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segunda-feira, junho 28, 2010

BRASIL/IBGE/PESQUISA DE ORÇAMENTOS FAMILIARES [POF] (In:) MUDANÇA DE HÁBITOS...

Gastos com perfume, cabelo e sapato superam de educação

Para professor da UnB, expansão da cobertura da rede pública de ensino pode ter contribuído na queda de gasto observada pelo IBGE

Sabrina Lorenzi, iG Rio de Janeiro | 25/06/2010 18:49


Foto: Hélio Motta

Consumidoras em loja de sapatos no Rio de Janeiro.

A mais nova radiografia do orçamento das famílias, divulgada nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela um brasileiro mais disposto a gastar com salão de beleza, perfumes e sapatos (R$ 74,58) do que com educação. Despesas com mensalidades de colégio, universidade, material escolar e outros cursos somam R$ 64,81, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) iniciada em 2008 e concluída em 2009.

“Muitos pais têm tirado seus filhos da escola particular e colocado na rede pública de ensino. Nossa pesquisa mostra que está havendo uma mudança de prioridades”, afirmou ao iG o pesquisador do IBGE Edilson Nascimento, gerente da POF.

A compra de perfumes consome em média 0,8% do orçamento das famílias brasileiras, o mesmo percentual de desembolso com cursos superiores. Já a parcela do orçamento destinada a calçados e apetrechos (1,3%) é o dobro do dispêndio com mensalidades de nível médio e fundamental (0,6%). Os gastos com cabeleireiro e manicure (0,8%) também extrapolam as despesas com outros cursos (0,6%), entre ensino profissionalizante e de idiomas.

O dispêndio com educação recuou de maneira significativa nos últimos seis anos. A POF 2008/2009 mostra que o item responde por 2,5% das despesas das famílias. A pesquisa anterior, realizada entre 2002 e 2003, apontava participação média de 3,4% da educação no orçamento familiar. O professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília Remi Castioni observa que a expansão da cobertura da rede pública de ensino pode ter contribuído para explicar por que as famílias estão gastando bem menos com educação.

O aumento da oferta de escolas públicas, contudo, não significa que o ensino gratuito melhorou. Para o professor aposentado Erasto Fortes, porém, o processo de migração das escolas privadas para a rede gratuita vai resultar em avanços na rede pública. “As políticas educacionais têm sido exitosas, mas a qualidade do ensino não muda de uma hora para outra, isso requer investimento. Mas é de se esperar que a ida da classe média para a escola pública force uma melhora no ensino”, avalia.

Os professores afirmam que houve redução de preço nas mensalidades das universidades – um reflexo da maior oferta de ensino privado. Mas, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), serviços e produtos que compõem a inflação da educação, que abrange mensalidades não apenas de universidades mas também de cursos de nível fundamental e médio, ficaram 50% mais caros entre 2003 e 2009. No mesmo período, a inflação média foi de 39%. A redução dos gastos com educação mesmo diante do aumento de preços indica que houve menos consumo de serviços relativos ao aprendizado, uma transformação nas prioridades do brasileiro.

Se por um lado os gastos com estudo diminuem nas despesas domésticas, por outro os anos de escola ditam o tamanho do orçamento. O IBGE apurou que, nos lares onde ao menos uma pessoa chega ao nível superior (seja este completo ou não), o orçamento médio é de R$ 4.296, enquanto nas casas onde não há quem tenha tal escolaridade a cifra é de R$ 1.659. A diferença reflete o acesso à escolaridade por pessoas de maior renda.

Mais cheirosos

Quem compara os indicadores de 2002/2003 com os de 2008/2009 conclui que o dispêndio com perfume aumentou participação de 0,6% para 0,8% nas despesas totais dos brasileiros. A parcela destinada a cabeleireiro aumentou de 0,5% para 0,6%, ao mesmo tempo em que a de calçados subiu de 1,1% para 1,3%. E a participação dos eletrodomésticos passou de 1,8% para 2,3% em seis anos. A conseqüência disso, segundo o pesquisador do IBGE, foi aumento nos gastos com energia elétrica (2,1% para 2,3%).

Por outro lado, as famílias estão gastando menos com recreação, esportes e brinquedos. “É o efeito da substituição, tem coisas que estão virando prioridade em detrimento de outras. Se eu compro um computador e uma televisão moderna com videogame, desloco o divertimento do meu filho e da família para esses novos bens”, explica o gerente da pesquisa.

...

“O brasileiro foi estimulado a comprar eletrodomésticos neste período, por causa do câmbio (o dólar recuou e propiciou importações), do crédito e da renda”, conclui. A POF mostra que a renda familiar cresceu 10,8% nos últimos seis anos, enquanto as despesas aumentaram 5,9%. O IBGE descontou a inflação para chegar a estes números. Uma família gasta, em média, R$ 2.626,31 por mês.

A mesma pesquisa mostra que os gastos com comida encolheram no orçamento das famílias nos últimos seis anos, de 17,1% para 16,1% na média nacional. Por outro lado, os preços crescentes dos combustíveis e o maior acesso da população a compra de carros aumentou o peso do transporte no bolso dos brasileiros, de 15,2% para 16%. Resultado: os brasileiros estão gastando o mesmo com alimentação e transporte - algo inimaginável na década de 70, quando pesquisa semelhante do IBGE mostrava que a parcela de despesas com comida (30%) superava em três vezes o gasto com transporte (11%) no consumo das famílias.

www.ibge.gov.br

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