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segunda-feira, julho 23, 2007

MINISTRO DOS ESPORTES [In:] HOJE, A BURGUESIA "CHEIRA" *


O comunista que quer privatização

O terno alinhado é bem diferente do jeans com camiseta – vermelha – dos anos 90, quando liderava, na presidência da UNE, passeatas e protestos por todo o Brasil. Mas o ministro dos Esportes, Orlando Silva, 36 anos, parece à vontade na indumentária de autoridade. Circula com o sorriso largo e o inconfundível sotaque baiano por palácios, ruas e arenas esportivas do Rio de Janeiro como representante do governo federal nos Jogos Pan-Americanos. Responsabiliza o prefeito César Maia pelas vaias ao presidente Lula na cerimônia de abertura do Pan e aconselha os cariocas a eleger, em 2008, um substituto mais antenado com os governos federal e estadual para facilitar os investimentos em transportes necessários à candidatura do Rio à sede da Olimpíada de 2016. Cobra, ainda, que o PT retribua os apoios já recebidos do PCdoB e se junte à candidatura de Aldo Rebelo a prefeito de São Paulo no ano que vem. Ao mesmo tempo que reitera convicções ideológicas de seu partido, o PCdoB, o ministro demonstra adaptação aos novos tempos e defende a concessão dos grandes estádios para serem explorados pela iniciativa privada.
ISTOÉ – Para um país com tantas carências, gastar R$ 3,5 bilhões em uma competição não é luxo? Orlando Silva – Tivemos investimentos importantes em segurança e em instalações, um legado fantástico para o Brasil. O Rio é uma cidade olímpica, com capacidade para sediar qualquer grande evento. Temos arenas com padrão internacional e isso fica, com uma promoção fantástica do Brasil no Exterior. Tudo isso volta, com o turismo, um ativador da economia. Já estamos conquistando campeonatos mundiais, como o de judô, o de futebol de salão e a final da Liga Mundial de Vôlei, no ano que vem, e os Jogos Mundiais Militares, que reunirão cinco mil atletas em 2011 no Rio, tudo isso em função das instalações do Pan. O que isso gera de empregos e oportunidades não tem preço.
ISTOÉ – Como evitar que as instalações virem elefantes brancos após o Pan? Silva – Elas servirão ao desenvolvimento do esporte brasileiro. Serão centros nacionais de treinamento para várias modalidades. Alguns equipamentos, como o Maracanãzinho ou a Arena Multiuso, pelo perfil que têm, deverão ter uma funcionalidade para além do esporte. Aí vale a pena pensar em um modelo de gestão diferenciado, que permita concessão para que empresas privadas gerenciem e promovam atividades de forma permanente. Isso garante a sustentabilidade.
ISTOÉ – O Maracanã também deve ser entregue à iniciativa privada? Silva – Houve um tempo, sobretudo na ditadura, em que havia toda uma manipulação, instrumentalização política do esporte. Isso permitiu o gigantismo nas construções esportivas, mas não cabe mais. Parte dessas estruturas ficou como mico nas mãos dos Estados, subutilizados, com gestão comprometida pela política. Abrir concessão para o setor privado explorar esses espaços, especialmente os multifuncionais, tiraria ônus do Estado e permitiria sua otimização, sem pressão política.
ISTOÉ – O governo não estaria inflando a conta do Pan ao incluir gastos em obras permanentes?
Silva – Esses investimentos estão no documento “matriz de responsabilidades”, assinado pelos três níveis de governo em abril de 2004. Me causa espécie a prefeitura contestar números que subscreveu. É uma bobagem sem fim discutir isso.
ISTOÉ – Mas essa conta não mascara os números, dando a impressão de que o Pan ficou quatro vezes mais caro? Silva – A proposta original previa só a segurança patrimonial das instalações, um valor insignificante. Mas reconhecemos uma situação complexa e não podíamos perder a oportunidade. Claro que teria de ser feito um dia, mas foi feito para o Pan. Um item que salta aos olhos é uma guerra de números que não tem sentido. O que importa é que o País tire lições e cuide para que, da próxima vez, haja uma harmonia maior entre os níveis de governo. Só com muitas mãos se faz uma obra dessas.
ISTOÉ – O jogador cubano Rafael Capote quer asilo político do Brasil. Deve tê-lo? Silva – Conheço Cuba, estive lá algumas vezes. É emocionante o esforço do Estado cubano para garantir a segurança alimentar, o acesso à educação, saúde e esporte, para que a juventude construa perspectivas. Esse jovem deve ter uma série de ilusões quanto às possibilidades de viver fora de Cuba. No caso dele, não se trata de asilo político porque ele não é um perseguido. Ao contrário, teve a oportunidade de se desenvolver. Espero que ele tome juízo e volte para os seus.
ISTOÉ – Depois de ter desertado, ele poderá voltar a Cuba sem risco de parar no paredão?
Silva – Essa história de paredão pertence a outro período da história cubana, duro, de enfrentamento na pós-revolução. Hoje a situação é um pouco diferente. Provavelmente há muito mais gente indo para o paredão nos Estados Unidos do que em Cuba.
ISTOÉ – O Rio tem chance de sediar a Olimpíada de 2016? Silva – Claro. O sucesso do Pan é importante para mostrar capacidade. É evidente que itens graves exigem atenção, como o transporte, metrô e trem. O Rio tem uma malha ferroviária que pode ser sofisticada.
Por AZIZ FILHO, IstoÉ Online.
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(*) Em "oposição" a expressão de Cazuza: "A Burguesia fede". [Cazuza - Burguesia Cazuza/George Israel/Ezequiel Neves].

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