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segunda-feira, maio 23, 2011

BRASIL/EDUCAÇÃO: REALIDADE, MITO, FICÇÃO, UTOPIA ou UM FAZ DE CONTA ? (2)

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Desatino nas escolas

Autor(es): agencia o globo:
O Globo - 23/05/2011

TEMA EM DISCUSSÃO: Livro didático que aceita erros gramaticais

Os dicionários definem o termo "didática" como a técnica de ensinar, meio para dirigir e orientar o aprendizado. Os livros didáticos, por extensão, se constituem no instrumento pelo qual o ensino do uso correto da língua é ministrado nas escolas. Ao permitir na rede pública - base da formação educacional da grande maioria dos estudantes do país - a adoção de um livro que permite erros de português como parte do processo de aprendizagem, o MEC dá abrigo a uma perigosa contradição. Em nome de uma ideologia de proteção a "excluídos da sociedade", o governo avaliza um projeto que, na prática, inviabiliza a inclusão. Coonestar erros de gramática, sob o falso princípio de que se deve derrubar preconceitos linguísticos, agrava o marginalismo cultural a que o desconhecimento da língua condena aqueles que, por enfrentar condições sociais adversas, têm poucas chances de adquirir conhecimentos que lhes permitam mudar sua realidade.

O argumento da autora do livro "Por uma vida melhor", Heloísa Ramos, de que em vez de "certo" e "errado" na avaliação do aprendizado da língua deve-se usar a ideia de "adequado" ou "inadequado", transfere a discussão para o plano da linguística, quando o que de fato interessa é a questão da didática do ensino, a maneira como as crianças serão alfabetizadas e os instrumentos de instrução que lhes serão fornecidos para aprenderem a escrever corretamente.

Trata-se de questão muito mais séria do que é capaz de alcançar a ideologia de almanaque que justifica tais agressões à língua, à inteligência do país e, não menos importante, à formação dos próprios jovens alunos. A defesa de erros primários de concordância verbal e de princípios da gramática, por si só, é inconcebível em qualquer nação que zele por sua língua. E se torna ainda mais indefensável num país como o Brasil, onde o precário nível de ensino, particularmente nas escolas públicas, é responsável por vergonhosos indicadores educacionais. Pode-se imaginar a confusão na cabeça do jovem aluno que, despendendo esforços para aprender as regras da sua língua, seja confrontado com um livro - logo, instrumento supostamente confiável - em que se tem como corretas frases do tipo "nós pega o peixe" ou "dois real".

Por outros exemplos de semelhantes ataques a padrões de comportamento, tem-se por óbvio que a questão do livro de Heloísa Ramos não é episódio isolado no país. Faz parte de um contexto mais amplo, que se move pelo princípio do "politicamente correto". É a mesma cartilha que, no plano do ensino, instrui adeptos do racialismo a condenar, como racista, a obra de Monteiro Lobato (e, como decorrência, a praticar boçalidades como a manifestação, no Rio, contra um bloco de carnaval, e iniquidades como a edição, pelo MEC, de uma bula que oriente os professores como "ensinar" a obra do escritor nas escolas).

Em última análise, permitir a circulação de tal livro é uma agressão não só ao bom senso, mas ao direito do aluno de receber ensino de boa qualidade. Ao aceitar tal desatino, em nome de um ideário de suposta defesa dos excluídos, o MEC boicota o esforço de melhorar os indicadores da Educação no país. Em vez de ajudar a abrir fronteiras da cultura a uma considerável parcela de brasileiros, para os quais o acesso a instrução é tábua de salvação contra adversidades sociais, o ministério apenas os estimula a cultivar erros - que no futuro, na luta pela inclusão social (seja no mercado de trabalho, ou em instituições de ensino que lhes cobrarão conhecimento da língua), lhes custarão caro.

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