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quarta-feira, dezembro 05, 2007
RENAN CALHEIROS: FIZ, VIRAM E VENCÍ!!!
"O afastamento de Calheiros ocorre no momento em que o governo busca a aprovação da renovação da "lei do cheque' com a qual arrecada o equivalente a mais de US$ 20 bilhões por ano", disse o periódico sobre a medida, que pode ser votada nos próximos dias. O imposto financia grande parte dos programas sociais do governo. O "Clarín" informa seus leitores que este é "um imposto similar a um recolhido na Argentina, mas arrecada mais por ser uma taxa maior e porque o (imposto) brasileiro é um mercado maior e com mais bancos do que o argentino". Outro jornal argentino, o Página 12, diz que "a renúncia de Calheiros deverá acalmar os ânimos no Senado e levar à aceitação da prorrogação da CPMF", lembrando que o senador "havia sido crucial para a formação da coalizão de governo há um ano".
"Pressão de Lula"
"El País", da Espanha, diz em artigo que o senador brasileiro só acabou abrindo mão do cargo "por pressões do presidente Lula, que não vê com bons olhos o desgaste que está sofrendo no Senado pelo caso e porque Calheiros perdeu sua reputação, acuado pelos processos abertos contra ele". Entre as acusações feitas contra Calheiros estão a de pagar despesas pessoais com dinheiro de um lobista e a compra irregular de duas emissoras de rádio em seu estado natal, Alagoas. Na votação sobre se o senador havia quebrado a ética parlamentar, políticos contrários a Calheiros "insistiram que não se pode condenar ninguém só por indícios, por mais evidentes que possam parecer", diz o "El País".
"Os partidários da condenação de Calheiros insistiram que o que estava em jogo era a credibilidade do Senado perante a opinião pública, que se rebela contra o jogo interno da política, indignada com os graves casos de corrupção que pairam sobre o Congresso e sobretudo com a impunidade de seus autores, que acabam sendo absolvidos em nome de uma suposta defesa do prestígio da classe política", afirma o artigo do El País. O ex-presidente do Senado Renan Calheiros foi absolvido da acusação de quebra de decoro parlamentar plenário da Casa por 48 votos a 29, e 3 abstenções, na terça-feira.
da BBC Brasil. 0512.
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