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terça-feira, abril 12, 2011

GOVERNO DILMA [In:] A GUERRA DOS 100 DIAS...

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Em cem dias, Dilma inova a política econômica e se arrisca


Valor Econômico - 12/04/2011

Em cem dias de governo, a área em que a presidente Dilma Rousseff mais inovou em relação a seu antecessor foi a econômica. Sua gestão discreta na administração dos problemas cotidianos marca também uma mudança significativa diante de Luiz Inácio Lula da Silva, que muitas vezes fazia do Planalto um palanque. A construção política da imagem da presidente já está dada nos primeiros cem dias, uma marcação convencional do tempo no poder que apenas indica possíveis caminhos que poderão ser seguidos pela presidente. Além disso, alterações de substância são raras em um governo de continuidade, como o de Dilma Rousseff. Seu grau de aprovação, segundo as pesquisas, mostra que a comunicação direta com os cidadãos, na qual Lula é um mestre, não é um decisivo teste de qualidade do governante - é possível fazer-se entender com menos alarido.

Pelo estilo demonstrado inicialmente, a presidente Dilma segue ideias próprias nas áreas em que sua experiência é relevante, característica que em geral é acompanhada da centralização. Longe da atual presidente parece estar a tentação de provocar disputas entre ministérios para poder tomar uma decisão, como parecia ser o caso, em certas ocasiões, do então presidente Lula. Com o flanco econômico fragilizado, o país tem três ministros da Fazenda, embora um deles, o titular da pasta, Guido Mantega, exerça o seu cargo com diretrizes aprovadas pela presidente, goze de sua confiança e seja uma das três únicas pessoas que se reúnem a sós com Dilma - fora o chefe da Casa Civil, Antonio Palocci e o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Dilma tem a palavra nessa área e Palocci, um ex-ministro da Fazenda competente e um político hábil, tem opiniões próprias sobre a condução da política econômica. O poder de Guido Mantega, alto no início do governo, tem seus limites nos resultados que for capaz de obter e também no crivo interno do Planalto.

Dilma herdou uma economia aquecida, estimulada além da hora por gastos do governo que não eram alheios ao cálculo eleitoral, e com um processo de valorização cambial que vai se prolongar no tempo. A resposta para o aquecimento tem sido uma estratégia oblíqua de combate à inflação, com o apelo auxiliar a medidas macroprudenciais. A diferença com a administração do ex-presidente Henrique Meirelles salta aos olhos. Lula deu carta branca a Meirelles para executar uma política ortodoxa, que lhe garantiu até certo ponto a sucessão. Com Meirelles, sinais de desvio da inflação do centro da meta recebiam como resposta aumentos de juros, a ponto de o BC sob seu comando ter feito isso em 23 de julho de 2008, quando a crise financeira estava prestes a explodir, e manteve intato os juros até 21 de janeiro de 2009, quando a maior crise do capitalismo em quase cem anos produzia estragos na economia global. A presidente Dilma procura um caminho diferente, tentando conciliar os objetivos de inflação comportada com o mínimo de estragos no ritmo de expansão econômica.

Até agora, foi essa a aposta mais ousada de seu governo e a que pode lhe custar a maior perda de seu capital político, se falhar. Para que não falhe, todos os instrumentos de política econômica precisam estar alinhados e ainda há dúvidas sobre a real intenção do atual governo de cortar gastos públicos. Uma nova dose de capitalização do BNDES pelo Tesouro vai em direção contrária à promessa de austeridade. Além do torniquete fiscal, o governo terá de contar com sangue frio - os índices de inflação em 12 meses continuarão subindo até que a atual política tenha tempo de produzir efeitos contrários relevantes.

A perspectiva de investimentos maiores para a Copa e a Olimpíada aparou as arestas políticas com os Estados, da mesma forma que gigante coalizão governista é, por enquanto, uma promessa de tranquilidade no Congresso. Os dois fatos poderiam servir para uma iniciativa mais ousada de reformas, mas a preferência da presidente é por resultados. A reforma tributária será fatiada e serão enviados ao Congresso apenas pontos que possam angariar algum consenso.

O ônus dessa política é que ela não é adequada aos desafios de crescimento do país, que hoje se traduzem no desafio de uma inexorável valorização cambial, com a qual só se pode conviver sem dano melhorando a competitividade econômica. A receita é conhecida: carga tributária menor, poupança maior, modernização da infraestrutura, menos burocracia, mais eficiência na gestão pública.

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