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segunda-feira, abril 16, 2007

MST-MOVIMENTO DOS SEM-TERRA: POUCA (OU NENHUMA) LIDERANÇA NOS "ASSENTAMENTOS"

Assentados desafiam MST e fazem parcerias com líderes do agronegócio. Beneficiários da reforma agrária descobrem prosperidade com plantações de cana, eucalipto, frutas e oleaginosas.

Para demonstrar o seu desagrado com o agronegócio, militantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) destruíram três áreas de plantio de cana na semana passada - duas delas no interior de São Paulo e outra em Pernambuco. Com o mesmo propósito também invadiram uma área de reflorestamento da Companhia Suzano de Papel e Celulose, em Itapetininga. Para a liderança do MST, tanto os canaviais quanto as áreas de reflorestamento não fixam os trabalhadores no campo, promovem a concentração da terra, ocupam áreas que poderiam ser destinadas à produção de alimentos e agridem o meio ambiente. São, portanto, culturas que devem ser combatidas. Mas os beneficiários da reforma agrária, muitos deles sob a bandeira vermelha do MST, nem sempre concordam - e desafiam as lideranças. Está aumentando o número de assentados que se associam a grandes empresas rurais para a produção de cana, eucalipto, frutas e também oleaginosas, estas para a produção de biodiesel. No Pontal do Paranapanema, área emblemática da reforma agrária, no interior de São Paulo, o descompasso entre líderes e assentados é visível. Ali, os beneficiários da reforma não apenas plantam cana: estão se associando agora às empresas de reflorestamento. Segundo informações de um dos assentados na região, José Dionísio de Souza, quase 70% dos lotes ao seu redor, já têm áreas com eucalipto. No Rio Grande do Norte, um conjunto de assentamentos conseguiu vencer o estado de abandono em que se encontrava depois de associar-se à Calimã - multinacional líder no comércio de mamão papaia ao redor do mundo. Os assentados plantavam com orientação e assistência técnica de um engenheiro agronômo pago pela multinacional, que também garantia a compra do produto. O acordo foi rompido há pouco tempo, porque os plantadores foram atrás de melhores preços. Quem conhece aqueles assentamentos, no entanto, sabe que sua história pode ser dividida em duas partes: antes da chegada da Calimã, quando muitas famílias ainda viviam em barracos cobertos de lona, e depois, ao ganhar uma aparência de área desenvolvida. Em Pernambuco, na região de Petrolina, a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) estuda a implantação de grandes projetos para o cultivo de laranja e cana - que devem incluir pequenos produtores e assentados da reforma agrária. A questão já divide a cúpula do MST. Na terça-feira da semana passada, José Rainha reuniu-se em Brasília com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart. O principal líder da organização no Pontal foi vender a eles a idéia de se implantar um projeto de biodiesel na região, envolvendo assentados e uma grande usina de açúcar e álcool. A idéia de integrar a pequena agricultura às grandes agroindustrias não é nova. É assim que tem prosoperado a pequena agricultura, de estrutura familiar, em diversas partes do País, especialmente no Sul. A liderança do MST discorda por achar que, nesse modelo, os pequenos proprietários se tornam dependentes das grandes empresas. Seria preferível, na avaliação predominante no MST, que as agroindústrias fossem controladas pelos assentados. Na prática, porém, o rumo tem sido outro. Roldão Arruda e José Maria Tomazela, O Estadão.

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