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segunda-feira, março 11, 2013

METAS DE GOVERNO: TIRO PELA CULATRA ou NO PÉ

11/03/2013
Medidas tópicas têm efeito limitado contra a inflação


As projeções do Banco Central (BC) para o comportamento da inflação neste início de ano estão se mostrando descoladas da realidade. 

No relatório trimestral de inflação de dezembro passado, o BC projetava que o IPCA acumulado em 12 meses terminaria o primeiro trimestre em 5,7%. 

A probabilidade estimada pela autoridade monetária de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2013 se situava em 12%. Este era o cenário de referência do BC, com base na estabilidade da taxa básica de juros nos 7,25% ao ano atuais. 

Os fatos desautorizaram os prognósticos. 

A inflação acumulada em janeiro e fevereiro atingiu 1,47%, chegou a 6,31% em 12 meses e é muito provável que ela estoure o teto da meta de 6,5% em março.

O IPCA de fevereiro, de 0,60%, enfraqueceu as esperanças de que os preços assumissem uma trajetória mais acentuada de queda nos primeiros meses do ano e deixou imensas dúvidas sobre se medidas tópicas, como a redução da tarifa de energia elétrica e a desoneração da cesta básica, dentre outras, serão suficientes para recolocar a inflação rumo à meta de 4,5%.

O agravante é o elevado grau de disseminação dos aumentos de preços pela economia, que os especialistas chamam de taxa de dispersão. Essa taxa chegou a 72,33% em fevereiro. É verdade que esta caiu em relação a janeiro, quando chegou a 75,07%, mas ficou muito acima da registada em fevereiro de 2012, de 59,18%. Os analistas chamam a atenção para o fato de que, desde 2002, essa taxa não ficava acima dos 70%.

A taxa de dispersão mostra que as expectativas de inflação do mercado estão sem âncora, o que, no sistema de metas de inflação adotado pelo Brasil, deveria ser garantida pelo Banco Central.

Em certa medida, o comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), emitido após a reunião da última quarta-feira, ficou com aparência de velho.

Este Banco Central por duas vezes contrariou as avaliações do mercado e o tempo mostrou que ele estava certo. Primeiro, no início da gestão de Dilma Rousseff, aumentou os juros de forma mais gradual do que era esperado e, logo no meio do ano - em agosto de 2011 - percebeu que a crise internacional se agravava e isso exerceria um efeito desinflacionário no país.

O diagnóstico do BC, até o momento, é de que há uma forte pressão dos alimentos sobre a inflação corrente e que os índices mensais, este ano, serão inferiores aos de 2012, mas só em meados do segundo semestre é que o IPCA acumulado em 12 meses vai cair.

Haveria boas razões para esperar esse comportamento. Há um choque de oferta de alimentos e larga margem de capacidade ociosa na indústria. O Produto Interno Bruto (PIB) cresce abaixo do potencial desde 2011.

O regime de metas para a inflação é flexível e permite que os bancos centrais acomodem choques de oferta desde que as expectativas sobre a trajetória futura dos preços se mantenham devidamente ancoradas.

O Banco da Inglaterra, por exemplo, decidiu que não vai partir para uma política de aperto monetário à despeito de pressões inflacionárias persistentes. A previsão é de que índice de preços ao consumidor, nos próximos dois anos, fique acima da meta de 2%. O Banco Central do México adotou comportamento semelhante. Manteve os juros inalterados, fundamentado na convicção de que o aumento dos preços era um evento passageiro, o que se confirmou.

No caso brasileiro, o Banco Central vinha trilhando um caminho semelhante. Mas passou, desde fevereiro, a reconhecer que os riscos inflacionários aumentaram e a considerar como real a possibilidade de acionar os instrumentos de controle monetário, como a elevação da taxa básica de juros, a Selic. Foi, na sexta-feira, porém, surpreendido por uma inflação bem superior, no mês passado, do que previa.

O comunicado da última reunião do Copom dizia que, com base na avaliação da conjuntura macroeconômica e da inflação, decidiu manter os juros em 7,25% ao ano; e que iria "acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária".

Cabe ao Banco Central, na ata que será divulgada na quinta-feira, explicar como pretende lidar com essa nova realidade.
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