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quinta-feira, fevereiro 16, 2012

VENEZUELA [In:] CHÁVEZ ou CAPRILES ?

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A vez da oposição a Chávez

Correio Braziliense - 16/02/2012

Cavalo encilhado, repetia Leonel Brizola, só passa uma vez. Com o porte do que se apresentou para a oposição venezuelana no último domingo, então, a oportunidade, além de única, era praticamente inimaginável. Depois do tiro no pé de 2005, quando boicotou as eleições parlamentares, abrindo um vácuo para o avanço antidemocrático do presidente Hugo Chávez, dezenas de agremiações conseguiram mobilizar perto de 3 milhões de eleitores e eleger um candidato para enfrentar o chavismo na disputa presidencial de outubro. O desafio é manter a Mesa de Unidade Democrática (MUD) coesa em torno do escolhido, o governador de Miranda, Henrique Capriles Radonski.

A ocasião é favorável, mas a vitória não pode ser dada como certa. Primeiro, Chávez soube aproveitar-se da dianteira que o esfacelamento das oposições lhe proporcionou. Desde então, vitaminou seus superpoderes a ponto de, no início de 2009, promulgar emenda à Constituição Bolivariana prevendo a reeleição ilimitada. Observe-se que, na oportunidade, já se encastelara no poder havia uma década. E, além de dominar a Assembleia Nacional, contava com 17 dos 22 governadores. Disposto a eternizar-se, tirou dos estados, obviamente mirando os administrados por oposicionistas, o domínio de áreas estratégicas, como rodovias, aeroportos, portos, hospitais e outras.

Tampouco titubeou em cercear a liberdade de imprensa. Mas a pose está longe de ser a de um legítimo ditador latino-americano. Chávez dissimula bem o cacoete autoritário. Exacerba o personalismo com discurso nacionalista, em defesa de um país justo e desenvolvido. Populista, cresce escorado em referendos populares. Fortalecido, estende os tentáculos sobre os outros poderes da República e penetra sua ideologia em países vizinhos. Em 2010, obteve o direito legal de governar por decreto até junho próximo, a meses da eleição presidencial. A medida permite supor que deu ampla liberdade à prévia oposicionista de domingo passado — inclusive com o emprego das Forças Armadas na segurança do pleito — por excesso de confiança.

Mas não só. Chávez sabe que nem todo cavalo encilhado é manso. Se a MUD empinar e jogar o jovem cavaleiro (36 anos) ao chão, o presidente sairá mais robustecido, com a bandeira de haver sustentado o jogo democrático. E é previsível a dificuldade que a Mesa de Unidade Democrática terá no embate que está por vir. Henrique Capriles Radonski é do tipo que evita bater de frente, o que desanima parte da aliança duramente costurada. Em vez de radicalizar, o candidato oposicionista prega a conciliação nacional. A estratégia política é acertada, pois ele precisa conquistar votos chavistas, mas arriscada, quando se olha para a MUD e a necessidade de mantê-la íntegra.

Depois de conseguir mais do que parecia impossível, unir-se, a oposição deu demonstração de força nada desprezível ao atrair para as prévias, livremente, 17% do eleitorado do país, e ter um nome referendado por 62% dos votantes, 1,8 milhão de pessoas. Chávez, por sua vez, passou os últimos anos com a popularidade estagnada em torno dos 50%. Capitalizou o câncer que o acometeu recentemente, declarando ter vencido mais essa batalha, e em setembro último se aproximava dos 60%. Também a intenção de votos acompanhou a ascensão, passando de 31% em julho para 40% naquele mês de 2011. Como nas grandes partidas de futebol, esse deverá ser um jogo disputado até o apito final.

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