09 de junho de 2011
O Globo
Manchete: PMs se unem a bombeiros para pressionar por reajuste
Reivindicação é elevar piso salarial para R$ 2.900, para as duas categorias
Após reunião com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, associações de cabos, soldados e oficiais da PM decidiram apoiar o movimento dos bombeiros, criando uma Frente Unificada das Entidades de Classe da Segurança Pública, com apoio também do Sindicato dos Policiais Civis. A reivindicação, agora de todos, é elevar o piso de R$ 1.190 para R$ 2.900 - R$ 900 acima do reivindicado inicialmente pelos bombeiros. Antes mesmo de oficializada a adesão dos PMs, mais de cem policiais participaram de uma carreata com bombeiros em Cabo Frio. De Campos, reduto eleitoral do ex-governador e deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), bombeiros partiram em caravanas para a invasão do QG na sexta-feira. Ontem, em seu blog, Garotinho acusou o governador Sérgio Cabral de "iniciar o processo de destruição do Corpo de Bombeiros". (Págs. 1, 16 e 17)
Despedida de companheiro
Pela segunda vez, teve tom emocionado a despedida de Palocci de um governo petista. A presidente Dilma, com voz embargada, agradeceu ao "querido companheiro” e disse que "um amigo deixa o governo". Gleisi Hoffmann assumiu a Casa Civil rejeitando a alcunha de "trator" que ganhou no Congresso. O PMDB reclamou de não ter side ouvido. (Págs. 1, 3 a 12 e editorial "Hora de começar o governo Dilma")
Merval Pereira
O governo precisa de quem gerencie programas com energia. Mas a questão central é política. (Págs. 1 e 4)
De olho em 2012, BC sobe juros de novo
Apesar da trégua na inflação, o Banco Central manteve a estratégia de aperto monetário para tentar puxar o custo de vida para o centro da meta em 2012. O Comitê de Política Monetária (Copom) fez ontem a quarta elevação da taxa básica no governo Dilma e, por unanimidade, subiu os juros em 0,25 ponto, para 12,25%. (Págs. 1 e 25)
Supremo manda soltar Battisti
O Supremo Tribunal Federal decidiu, por 6 votos a 3, libertar o ex-ativista italiano Cesare Battisti, preso em Brasília. A Corte manteve a decisão do ex-presidente Lula de não extraditar Battisti, que deve ser solto hoje. (Págs. 1 e 13)
Conselho pede cassação de Jaqueline Roriz
Por 11 votos a 3, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o parecer que pede a cassação do mandato da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) por quebra de decoro parlamentar. Ela foi flagrada em vídeo recebendo R$ 50 mil. (Págs. 1 e 14)
Relator do Cade é contra Sadia-Perdigão
Após mais de cinco horas lendo seu voto, o conselheiro do Cade e relator da fusão entre Sadia e Perdigão, Carlos Ragazzo, recomendou o veto. Mas um colega seu pediu vistas e o processo parou. (Págs. 1, 28 e 29)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Dilma demitiu Palocci na hora certa, diz Lula
O ex-presidente Lula disse ontem que Dilma Rousseff "tem autoridade" e agiu "no momento certo" ao demitir Antonio Palocci da Casa Civil. Ele, que evitou falar do caso em público, atuou nos bastidores e negociou a demissão com a presidente.
A declaração de Lula contradiz a versão oficial de que Palocci decidiu abrir mão do cargo para proteger Dilma. O ex-ministro entregou carta de renúncia e disse, em sua despedida, que saia para preservar o diálogo do governo com a sociedade.
Na posse de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, a presidente lamentou a saída do "amigo", "parceiro de lutas" e "artífice da jornada vitoriosa que a elegeu". Disse ainda que o governo "jamais ficará paralisado diante de embates políticos".
Elogiada por Dilma por seu perfil técnico, Gleisi prometeu à oposição "convivência respeitosa" e afagou PMDB e PT, que já disputam cargos no Planalto. (Págs. 1 e Poder)
Carlos Heitor Cony
Palocci repetiu a ex-braço direito Erenice Guerra em escala maior. (Págs. 1 e Opinião A2)
STF decide e italiano Cesare Battisti é solto
Na quinta vez em que debateu o caso de Cesare Battisti em seu plenário, o STF validou a decisão do ex-presidente Lula de negar a extradição e determinou a soltura do italiano. Battisti saiu da prisão da Papuda (DF) por volta da meia-noite.
Battisti integrou grupo que atuou na Itália nos anos 70. Foi condenado à prisão perpétua por quatro mortes. Ele nega a autoria dos crimes. Para o ministro Luiz Fux, a Itália deveria levar o caso a tribunais internacionais, não ao STF. (Págs. 1 e Poder A11)
Foto legenda: O italiano Cesare Battisti, que estava preso desde 2007, acena para fotógrafos ao deixar a penitenciária da Papuda (DF)
BC aumenta taxa básica de juros em 0,25 ponto
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu elevar a Selic, taxa básica de juros, que funciona como referência para toda a economia, para 12,25% ao ano, elevação de 0,25 ponto.
Segundo o BC, o ritmo de desaceleração da economia e os efeitos na inflação ainda são incertos. (Págs. 1 e Poder A10)
Voo desviado de Congonhas ira para longe de SP
A Infraero proibiu, por falta de vagas no pátio, o desvio de voos para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), das 7h30 às 11h30 e das 18h30 às 22h30.
Nesses horários, as opções a Congonhas serão aeroportos em Campinas, Minas e Rio. (Págs. 1 e Cotidiano Cl e C3)
Vendaval deixa paulistano sem luz por mais de 24h
Além de ficarem sem luz por mais de 24 horas, moradores de nove municípios e de bairros de São Paulo tiveram a água cortada pela falta de energia na Sabesp. De acordo com a Eletropaulo, “80% das ocorrências" foram resolvidas. (Págs. 1 e Cotidiano C4)
Foto legenda: Funcionária de mercado na zona norte de São Paulo repõe produtos depois da falta de luz
Relator do Cade pede veto à fusão Sadia-Perdigão (Págs. 1 e Mercado)
Editoriais
Leia "Articulação precária", sobre a situação política do governo, e
"Os limites da miséria", acerca de programa de erradicação da pobreza extrema. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Dilma nega imobilismo e diz que escolha de Gleisi foi sua
Presidente tenta mostrar comando, não cita Lula e afirma que foi ela quem definiu a substituta de Palocci
Após três semanas de desgaste, a presidente Dilma Rousseff aproveitou a despedida de Antonio Palocci - ministro da cota do ex-presidente Lula e suspeito de enriquecimento ilícito - para tentar mostrar que ela é chefe de seu governo. Em solenidade no Planalto, Dilma fez questão de dizer que escolheu sozinha a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para substituir Palocci na Casa Civil e que não ficará "imobilizada". Ela se disse "triste" pela saída de um "parceiro de luta", mas afirmou estar “satisfeita" com a solução que encontrou para “assegurar a continuidade do trabalho" no ministério. Ao contrário de quase todos os seus outros pronunciamentos, ela não citou Lula. (Págs. 1 e Nacional A4)
Presidente enfrenta PT
Dilma exige que petistas parem de brigar antes de trocar o ministro Luiz Sérgio. (Págs. 1 e Nacional A7)
Decisão do Supremo mantém Battisti no Brasil
O Supremo Tribunal Federal não aceitou a reclamação da Itália contra a decisão do então presidente Lula de manter o ex-ativista de esquerda Cesare Battisti no País, mesmo depois de o STF ter autorizado a extradição. Para a maioria dos ministros (6 votos a 3), essa é uma questão de política internacional na qual o STF não deve se intrometer. "É um ato essencialmente político, restrito, portanto, à atuação do Executivo", argumentou o ministro Marco Aurélio Mello. Os magistrados ainda decidiriam ontem se mandariam libertar Battisti, que está preso no Brasil desde março de 2007 a pedido da Itália – cuja Justiça o condenou à prisão perpétua por quatro homicídios. Segundo o advogado de Battisti, o pleito italiano é "apenas uma vingança". (Págs. 1 e Nacional A12)
Joaquim Barbosa
Ministro do STF
"Isso (a decisão de Lula sobre Battisti) não é matéria da nossa alçada"
Relator do Cade rejeita fusão de Sadia e Perdigão
Num dos votos mais duros da história do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o relator do caso Sadia-Perdigão, Carlos Ragazzo, reprovou a fusão que criou a Brasil Foods. O julgamento foi suspenso por pedido de vista de um conselheiro. O negócio vem sendo analisado há mais de dois anos e já passou pelo Ministério da Fazenda e pela procuradoria do Cade, que o aprovaram com sérias restrições. (Págs. 1 e Economia B1)
Carlos Ragazzo
Relator do Caso
“A fusão poderia provocar danos severos aos consumidores”
Como previsto, BC eleva juro em 0,25 ponto
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu elevar em 0,25 ponto porcentual a taxa Selic, para 12,25% ao ano. Foi a segunda alta consecutiva. Com isso, a taxa básica de juros da economia continua no nível mais elevado desde março de 2009, quando foi de 12,75% ao ano. (Págs. 1 e Economia B6)
Irã vai triplicar sua produção de urânio
O processamento de urânio enriquecido a 20% acontecerá em um bunker subterrâneo. A iniciativa deve piorar a tensão entre Teerã e as potências ocidentais. (Págs. 1 e Internacional A14)
Após derrota, governo tenta consenso sobre Código Florestal
Depois de sua maior derrota na Câmara, o Planalto quer conciliar interesses e corrigir as “imperfeições" do Código Florestal que tramita no Senado. Em reunião com a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), senadores disseram que as comissões vão tentar construir relatório conjunto. (Págs. 1 e Vida A19)
Fiscais da Justiça têm superpassaporte
Integrantes do Conselho Nacional de Justiça, que fiscalizam abusos no Judiciário, valeram-se de seus cargos para conseguir passaportes diplomáticos para si e para familiares. (Págs. 1 e Nacional A11)
Carteira de habilitação já vem pelo correio (Págs. 1 e Cidades C1)
José Serra
Pior ideologia é a incompetência
Em época de eleição, nada mais demonizado do que a ideia de privatizações. Depois, a mesma ideia se torna apreciada. Essa é especialidade do PT. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Demétrio Magnoli
Palocci como sintoma
Ao não abrir investigações sobre a parceria público-privada de Palocci, o procurador-geral diz que ele está acima da lei. Eis aí a enfermidade. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Notas & Informações
Senhora da situação
A nomeação, de lavra própria, da senadora Gleisi indica que Dilma pode se tornar senhora da situação. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Economia ajuda Dilma a espantar a crise
Prévias dos índices de junho mostram a inflação em queda após as medidas adotadas para conter o consumo. Especialistas preveem que uma onda de otimismo entre os trabalhadores deve resgatar a popularidade do governo (Págs. 1 e 16)
Festa para Gleisi, choro para Palocci
A posse da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) na Casa Civil foi marcada pelo apoio da base aliada, numa demonstração de força da sucessora de Antonio Palocci. Com a voz embargada, a presidente Dilma Rousseff elogiou o ex-ministro (Págs. 1, 2 a 7 e Visão do Correio, 24)
Caixa de Pandora: Cassada pela ética
Por 11 votos a três, Conselho de Ética da Câmara aprova a cassação de Jaqueline Roriz (PMN), flagrada em vídeo recebendo maços de dinheiro de Durval Barbosa. Ela é a primeira deputada do DF a receber essa punição. No entanto, em votação secreta, o plenário da Casa precisa confirmar se houve quebra de decoro. (Págs. 1, 31 e 32)
Battisti sai da papuda
Depois de o STF negar sua extradição, por 6 votos a 3, o ex-ativista italiano, condenado por quatro assassinatos, deixou o presídio à 0h05 desta quinta-feira. (Págs. 1 e 12)
Saques de R$ 7,2 bi das aplicações
Retiradas dos trabalhadores provocam o maior saldo negativo dos fundos de investimento desde dezembro. O dinheiro será usado para quitar dívidas. (Págs. 1 e 17)
Engarrafamento no site da Receita
Muitos contribuintes tiveram dificuldades para conferir o primeiro lote do Imposto de Renda. Cerca de 1,5 milhão receberão a restituição no dia 15. (Págs. 1 e 22)
Copom sobe os juros de novo
O mercado já esperava a alta de 0,25 ponto percentual da Selic, anunciada ontem. Com o aumento, a taxa chega a 12,25% ao ano. (Págs. 1 e 18)
Justiça impõe teto salarial a inativos do DF
Decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF impede que servidores aposentados acumulem benefícios acima do patamar de R$ 26,7 mil. (Págs. 1 e 36)
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Valor Econômico
Manchete: Fusão da Perdigão com a Sadia corre risco no Cade
O início do julgamento da compra da Sadia pela Perdigão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu forte indicação de que o órgão pode vetar o negócio que criou a BRF - Brasil Foods. O relator do processo, conselheiro Carlos Ragazzo, reprovou a operação e indicou que, se o seu voto prevalecer, a união entre as empresas deverá ser desconstituída em dez dias após a publicação do resultado do julgamento no "Diário Oficial". O voto fez a cotação das ações da BRF cair 6,3% e o valor de mercado da empresa encolher em R$ 1,5 bilhão, retornando a R$ 22,8 bilhões, o mesmo da época da fusão, em setembro de 2009.
Segundo Ragazzo, com a operação haveria risco de aumentos nos preços dos produtos vendidos pelas duas empresas aos consumidores, como carnes, frangos, perus e outros. Todos os conselheiros fizeram elogios à conclusão, mas houve pedido de vista do conselheiro Ricardo Ruiz. "Eu não tenho dúvidas sobre a conclusão, mas são 500 páginas e vou pedir vista para ler o voto", disse Ruiz.
Com isso, a BRF terá mais uma semana para apresentar uma nova proposta ao Cade. Ou a Brasil Foods apresenta um plano aceitável, ou sua criação será reprovada. Essa proposta deve ser apresentada antes do dia 15, quando o julgamento será retomado. (Págs. 1 e C1)
Gleisi já era a preferida de Dilma
A escolha da senadora Gleisi Hoffmann para substituir o ministro Antonio Palocci na Casa Civil foi uma decisão solitária da presidente Dilma Rousseff. Ela consultou na segunda-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desde a transição de governo sabia que Gleisi era a opção de Dilma para o cargo.
A nova ministra é respeitada no PT e deve compor com Dilma e com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio Nóbrega, o triunvirato que vai se ocupar da coordenação política do governo a partir de agora. Por enquanto, Luiz Sérgio (PT-RJ) fica, mas não é aposta de longo prazo.
A prioridade política do Planalto, agora, é acabar com o clima de guerra no PT da Câmara e reconciliar o vice, Michel Temer (PMDB-SP), com a presidente. Em seu discurso de posse, Gleisi Hoffmann mencionou pelo menos duas vezes o nome do pemedebista. (Págs. 1 e A6 a A9)
Votorantim quer US$ 2,6 bi do exterior
A Votorantim sonda bancos para definir qual deles vai liderar um empréstimo de US$ 2,65 bilhões com prazo de até nove anos. A empresa está se aproveitando da grande liquidez no mercado de crédito externo para melhorar o perfil de seu endividamento, além de liberar o caixa para investimentos.
A empresa pretende que uma parcela de US$ 1,5 bilhão corresponda a uma linha de crédito rotativo, com vencimento em cinco anos. Nessa linha, semelhante a um cheque especial, a companhia paga uma comissão para ficar com os recursos disponíveis, mas só saca se precisar. Além disso, faz parte do planejamento da Votorantim obter um empréstimo vinculado à exportação com parcelas de sete, oito e nove anos, no total de US$ 1,15 bilhão.
Outras empresas brasileiras, como a Samarco, também estão em busca de recursos no exterior. (Págs. 1 e C1)
Rio Bravo faz sua estreia no setor elétrico
O fundo de "private equity" Rio Bravo, do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, vai estrear no setor elétrico. Ele fechou parceria com o grupo mineiro Orteng para juntos investirem R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos na construção de 11 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), em um movimento semelhante ao de outros fundos brasileiros com peso no mercado. Na semana passada, a gestora de outro ex-presidente do BC, a Gávea, de Armínio Fraga, oficializou um aporte de R$ 200 milhões na MPX Energia, empresa de geração do empresário Eike Batista.
O sócio e cofundador da Orteng, Ricardo Vinhas, diz que das 11 PCHs que serão transferidas à RBO Investimentos, que já nasce como sociedade anônima, duas terão a construção iniciada em 2012. A estratégia é vender a energia no mercado livre, que dá incentivos aos consumidores que compram o insumo desse tipo de empreendimento. (Págs. 1 e B1)
Índios temem conflitos por terras na área de Belo Monte
A violência que atinge o Pará começa a se aproximar das aldeias indígenas do complexo do Xingu, região onde será construída a hidrelétrica de Belo Monte. A pressão sobre as aldeias é feita por grileiros e fazendeiros da região. As terras indígenas Juruna do Km 17, Apyterewa, Arara da Volta Grande do Xingu e Paquiçamba, todas na área de influência da hidrelétrica, são os principais alvos dos possíveis conflitos. O presidente da Associação dos Índios Moradores de Altamira, Luiz Xiporia, disse ao Valor que os índios que vivem no entorno de Belo Monte passaram a ser constantemente ameaçados de morte. "Se nada for feito, poderá haver uma catástrofe na região", afirmou. A construção de Belo Monte vai aumentar a grilagem de terras e os conflitos com as tribos que vivem próximas ao local da hidrelétrica.
Os próprios índios estão divididos em relação ao projeto e divergem até dentro das etnias. Os caiapós, por exemplo, que vivem em aldeias do baixo, médio e alto Xingu, não se entendem sobre o que pensam da hidrelétrica. O principal símbolo da reação indígena contra o projeto, a índia caiapó Tuire, que em 1989 ameaçou com um facão o então presidente da Eletronorte e hoje presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz Lopes, agora é favorável ao projeto. (Págs. 1 e A16)
Novellis usa mais material reciclado
O desequilíbrio entre oferta e demanda de matéria-prima levou a Novellis, maior fabricante mundial de produtos laminados de alumínio, a planejar um aumento do uso de material reciclado. A meta é chegar a 2020 com 80% da produção sendo feita a partir de alumínio reutilizado. Hoje, mundialmente, a proporção é bem menor, de 34%. A maior parte do material é proveniente da coleta de latinhas de cerveja e refrigerantes, refundidas e transformadas em lingotes.
A empresa está aumentando a capacidade de produção da sua fábrica de Pindamonhangaba (SP), mas também houve redução na oferta porque no ano passado o próprio grupo teve de fechar a fundição de Aratu (BA), que fornecia mais de 50 mil toneladas de metal por ano. O custo da energia reduziu a competitividade da produção da fábrica, explicou Alexandre Almeida, presidente da Novelis na América do Sul. (Págs. 1 e B1)
Escalada da energia
O aumento do custo da energia elétrica tem feito grandes indústrias concentrarem esforços na busca da eficiência energética, mas esses investimentos não têm compensado o aumento do preço do insumo nos últimos anos. (Págs. 1 e A3)
Brasil reage à taxação de aéreas
Sem interesse em adotar controles nas emissões de carbono do setor aéreo idênticas às normas europeias, o Brasil busca apoio de outros países emergentes para uma reação conjunta às exigências dos europeus. (Págs. 1 e B7)
DHL também aposta no pré-sal
A DHL, uma das maiores empresas de logística do mundo, aposta no transporte de cargas pesadas para companhias do setor de petróleo e gás para aumentar o seu faturamento no mercado brasileiro. (Págs. 1 e B11)
Algodão sustentável
O Brasil se prepara para colher a primeira safra de algodão segundo os padrões "better cotton", que visam colocar no mercado fibras produzidas de acordo com critérios de sustentabilidade, diz Andréa Aragón. O projeto-piloto inclui dez grandes propriedades em quatro Estados. (Págs. 1 e B13)
Embarques de trigo
Segundo maior importador mundial de trigo, o Brasil passou também à lista dos dez maiores exportadores do cereal, segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado. O principal destino foi o continente africano, com 69,5% do total embarcado. (Págs. 1 e B14)
Sem surpresa, Selic vai a 12,25%
Em decisão já esperada pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, anunciou ontem a elevação da taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2009, quando era de 12,75%. (Págs. 1 e C2)
Investimentos responsáveis
Uma nova classe de ativos, os "investimentos de impacto", ganha força no portfólio de empreendedores brasileiros. A proposta é injetar recursos em empresas ou projetos inovadores, com reflexos claramente positivos em termos sociais e ambientais. (Págs. 1, D1 e D2)
Ideias
Robinson Borges
Na era digital, a legislação brasileira ainda precisa redefinir o conceito de "livro" de uma forma mais abrangente. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Marcio Pochmann
O Brasil ainda não está condenado a ter de participar da nova onda de desindustrialização em favor dos países asiáticos. (Págs. 1 e A11)
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