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quarta-feira, janeiro 30, 2013

A "VILÃ'' DA VEZ versus SOFISMAS



Produtividade contribui pouco para crescimento do país, mostra estudo


Autor(es): Por Marta Watanabe e Sergio Leo | De São Paulo e Davos
Valor Econômico - 30/01/2013
 

A evolução da produtividade contribuiu pouco para o crescimento econômico do Brasil. Um estudo do Boston Consulting Group (BCG) mostra que de 2001 a 2011 o ganho de produtividade foi responsável por apenas 26% do crescimento médio de 3,7% no Produto Interno Bruto (PIB) do período. Os demais 74% foram resultado da expansão do mercado de trabalho. A proporção é praticamente a oposta da exibida pela Coreia do Sul, onde a elevação de produtividade respondeu por 72% da expansão econômica média de 4,2% no mesmo período. Na China a participação do ganho de produtividade foi de 93% para um crescimento médio de 10,6%.
O quadro mostra um nível de produtividade praticamente estagnado no período. O estudo indica ainda que os setores ligados a recursos naturais - mineração, extração de petróleo e agricultura - foram responsáveis por cerca de metade do ganho anual médio de produtividade de 1% do Brasil na última década. "Isso levanta preocupações sobre a capacidade do país de aumentar e sustentar o crescimento de produtividade para o conjunto da economia", alerta o estudo.
O baixo nível de investimento, apesar da alta de 11% do PIB para 19% entre 2001 e 2011, revela que há uma estagnação do estoque de capital, que cresce apenas o suficiente para cobrir a depreciação dos equipamentos existentes e acomodar o aumento da força de trabalho. Sem aumento de produtividade, não há como crescer a 4% ao ano, diz o estudo do BCG. Sete em oito setores industriais têm obtido cada vez menos valor por real investido em empregos do que obtinham em 2001 - a única exceção é o setor de minerais primários.
Julio Bezerra, diretor do BCG, salienta que o ganho de produtividade torna-se mais relevante atualmente. "Na década passada o Brasil experimentou um crescimento espetacular, com aumento da população economicamente ativa e mercado interno altamente aquecido." O forte ritmo da demanda doméstica propiciou alto crescimento de receitas, o que possibilitou um retorno médio anual de 19% a acionistas de companhias brasileiras entre 2004 e 2011. A média do retorno para as empresas no mundo todo, no mesmo período, foi de 4,8%. O retorno foi calculado em moeda local, sem descontar a inflação e levou em consideração as companhias com maior liquidez no Brasil. O aumento de receitas respondeu por 80% desse ganho, segundo os analistas.
Na atual década, porém, esse cenário muda, diz Masao Ukon, sócio do Boston. O crescimento do crédito disponível para consumo será menor e a demanda terá ritmo mais desacelerado de expansão porque o nível de consumo brasileiro já está próximo ao de países desenvolvidos em várias categorias. "O crescimento doméstico será maior que o da média mundial, mas em ritmo menor do que o anterior. A venda de alguns bens como automóveis e celulares, por exemplo, não sustentarão o nível de expansão da última década."
"Com a mudança na demanda é preciso agir na direção da oferta", diz Bezerra. As empresas, salienta, precisam encontrar caminhos para agregar valor de forma menos dependente da expansão de demanda. "Elas precisam aumentar produtividade e eficiência, atuar em mercados mais interessantes e mudar seu portfólio." Nesse contexto, diz o diretor, a produtividade torna-se uma questão-chave de mudança para as empresas brasileiras. As políticas de governo, acredita Bezerra, devem focar não só em estímulo a consumo como também em medidas para sanar gargalos que hoje afetam a produtividade: infraestrutura deficiente, pouca qualificação, ambiente institucional pouco desenvolvido e baixo nível de investimento.
"Há grande interesse no Brasil, a sexta economia mundial, com um mercado doméstico grande, indispensável para quem quer aumentar o mercado", comentou o diretor do BCG para Europa, África e América Latina, Pascal Cotte. "Muitas companhias têm de lutar muito, porém, para fazer negócio no país. O Brasil precisa ser mais amigável aos investidores, há muita burocracia, múltiplas camadas de decisão, governos nacional e estaduais, municipalidades", analisou.

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