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sábado, fevereiro 28, 2009

EDITORIAL: UNS E ALGUNS...

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Jarbas causa primeiro estrago


Autores: João Domingos e Cida Fontes
O Estado de S. Paulo - 27/02/2009
O efeito das denúncias do senador Jarbas Vasconcelos (PE) contra seu partido, o PMDB, causou ontem a primeira grande derrota dos peemedebistas, impedidos de assumir o controle do Fundo Real Grandeza, de Furnas, e de seu patrimônio de R$ 6,3 bilhões. No dia 18, em entrevista à revista Veja, Jarbas afirmou que "boa parte do PMDB quer mesmo é a corrupção" e acrescentou que "a maioria de seus quadros se move por manipulação de licitações e contratações dirigidas".

Sob a direção do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ligado ao líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e ao presidente do Senado, José Sarney (AP), os peemedebistas fizeram de tudo para derrubar Sérgio Wilson Ferraz Fontes da presidência do Real Grandeza. Tinham até o nome de um aliado para substituí-lo: o atual gerente financeiro de Furnas, Eduardo Henrique Garcia.

MOVIMENTO

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) informou ontem que iniciará, na semana que vem no Congresso um movimento para dar maior transparência à indicação dos diretores das estatais. Jarbas participará.

O senador, que já causou muitos estragos no PMDB ao dizer que o partido "é corrupto", pretende fazer um discurso na tribuna do Senado na próxima terça-feira para apresentar um projeto de lei que estabelece restrição às indicações políticas para cargos em empresas estatais, públicas e autarquias.

A ideia de Jarbas é tornar esses cargos exclusivos de funcionários de carreira, o que, na sua avaliação, ajudará a moralizar o setor público e profissionalizar o Executivo, além de excluir a partidarização da máquina administrativa.

O discurso de Jarbas está sendo aguardado com expectativa. Desde que ele acusou o PMDB de praticar irregularidades, aumenta a pressão para que lidere um movimento contra a corrupção. "Ele é o aglutinador", disse o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que já conversou com o senador. Jarbas está em Portugal, mas retorna ao Brasil ainda nesta semana.

De acordo com interlocutores, dificilmente ele será o comandante de uma frente contra a corrupção, porque é um tipo de movimento que não combina com seu perfil. Mas pode ajudar Fruet e Gabeira na organização de um debate sobre os limites das nomeações e maior transparência no Executivo.
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Além dos escândalos


Eliane Cantanhede
Folha de S. Paulo - 27/02/2009

Ao longo de 2008, as 20 comissões permanentes da Câmara dos Deputados, as especiais e as CPIs ouviram 2.505 depoimentos sobre os mais variados assuntos, teoricamente, de interesse nacional. Pesquisadores, médicos, professores, economistas, empresários, policiais e líderes sindicais, de diferentes igrejas e de movimentos de mulheres, gays, negros.

É de comissões, debates e personagens assim que surgem novas leis como as do transplante, do airbag, da CNTBio (a comissão técnica de biossegurança), de arte, de cultura, de educação, de esportes. Muito pouca gente, porém, vê, ouve, comenta ou participa desses debates, soterrados pelos escândalos.

Dizia-se que o Congresso funcionava como uma cidade, com seus 513 deputados e 81 senadores, milhares de funcionários, centenas de jornalistas, dezenas de visitantes por dia e uma profusão de lobbies e pressões, às vezes legítimas, em outras nem tanto. A "caixa de ressonância da sociedade". Mas, na prática, o Congresso não se respeita mais nem é mais respeitado. Em vez de leis inclusivas, oferece castelos tão mais concretos quão menos declarados no IR. Bons funcionários são tragados, os "peixes" nadam de costas, e renovação política não há. São sempre os mesmos nos mesmos postos, com as mesmas promessas vazias e os mesmos interesses, que se estendem pelo Executivo. O exemplo do momento, entre tantos, é o milionário fundo de pensões de Furnas, disputado a tapa.

Os líderes da resistência e os guerreiros das comissões têm de sair da toca e gritar, como o deputado Fernando Gabeira, agora meu colega de página às sextas-feiras. Você pode não acreditar, mas eles existem, como existem bons temas, bons debates e boas leis em gestação. O problema é que eles (e os temas, os debates e as boas leis) cada vez são menos e têm menos visibilidade. Estão perdendo a guerra. Junto com eles, perde o país, perdemos todos nós.

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