumentos de sedução do governo. Para fustigar o PSDB, Ideli diz que os governadores de Estado são favoráveis à prorrogação da CPMF. Embora não diga os nomes, refere-se em especial aos tucanos José Serra (São Paulo), Aécio Neves (Minas) e Ieda Crusius (Rio Grande do Sul). Em resposta, Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, diz: “O PSDB não tem aiatolás. Do mesmo modo que não digo aos governadores onde devem fazer pontes, eles não me dizem como devo comandar a bancada.” Na votação da CCJ, os quatro votos tucanos foram despejados no relatório de Kátia Abreu, anti-CPMF. Entre eles o de Lúcia Vânia (PSDB-GO), uma senadora que freqüentava a lista do governo na condição de cooptável.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 1411.

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