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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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quinta-feira, fevereiro 28, 2013

VALIA QUANDO PESAVA

28/02/2013
Vale tem 1º prejuízo em 10 anos

Queda no valor do preço do minério, produção menor e perdas contábeis fizeram a Vale ter um prejuízo de R$ 5,628 bilhões no quarto trimestre, a primeira perda em dez anos e a maior da história da companhia. No ano de 2012, a mineradora teve lucro de R$ 9,734 bilhões, um tombo de 75% em relação a 2011 e o menor desde 2004

Vale no prejuízo

Perda de R$ 5,6 bi no 4º trimestre é a primeira em 10 anos. Lucro anual recua 75%.

Danielle Nogueira

A Vale registrou lucro líquido de R$ 9,734 bilhões em 2012, um tombo de 75% em relação ao ganho do ano anterior e o menor desde 2004, informou a empresa ontem. A principal razão para a queda foram as baixas contábeis de R$ 12,2 bilhões, que levaram a empresa a apresentar prejuízo líquido de R$ 5,628 bilhões no quarto trimestre. Esta foi a primeira perda trimestral desde 2002 e a maior da história da empresa. O menor preço do minério de ferro e uma leve queda na sua produção contribuíram igualmente para o mau desempenho da companhia.

As projeções de mercado para o lucro líquido da empresa eram muito diversas. Para o ano, iam de R$ 9 bilhões a R$ 12 bilhões. A variação dependia de quais baixas contábeis eram consideradas pelos analistas. As previsões mais pessimistas incluíam em seus cálculos a depreciação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), na qual a Vale detém pouco mais de 25%. Segundo o balanço da empresa, essa baixa foi de R$ 1,8 bilhão. Entre outros ativos que tiveram seu valor reduzido está o projeto de níquel de Onça Puma (PI), que sofreu uma baixa de R$ 5,8 bilhões. Para o quarto trimestre, as estimativas de prejuízo iam de R$ 3 bilhões a R$ 6 bilhões.

Excluindo-se os itens não-recorrentes, como depreciação de ativos e perdas monetárias, a Vale teve um lucro de R$ 22,2 billhões, 43% menor que os R$ 39,2 bilhões obtidos em 2012, segundo dados atualizados pela empresa ontem. No quarto trimestre, desconsiderando-se esses itens não-recorrentes, a empresa teve lucro de R$ 4 bilhões. Ainda assim, abaixo dos R$ 8,9 bilhões registrados em igual período de 2011. Em comunicado, a Vale esclareceu que as alterações contábeis não afetam o resultado financeiro da empresa.

- A indústria como um todo apresentou baixas contábeis em 2012. Novas baixas são possíveis, mas não imediatamente. Queremos fazer tudo com a maior transparência para os investidores - disse Murilo Ferreira, presidente da Vale, ao comentar os resultados da companhia em teleconferência com jornalistas.

Otimismo com China em 2013

O ano de 2012 foi de fato ruim para as mineradoras. A anglo-sul-africana Anglo American registrou prejuízo líquido de US$ 1,493 bilhão em 2012, contra um lucro líquido de US$ 6,169 bilhões em 2011. O resultado negativo foi puxado pela baixa contábil de US$ 4 bilhões do projeto Minas-Rio, que inclui minas de minério de ferro e um mineroduto para escoamento da produção, comprado do grupo EBX, de Eike Bastista, em 2008. Já a anglo-australiana Rio Tinto teve perda de US$ 3 bilhões, também relacionada à depreciação de ativos e provisões.

Além das mudanças contábeis, o resultado da Vale foi afetado pelo recuo de 0,8% na produção de minério de ferro em 2012, para 319,9 milhões de toneladas. A queda, a primeira desde 2009, está vinculada ao excesso de chuvas em alguns períodos de 2012 e também à retração do apetite chinês pela commodity. A redução no preço do minério de ferro em 2011 no mercado internacional foi outro fator que pesou no desempenho da companhia.

Para o analista da corretora SLW Pedro Galdi, as perspectivas para 2013 são boas, com um cenário menos volátil de preços em relação a 2012. No ano passado, a média do preço por tonelada de minério de ferro foi US$ 130, ante US$ 143 em 2011, ano em que a Vale teve o melhor resultado de sua história. Nos dois primeiros meses de 2013, a média de preço já está em US$ 150 a tonelada.

- Em 2012, a Vale arrumou a casa, fez as baixas contábeis e teve que enfrentar cenário adverso principalmente no terceiro trimestre, quando o minério caiu muito. Este ano tudo indica que o cenário será melhor - diz Galdi.

Segundo o diretor-executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, a expectativa é que os preços subam no primeiro semestre, mas desacelerem no segundo, quando haverá aumento de capacidade de produção de minério na Austrália.

- Temos uma visão otimista em relação a China. Isso não significa que não vai haver oscilações. Mas a China não nos tira o sono - afirmou o executivo.

Apesar da perspectiva melhor para 2013, a Vale manterá a racionalização dos gastos. O diretor financeiro da empresa, Luciano Siani, frisou que os esforços da companhia vêm dando resultado. No ano, houve queda de 5% nas despesas aministrativas em relação a 2011. Se considerado o quarto trimestre, esse recuo foi ainda maior: 30% ante igual período. A empresa também reduziu os gastos com pesquisa mineral em 12% em 2012, para US$ 1,5 bilhão e continua a buscar sócios para tocar projetos, como o Rio Colorado (minas de potássio em Mendoza, na Argentina). O prazo para que a Vale entregasse um novo cronograma do projeto ao governo de Mendoza acabaria hoje, mas, segundo Murilo Ferreira, o Conselho de Administração da companhia ainda não conseguiu analisar a proposta, o que deve acontecer apenas em 11 de março.

Perda de R$ 27 bi em valor de mercado

O resultado da mineradora deve pressionar ainda mais suas ações no curto prazo, segundo analistas. A mineradora já perdeu R$ 27,5 bilhões em valor de mercado neste ano, praticamente quanto vale a siderúrgica Gerdau, caindo para um valor de mercado de R$ 187,6 bilhões. O desempenho das ações foi pior do que o das concorrentes internacionais. Há um descolamento entre as cotações da Vale e o preço do minério de ferro na China. Enquanto o minério sobe 4,83% no ano, os papéis preferenciais da Vale recuam 13,26% no período.

Segundo Marcel Kussaba, estrategista da gestora Quantitas, isso é um sinal de que o mercado passou a temer excessivamente uma maior cobrança de royalties sobre a mineração. Um novo marco regulatório do setor está em preparo pelo governo federal, e analistas já estimam que a operação da mineradora vai ser mais onerada. Ontem as ações preferenciais da Vale subiram 0,85%, a R$ 35,45, enquanto o Ibovespa avançou 0,57%, aos 57.273 pontos.

- Na maior parte do tempo, a ação da Vale sobe com o preço do minério. 

Agora nem de perto está acompanhando. O novo marco regulatório está atrapalhando. O mercado está com muito receio de ser criada uma nova cobrança parecida com a participação especial das petrolíferas e isso está fazendo muitos investidores venderem Vale. O medo é que a Vale vire uma Petrobras - disse Kussaba.

Com o mau momento para as ações, os fundos FGTS que aplicam em Vale acumulam perda média de 15,68% em 2013 até 22 de fevereiro, segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Nesse período, foram resgatados R$ 57 milhões por investidores insatisfeitos. Mas, desde que esse tipo de uso do FGTS começou a ser oferecido, em março de 2002, os fundos já renderam em média 859,66%.

Apesar do resultado trimestral, o analista Felipe Reis, do Santander, espera desempenho melhor no primeiro trimestre, puxado pela alta no preço médio do minério de ferro. (Colaborou Daniel Haidar)
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