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quinta-feira, outubro 25, 2012

O BERRO DO BOI. AÇÃO OU RAÇÃO?



Marfrig confirma oferta primária de ações




Autor(es): Por Luiz Henrique Mendes,
Natalia Viri e
Daniela Meibak | De São Paulo
Valor Econômico - 25/10/2012
 

A Marfrig confirmou as especulações do mercado financeiro e anunciou na manhã de ontem, pouco antes da divulgação de seus resultados no terceiro trimestre, que fará uma oferta pública primária de ações para obter cerca de R$ 1,1 bilhão.
Os recursos devem ser usados para reforçar a estrutura de capital da empresa, que está pressionada por uma dívida líquida de R$ 9,2 bilhões. Hoje, a Marfrig não teria condições de honrar seus compromissos de curto prazo apenas com os R$ 2,84 bilhões disponíveis em caixa. A empresa encerrou o terceiro trimestre deste ano com uma dívida de curto prazo (vence em até um ano) que soma R$ 3,2 bilhões.
A emissão de R$ 1,1 bilhão pode ser ainda maior, conforme o comunicado protocolado pela companhia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo o documento, a oferta pode ser acrescida em 20% com o lote adicional e em 15% com o lote suplementar.
A confirmação da nova emissão provocou uma nova queda das ações da Marfrig. Ontem, os papéis da companhia caíram 1,63% na BMF&Bovespa, a R$ 10,28. Os rumores de que a empresa faria essa emissão ficaram mais fortes na noite da última sexta-feira, quando a Minerva Foods anunciou uma operação similar, dois dias após divulgar seu balanço trimestral.
A coincidência entre as duas empresas, que anteciparam a divulgação dos resultados trimestrais, só ajudou a reforçar os boatos, o que acabou contaminando as ações da Marfrig. Nos três primeiros pregões desta semana, os papéis acumulam uma baixa de 15,04%. Diante das fortes especulações, os investidores decidiram se antecipar à operação, uma vez que ela pode diluir a participação dos minoritários.
A nova emissão se soma a uma série de tentativas das empresa para melhorar sua estrutura de capital e reduzir o alto índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda), que chegou a 4,13 vezes ao final do terceiro trimestre do ano.
Em agosto, a empresa fechou um empréstimo de R$ 350 milhões com a Caixa, com um prazo de carência de dois anos. Além dos recursos tomados com o banco estatal, a Marfrig recebeu, em abril, US$ 390,1 milhões pela venda à americana The Martin-Brower Company, das operações de logística da Keystone Foods, sua unidade de food-service.
Outra tentativa da empresa para ganhar fôlego foi negociar a rolagem de uma dívida de R$ 270 milhões com o BNDES. O montante em questão referia-se ao vencimento, em julho, dos juros anuais das debêntures conversíveis em ações compradas pelo banco de fomento em 2010. Mas o BNDES não aceitou a proposta da Marfrig, que realizou o pagamento.
O anúncio da emissão de ações, no entanto, fez as debêntures conversíveis voltarem à tona. Pelos termos dos títulos emitidos em 2010, o BNDES poderia converter todas as debêntures em ações no caso de uma emissão. A troca poderia ser vantajosa para o banco estatal, já a escritura das debêntures prevê que o preço de conversão dos títulos em ações seria o mesmo da nova emissão, e não o piso de R$ 24,50 previstos inicialmente, o que aumentaria a participação do banco no capital da Marfrig.
Ao preço de fechamento de ontem, o BNDES poderia ver sua fatia na empresa saltar dos atuais de 13,94% para 44,1%, o que faria do banco o maior acionista da empresa. Esse cálculo considera a hipótese de todos os atuais acionistas da Marfrig comprarem as ações a que tem direito.
Como a tendência é que o preço da oferta de ações fique mesmo próximo dos patamares atuais, a controladora MMS Participações fechou um acordo com o BNDES. O banco aceitou converter apenas um terço do total da oferta se a emissão acontecer até 6 de fevereiro de 2013, o que daria R$ 366 milhões se a emissão totalizar os R$ 1,1 bilhão pretendidos pela companhia. O dois terços restantes serão convertidos em julho de 2015.
No balanço divulgado ontem, a Marfrig registrou um lucro líquido de R$ 10,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, antes uma perda de R$ 540 milhões reportada no mesmo intervalo de 2011. A receita líquida da empresa no período atingiu o recorde de R$ 6,3 bilhões, salto de 14,1% na comparação anual. Apesar da receita maior, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 13,8%, para R$ 549,8 milhões. A margem Ebitda recuou de 11,5% para 8,7% nos três meses encerrados em setembro.
A queda é explicada pelas despesas operacionais da Seara Foods, divisão que contempla as operações de aves, suínos e alimentos processados da Marfrig, o que acabou reduzindo o melhor resultado da divisão de bovinos. No terceiro trimestre, a Seara teve de lidar com a forte elevação dos grãos usados na ração animal. Com isso, as despesas operacionais da Marfrig saltaram 76,7%, para R$ 649,9 milhões. (Colaboraram Fernanda Pressinott e Vera Saavedra Durão, do Rio)

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