PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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segunda-feira, dezembro 21, 2009

ELEIÇÕES 2010 (ILHA DE VERA CRUZ): PAPAI-NOEL EXISTE!!! (Ho, Ho, Ho!!!)

O amigo da onça


RUTH DE AQUINO
Revista Época
RUTH DE AQUINO
é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro
raquino@edglobo.com.br

Aécio Neves ainda não fez 50 anos. Sua retirada da sucessão presidencial, no melhor estilo do bloco do eu sozinho, sem combinar com o PSDB nem com José Serra, é gesto de efeito de um político ambicioso, carismático e jovem que não foi feito para ficar à sombra das olheiras de ninguém. Aécio cansou da tucanagem de Serra. Cansou de ser empurrado para ator coadjuvante na Vice-Presidência. Cansou de espernear pelas prévias do PSDB. Como se não soubesse que seu partido prima por ficar em cima do muro.

Alguém acredita nas palavras de Aécio? “Saí deste jogo nacional. Vou cuidar da minha vida e me dedicar a Minas Gerais.” Mineiro demais, né?

Pode ser que, até março, Aécio cuide de sua vida. Nesse meio-tempo, há Réveillon, Carnaval e bastante calor. O Réveillon pode ser no sul da Bahia, ao lado dos amigos playboys, como no ano passado. Pode ser no Rio de Janeiro, ao lado de seu irmão de fé camarada Sérgio Cabral. Pode ser em Paris, um luxo com a neve que começou a cair. Haverá champanhe, sempre há muita espuma e brilho na vida de Aécio. Ele gosta de se divertir, o bronzeado é permanente, sua simpatia contagia e, mesmo quando a festa não é para ele, Aécio acaba sendo o foco das atenções. Há sempre uma loura e uma piscina nas festas. E uma corte de amigos leais que o protegem de fofocas e maledicências.

Março é o prazo final. Aécio ainda espera que Serra possa tropeçar em si mesmo e jogar a toalha. O governador de Minas, que agora diz aspirar somente a oito anos de mandato no Senado, anuncia ter deixado a estrada livre para Serra. Um ato de “desprendimento e grandeza” para não dividir o PSDB. Promete engajar-se na campanha de Serra. Em seu texto oficial de “despedida”, não deixa nó que não possa ser desatado com elegância. Mas se solta das amarras. E joga a bola no campo de Serra, dos bispos do PSDB – e da vontade dos eleitores, que ficará mais clara em pesquisas nacionais nos próximos meses. O PT comemorou abertamente o gesto de Aécio, por apostar no “plebiscito” entre a ministra Dilma Rousseff e Serra. Não que o PT acredite tanto em Dilma. Mas acredita no poder do “cara”.

Se for tudo verdade, Aécio sai dizendo na surdina que o PSDB errou ao optar por Serra, porque o eleitorado não quer presidentes identificados demais nem com Fernando Henrique Cardoso nem com São Paulo. Ele também teria criticado a “insegurança” de Serra e a falta de ousadia do partido em buscar opções menos ligadas ao passado. Mas está claro que Aécio “renunciou” também porque mineiros e cariocas não bastam para ele subir nas pesquisas. Faltava o apoio do partido.

Serra terá dificuldade de festejar com serenidade este Réveillon. Depois de cozinhar Aécio em fogo brando todos estes meses, foi surpreendido. No fim, quem encostou o governador paulista na parede foi Aécio. Agora, é dá ou desce. Transformar uma vitória parcial numa carência seria muito ruim para Serra, que age nos bastidores como “maior abandonado”, traído pelo amigo.

Alguém acredita nas palavras de Aécio? Ele jogou a bola
para Serra, mas ainda espera um tropeço.

O Amigo da Onça é um personagem criado em 1943 pelo cartunista pernambucano Péricles de Andrade Maranhão. Foi publicado pela primeira vez na revista O Cruzeiro. O nome do personagem veio de uma anedota que envolve dois caçadores. Um pergunta ao outro:

– O que você faria se estivesse na selva e uma onça aparecesse na sua frente?

– Ora, dava um tiro nela.

– Mas se você não tivesse arma de fogo?

– Bom, então eu matava ela com meu facão.

– E se você estivesse sem o facão?

– Apanhava um pedaço de pau.

– E se não tivesse nenhum pedaço de pau?

– Subiria na árvore mais próxima!

– E se não tivesse nenhuma árvore?

– Sairia correndo.

– E se você estivesse paralisado pelo medo?

Então, o outro, já irritado, retruca:

– Afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?

Os caçadores, sabemos quem são. O provocador e aquele que sobe na árvore e se irrita no final. Pode-se imaginar quem seria a onça da anedota.
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