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quarta-feira, fevereiro 13, 2008

CPI/CARTÃO CORPORATIVO: GRANDE É O QUE CONTA...


Do modo como foi formulado pelo PSDB e aceito pelo governo, o pedido de CPI dos Cartões exclui de sua composição os deputados de legendas pequenas. Ficam de fora, por exemplo, o PV de Fernando Gabeira (RJ), o PSOL de Chico Alencar (RJ), o PPS de Raul Jungmann (PE) e o PSB de Luiza Erundina.
“Houve uma redução absurda da pluralidade. Deixaram os barulhentos de fora”, lamenta Jungmann. “Será uma CPI dos que sustentam o Lula –PMDB e PT—misturados aos que sustentaram o Fernando Henrique –PSDB e DEM”, ecoa Gabeira. Chico Alencar arremata: “É comum dizerem que todos sabem como uma CPI começa, mas ninguém sabe como ela acaba. No caso da CPI dos Cartões, já se sabe, pela própria composição, como ela começa e também como vai terminar.” Pelo regimento, uma CPI mista pode ser composta por até 34 congressistas. O pedido da comissão dos cartões, porém, anota que tomarão parte da apuração apenas 22 parlamentares –11 deputados e 11 senadores. Na Câmara, respeitando-se a proporcionalidade das bancadas, vão à comissão oito deputados do consórcio governista. As outras três vagas serão divididas entre PSDB e DEM. O critério adotado, por draconiano, levou a “Terceira Via” a questionar até mesmo a validade da denominação do grupo. “Já nem sei se somos a ‘terceira via’. Passamos a ter no Congresso, agora mais do que nunca, uma via só, de mão única”, diz Chico Alencar. “Talvez a gente rebatize o grupo de ‘Pró-Congresso’”, afirma Gabeira. Gabeira, Jungmann, Alencar e Erundina integram, junto com outros deputados, um movimento constituído no início da atual legislatura, para dar suporte à candidatura de Gustavo Fruet (PSDB-PR) à presidência da Casa. Embora derrotado por Arlindo Chinaglia (PT-SP), o grupo não se desfez. Reúne-se periodicamente. Deu-se no ano passado a ação mais recente do grupo: uma campanha intitulada “Fora, Renan”, que, a despeito do barulho, sucumbiu ao corporativismo do Senado. Nesta terça-feira (12), a “Terceira Via” decidiu, em reunião, insurgir-se contra o que seus integrantes chamam de “manobra para domesticar a CPI” dos Cartões. Curiosamente, Carlos Sampaio (PSDB-SP), autor do pedido de CPI, é considerado um deputado próximo à “Terceira Via”. O grupo começou a se estranhar com ele depois dos entendimentos que firmou com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para tornar viável a instalação da CPI Mista dos Cartões. “Ficou para nós um sabor de acordo, com o objetivo de excluir da investigação o Lula, o Fernando Henrique e suas respectivas famílias”, diz Gabeira. “E nós não podemos compactuar com isso. Não temos força para impor uma CPI contra o governo. Mas lançaremos mão das nossas armas. Ficaremos no pé deles, denunciando todas as manobras.” “Queremos uma investigação sem limites além daqueles previstos na Constituição”, reverbera Chico Alencar. “Numa República, nenhum cidadão está acima das leis. Nem Lula nem Fernando Henrique nem o mais humilde servidor público”, acrescenta Jungmann. Da reunião desta terça, além dos três, participaram Júlio Delgado (PSB-MG), Luiza Erundina (PSB-SP), Raul Henry (PMDB-PE), Ivan Valente (PSOL-SP), Luciana Genro (PSOL-RS) e Gustavo Fruet (PSDB-PR). Esteve também na reunião o tucano Carlos Sampaio, autor do pedido de CPI. Ele disse aos colegas que o acordo que firmara com Jucá restringia-se à abertura de uma CPI mista, em vez de uma comissão exclusiva do Senado. Embora Sampaio tenha assegurado que o acerto com o líder do governo não incluiu nenhum tipo de “blindagem” a Lula ou a FHC, o grupo manteve o pé atrás. Ouça-se Gabeira: “O próprio Carlos Sampaio deu entrevistas falando que o foco da CPI não era os gastos dos presidentes. O [Antonio Carlos] Pannunzio, líder do PSDB, declarou que o objetivo não é chegar à lingerie. Parece claro que há um acordo. E acordos como esse não precisam ser formalizados em papel.” O nariz virado em relação à movimentação de Sampaio não se restringe à “Terceira Via”. A reunião com Jucá ateou contrariedades no próprio PSDB. Uma contrariedade que, nesta terça-feira (12), extrapolou as paredes dos gabinetes. Nesta terça-feira (11), os líderes Arthur Virgílio (PSDB) e José Agripino Maia (DEM) convidaram para almoçar no Porcão, uma churrascaria chique de Brasília, oposicionistas de diferentes partidos. Um dos objetivos do repasto era justamente o de espantar o fantasma da “blindagem” de Lula e FHC. A certa altura, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) investiu, em discurso, contra Sampaio. Dias acusou o companheiro de partido de ter fechado com Jucá um acordo para domar a apuração dos gastos com cartões. "Nunca vi oposição fazer acordo com o governo para investigar o governo", disse. E Sampaio: "Eu me senti ofendido. Prefiro uma CPI mista que seja chapa-branca, mas que aconteça." Repetiu que não firmou com Jucá nenhum pacto de não-investigação.” À noite, ao rememorar o embate em conversa com o blog, Álvaro Dias evocou um comentário que diz ter ouvido de um amigo: “O sexo do povo é macho. O eleitor não gosta de oposição que alisa governo.” Antes, em pronunciamentos no plenário, Virgílio e Agripino Maia informaram o que ficara acertado no almoço. A oposição não abre mão de ocupar um dos assentos do comando da CPI: ou a presidência ou a relatoria. Do contrário, voltará a obstruir as atividades do plenário do Senado. De resto, negaram, em timbre veemente, a intenção de impor restrições à investigação.
Pelo sim, pelo não, a “Terceira Via” optou pela “vigilância”. Ouça-se, de novo, Gabeira: “Existe um lado do PSDB que sempre negocia com o governo nas nossas costas. Eles já fizeram isso na eleição do Arlindo Chinaglia para a presidência da Câmara. O próprio Carlos Sampaio votou no Chinaglia.”
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 1302.

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