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domingo, dezembro 13, 2009

A HORA DO "ÂNGELUS". ADVENTO: ALEGRIA

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Terceiro Domingo do Advento-terceira vela

13 dezembro 2009

Por Vocacional Canção Nova

3º Domingo do Advento - Acende-se a TERCEIRA VELA (Rosa)

A terceira vela acesa nos convida à alegria e ao júbilo pela aproximação da chegada de Jesus. A cor litúrgica de hoje, o rosa, indica justamente o Domingo da Alegria, ou o Domingo Gaudette, onde transborda nosso coração de alegria pela proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria.

Oração:

Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto”.

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http://blog.cancaonova.com/vocacional/2009/12/13/terceiro-domingo-do-advento-terceira-vela/

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Advento - III Domingo -
A Alegria do Senhor



Roberto Jardim Cavalcante,
Brasília/DF


"Sede pacientes e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima." (Tg 5,8)


Inicia-se a terceira semana de preparação para a vinda do Salvador. Estamos no Terceiro Domingo do Advento – o chamado Domingo da Alegria. E quando somos chamados a refletir sobre a riqueza desse dia, difícil não parar e admirar toda a teologia envolvida no Advento – e mesmo, em todo o Ano Litúrgico.


Ao longo do ano, toda a Igreja procura meditar e vivenciar os mistérios cristãos de acordo com o tempo litúrgico, estimulando o Povo de Deus à prática das virtudes teologais: a fé, a esperança e a caridade. O tempo do Advento – o ponto de partida e de chegada do Ano Litúrgico – compreende as 4 semanas que antecedem o Natal. É um momento de expectativa diante do Cristo que irá nascer e que lembra também a vinda definitiva de Cristo – a parusia. Diante desses fatos iminentes, a Igreja se prepara com uma espiritualidade centrada na esperança e na purificação de vida, dando ao Advento a conotação de penitência – pois é como se sentíssemos a ausência d’Ele – e de conversão pessoal, de modo que Ele possa nascer de novo em nossos corações e que sejamos mais dignos de recebê-l’O.


Especificamente quanto aos domingos do Advento, percebemos a harmonia existente na liturgia desses dias. A tonalidade do Primeiro Domingo do Advento é a da espera vigilante da vinda do Senhor. O segundo domingo lembra a advertência de João Batista: "Preparai os caminhos do Senhor". O terceiro Domingo apresenta os sinais dos tempos – a vinda cada vez mais próxima do Senhor – suscitando a alegria nos filhos de Deus. Finalmente, se sucede o quarto Domingo, anunciando a vinda iminente do Messias esperado.

Ao lado da espera penitente do Senhor que permeia todo o Advento – que dá a predominância da coloração roxa às vestes litúrgicas – há a certeza da vinda d’Ele e de que essa vinda está cada vez mais próxima! Certeza que traz a alegria aos Filhos de Deus. A celebração litúrgica do Terceiro Domingo do Advento lembra essa espera alegre dando lugar à cor rosa no altar, na mesa da palavra e nos paramentos sacerdotais. O alegre tom róseo nos ajuda, também, a diferenciar o sentido da penitência do Advento e da Quaresma.

Refletindo sobre o terceiro domingo, logo percebemos a grande razão de nossa alegria. Nós, cristãos, nos alegramos em virtude da esperança que trazemos conosco. Esperança diante daquilo que haveremos de presenciar. São Paulo já exortava os cristãos de Roma a serem "alegres na esperança" (cf. Rm 12,12). Aos habitantes de Filipos, dizia: "Alegrai-vos incessantemente no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos". Não foi esse o tema do VI Seminário Nacional, em Jundiaí?

Agora façamos um parênteses que haverá de ser-nos útil para refletir mais profundamente sobre as passagens das Sagradas Escrituras que narram a alegria dos que presenciaram a chegada do Salvador. Santo Inácio de Loyola – o fundador da Companhia de Jesus –, em seus "Exercícios Espirituais", ensinava um método de meditação sobre os textos bíblicos, através do qual devemos ler atentamente e sentir como se estivéssemos presentes naquela época, sendo personagens daquela passagem bíblica. Devemos nos atentar para uma frase que nos toca particularmente... ouvir, ver... perceber as sensações que passadas pelo ambiente que cerca a cena.

Procuremos, desse modo, reviver a alegria dos que estiveram presentes no nascimento de Jesus. Transportemo-nos a Nazaré, na Galiléia – no local onde se ergue, hoje, a Basílica da Anunciação –, para o momento da Anunciação do anjo Gabriel a Nossa Senhora. "ALEGRA-TE, cheia de graça, porque o Senhor está contigo", diz ele a Maria (cf. Lc 1,28). E alegrou-se nossa Mãe Santíssima, por tamanha proximidade com Deus! E alegramo-nos nós, por esse grandioso mistério, através do qual vemos, naquele exato momento, o próprio Deus se fazendo carne...

Vamos agora à pequena cidade de Judá, onde moravam Zacarias e Isabel – hoje, a localidade de Ein Karem, defronte à grande Jerusalém. São João Batista, ainda no ventre de Isabel, estremece de alegria logo ao ouvir a saudação de Maria à sua mãe – uma vez que a Virgem já levava consigo o Salvador (cf. Lc 1,39-41). Será que nós, hoje, também somos alegres face à possibilidade de sermos íntimos d’Ele e por podermos tê-l’O tão perto de nós, na Eucaristia?

Chegamos a Belém na Judéia, a 7 km de Jerusalém. É-nos nascido o Salvador. Aquele que abriu-nos as portas do céu e que haveria de apontar os caminhos que levam até lá. Imaginemo-nos como um dos pastores que receberam a notícia de um anjo do Senhor: "Não temais porque eis que vos anuncio uma boa-nova, que será de grande ALEGRIA para todo o povo: Nasceu-vos hoje na cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo, o Senhor" (cf. Lc 2,9-14). Tradicionalmente, o local reverenciado pelos cristãos como palco desse fato é conhecido como "Campo dos Pastores", não muito distante da Basílica da Natividade – em Belém, na Palestina –, que abriga a gruta onde nasceu Jesus.

Em várias outras narrativas bíblicas é mostrada a alegria dos que viveram com Jesus – crianças, amigos, apóstolos. Mas e hoje? Temos motivos para sermos alegres? Sem dúvida! Como escreve Francisco Fernández Carvajal ("Falar com Deus", vol. 1), "o cristão deve ser um homem essencialmente alegre. Mas a sua alegria não é uma alegria qualquer, é a alegria de Cristo." Prossegue adiante: "O cristão leva a alegria dentro de si, porque encontra a Deus na sua alma em graça. Esta é a fonte de sua alegria. (...) A alegria do cristão é profunda e capaz de subsistir no meio das dificuldades. É compatível com a dor, com a doença, com o fracasso. ‘Eu vos darei uma alegria que ninguém vos poderá tirar’." Quão profunda esta última frase, tirada da boca de Jesus!! Cremos ou não na promessa que ele fez? Dificuldades nas nossas vidas sempre existirão, mas o que diferencia o cristão é o sentido sobrenatural que tem sobre a sua existência. Sabe ele que não deve nutrir um bem-querer tão grande pelas coisas deste mundo, que o faça esquecer do eterno. Esse é o fundamento e o combustível de nossas vidas: a ESPERANÇA diante daquilo que há de vir!!

E quanto à missão do batizado de ser o sal da terra e luz do mundo, como iluminar os caminhos do próximo se não podemos mesmo demonstrar-lhe a alegria que temos de seguir o Cristo? Como seremos estímulo àqueles que não enxergam em nós a alegria de termos encontrado o rumo certo? Sobre isso, diz o Pe. Ângelo Busnardo: "Se estamos convictos que Deus, cedo ou tarde, se manifestará, devemos animar aqueles que acreditam mas estão cansados, desanimados, inseguros em sua fé, por se sentirem oprimidos pela desonestidade e maldade da maioria das pessoas que vivem como se Deus não existisse." Enfim, ninguém tem tão poucos talentos que não tenha absolutamente como mostrar ao mundo essa felicidade. Com certeza, por vezes, esse testemunho levará outros a buscarem a fonte de nossa alegria. Então parte de nossa missão estará cumprida...

É certo que várias ocasiões e pessoas que podem nos afastar do reto caminho. Há muitos que não toleram a força de um testemunho de vida peculiar aos que são tementes a Deus, e diante disso, passam a menosprezar o modo de vida cristão... Mas não esmoreçamos diante da avalanche de críticas pelas quais podemos passar ao longo de nossas vidas! Nem tampouco percamos a verdadeira alegria, característica daqueles que encontraram a Verdade! Na homilia da missa dominical, em 13/12/98, o papa João Paulo II citava o livro do profeta Isaías: "Sede fortes, não temais. (...) Deus mesmo virá e vos salvará" (Is 35,4). Nesse sentido, prosseguiu Sua Santidade a animar o Povo de Deus: "Não canseis de ser apóstolos de Cristo em nossas cidades, ainda que se acometam sobre elas os numerosos perigos da secularização típicos das metrópoles.(...) Os frutos positivos das missões (...) são estímulos para prosseguir sem vacilação a obra da nova evangelização."

Havemos de persistir no anúncio da Verdade, conforme Ele nos mandou (cf. Mt 28,19), mesmo diante das adversidades. Não será essa uma das cruzes que Jesus pediu que carregássemos para que O seguíssemos (cf. Mt 10,38; 16,24)? "Quem não toma a sua cruz não é digno de mim" – disse Ele. Então o Reino de Deus não vale esses pequenos sofrimentos? Mas nem por causa destes devemos perder a alegria! Encontrar a alegria em meio à tribulação – foi tema de pregação de São Paulo junto aos colossenses. Miremo-nos nesse exemplo! "Eu que, agora, me ALEGRO nos sofrimentos por vós e que completo na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu corpo, que é a Igreja" (cf. Cl 1,24).

Para dispor nosso espírito para que Jesus venha novamente e renasça com alegria em nossos corações, é imprescindível que estejamos puros e que nos abramos a uma mudança. Aprendamos com São Paulo, que pediu São Paulo aos tessalonicenses: "que todo o vosso ser se conserve irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". De modo similar, a melhor maneira de esperarmos a chegada do Senhor é levando uma vida santa. Peçamos à nossa Mãe Maria – que não encontrou um lugar digno onde pudesse ter o Seu Filho, mas nem por isso perdeu a alegria – que ajude a fazer de nosso coração uma morada para acolhê-l’O dignamente.

Estejamos sempre preparados para o nosso encontro com Ele, seja pela Sua segunda vinda, seja pela nossa morte. Uma boa confissão é um grande passo para a nossa purificação e para o início de uma renovada vida de santidade e de alegria. Então, libertados do pecado e mais dispostos à prática das virtudes, será mais fácil de nos deixar guiar pela exortação bíblica: "Alegrai-vos!" Assim como o fizeram os pastores de Belém, Isabel, a Virgem Maria e tantos outros.

"Alegrai-vos sempre no Senhor
Que vossa bondade seja exemplo de amor,
De coração aberto no Emaús
Reconheceremos o Cristo Jesus."

Hino do VI Seminário Nacional do Emaús

Vem Senhor Jesus! Maranatha!

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http://www.emaus.org.br/jornal_artigo.asp?codigo=95

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