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segunda-feira, dezembro 03, 2007

CPMF/GOVERNO LULA: PLANALTO & PLANOS


A guerra da CPMF entra em sua fase decisiva nesta semana. Antes do confronto final, o generalato de Lula e o alto comando da oposição passam os seus exércitos em revista. Tentam certificar-se de que dispõem de tropa para prevalecer no plenário do Senado. A fase da pantomima numérica está próxima do final. Até a próxima quinta-feira (6), a platéia saberá quem tem voto e quem guerreia com o gogó.
O Planalto inicia a semana em “desvantagem”. A inferioridade deve ser grafada assim, entre aspas, porque nem a oposição, em aparente vantagem numérica, confia plenamente na fidelidade de todos os 34 votos de que, supostamente, dispõe. Certos senadores são vistos como prendedores de roupa. Hoje, pendem do varal da oposição. Amanhã, podem migrar para o fio em que o governo estendeu as verbas, os cargos e os favores que tem a oferecer. Nesta segunda-feira (3), José Agripino Maia (RN) e Arthur Virgílio (AM) –líderes do DEM e do PSDB— reúnem-se com Marco Maciel (DEM-PE), presidente da comissão de Justiça do Senado. A trinca vai esboçar o “Plano B” da oposição. Uma estratégia que será acionada caso o governo consiga virar a cabeça de parte da tropa anti-CPMF. A tática alternativa prevê a troca dos métodos de guerra legislativa convencional, na qual prevalece quem tem mais votos, pela guerrilha regimental. Se pressentirem que lhe fogem os votos, PSDB e DEM erguerão barricadas sobre o regimento. Tentarão empurrar a deliberação do Senado até as fronteiras do Ano Novo.Pela Constituição, o prazo de validade do imposto do cheque expira em 31 de dezembro de 2007. Se o governo não conseguir votar a renovação da CPMF até lá, o tributo deixa de existir. Nessa hipótese, a oposição derrotaria o governo por decurso de prazo, sem ter de ir à sorte das armas em plenário.A presença de Marco Maciel na reunião desta segunda não é casual. É na comissão de Justiça, comandada por ele, que PSDB e DEM enxergam as picadas que teriam de trilhar caso optem pela trilha da guerrilha regimental. A emenda da CPMF volta à comissão na quarta-feira (5), para a análise das emendas que será penduradas na proposta. Estima-se que, aferrando-se ao regimento, Maciel teria como protelar o confronto do plenário por pelo menos 15 dias, a contar de quarta. Se bem sucedido, o esconde-esconde regimental empurraria a votação do primeiro turno da CPMF para o dia 19 de dezembro. Ainda que consiga prevalecer no primeiro round, o consórcio governista teria de arrostar um interstício de cinco sessões, descontado o final de semana. E o segundo turno se daria entre o peru do Natal e o champanhe do Ano Novo. Agripino Maia e Virgílio vão ao encontro de Maciel em franca divergência. O líder do DEM ainda cultiva a expectativa de ganhar no voto. “Só tenho convicção plena do meu próprio voto. Mas tenho de confiar na palavra daqueles que dizem estar conosco”, diz Agripino, em privado. Por Virgílio, a opção pela guerrilha já deveria ter sido adotada. “Já fui ministro. Sei que não devo desprezar o poderio do governo”, afirma, entre quatro paredes. Para o líder tucano, o Planalto foi à guerra “disposto a tudo.” Acha que Lula deixou claro que levaria a queda-de-braço às raias do inadmissível ao entregar Furnas ao PMDB, ainda na fase em que a emenda da CPMF transitava pelos escaninhos da Câmara. No Senado, Virgílio argumenta, sempre sob reserva, os dissidentes do consórcio governista –hoje alinhados à oposição—, “passaram a valer ouro em pó.” E Lula, submetido ao risco de perder uma arrecadação de R$ 40 bilhões anuais, “fará o que for preciso” para cooptá-los. Alguns, na opinião do líder do PSDB, não resistirão. Num movimento iniciado na semana passada e intensificado no final de semana, o governo, de fato, mira em três dos sete dissidentes que engordam o cesto de votos da oposição: César Borges (PR-BA), Expedito Júnior (PR-RR), Romeu Tuma (PTB-SP). E acerca-se de outro governista que pende para a rejeição da CPMF: Geraldo Mesquita (PMDB-AC). De resto, tenta seduzir tucanos como Cícero Lucena (PB) e ‘demos’ como Jonas Pinheiro (MT). Em contatos telefônicos mantidos no final de semana, Virgílio informou à cúpula do DEM que, se o parceiro mantiver o entendimento de que a oposição pode ganhar no voto, vai entregar os pontos. Não sem antes repisar sua convicção quanto aos riscos. Agripino, por sua vez, não se mostra inteiramente avesso à mudança de estratégia. Mas acha que, antes, é preciso aferir, em contatos diários, a solidez dos votos duvidosos. Nesta terça-feira (4), por exemplo, ele terá um tête-à-tête com José Nery (PSOL-PA), outro oposicionista submetido ao cerco do Planalto.
Escrito por Josias de Souza. Folha Online, 0312.

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