PENSAR "GRANDE":

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quarta-feira, novembro 07, 2007

CPMF/LULA & PSDB: Uma PaUTA DE NEGOCIAÇÕES





O PSDB vendeu aos jornalistas a informação de que o partido decidiu votar contra a CPMF por decisão unânime de sua bancada no Senado. Lorota. Chegou-se à deliberação pelo voto. Contrária à negociação com o governo, a bancada prevaleceu sobre a cúpula do partido por nove votos contra quatro. Entre os vencidos estão Tasso Jereissati (CE) e Sérgio Guerra (PE), respectivamente presidente e futuro presidente do PSDB. Ambos defenderam a continuidade dos entendimentos com o governo.
Informado acerca da divisão, Lula determinou a auxiliares que mantenham os esforços para seduzir o tucanato –ou parte dele— a votar a favor da prorrogação da CPMF no Senado. “Esse jogo ainda não acabou”, disse Lula a um ministro. Nesta quarta-feira, o próprio presidente da República tentará reabrir a negociação que os senadores tucanos declararam encerrada. Lula vai encontrar-se, em Minas Gerais, com o governador tucano Aécio Neves, fervoroso defensor de uma composição. O blog conversou com três dos 15 participantes da reunião do PSDB. Além dos 13 senadores, acorreram ao encontro dois deputados tucanos: Antonio Carlos Pannunzio (SP), líder do partido na Câmara, e Paulo Abi-Ackel, vice-líder do bloco da minoria. O repórter descobriu o seguinte:

1. Tasso Jereissati e Sérgio Guerra defenderam a continuidade das negociações com o governo. Disseram que era preciso levar em conta os interesses dos governadores do partido, em especial de Aécio e de José Serra (São Paulo), os dois presidenciáveis tucanos. Arrastaram para o seu lado dois senadores que já estavam a levar o diálogo às últimas conseqüências: Eduardo Azeredo (MG) e Lúcia Vânia (GO);
2. Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado, também defendeu a perseguição do entendimento. Mas, ao constatar que a maioria da bancada pendia para o repúdio à CPMF, votou com a maioria de seus liderados;
3. Tasso apelou, a certa altura, para a sensibilidade dos ex-governadores presentes à reunião. Além dele próprio, que já governou o Ceará, havia na sala três ex-gestores de Executivos estaduais: Álvaro Dias (Paraná), Marconi Perillo (Goiás) e Eduardo Azeredo (Minas). “Vocês sabem que não é simples tirar de um governo, de repente, uma arrecadação de R$ 40 bilhões por ano.” Afora Azeredo, teleguiado por Aécio, nem Perilo nem Dias deram ouvidos a Tasso. Ao contrário. Refutaram a tese, alegando que o governo pode, sim, sobreviver ao fim da CPMF, Basta que corte gastos. Prevaleceu, de resto, o argumento de que, longe de beneficiar, o acordo proposto prejudicava os governadores. A desoneração proposta pelo governo concentrava-se no Imposto de Renda, um tributo cuja arrecadação compõem o Fundo de Participação dos Estados. Ou seja, os governadores receberiam menos dinheiro;
4. Antes de alinhar-se aos liderados contrários à CPMF, Virgílio disse que havia consultado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ouvira dele a opinião de que o partido deveria endurecer a negociação, mas mantendo a aberta a porta para o entendimento, desde que o governo melhorasse sua oferta. De resto, Virgílio listou os prós e os contras da decisão que o partido estava prestes a tomar. Na segunda coluna, incluiu a possibilidade de Lula desencadear uma campanha para responsabilizar o PSDB pela derrubada da CPMF. O paranaense Álvaro Dias interveio, para dizer algo assim: “Se possível, peça para ele fazer essa campanha no Paraná. E peça para dizer que fui eu o responsável. Nunca vi ninguém querer pagar imposto. Se quiserem responsabilizar o PSDB pela derrota da CPMF acho ótimo. O partido ganharia com isso.”
5. Sérgio Guerra deixou claro em sua intervenção que é contra a renovação da CPMF. Mas, a exemplo de Tasso, ponderou que era preciso levar em conta os interesses dos governadores do partido. Disse que, além de Serra e Aécio, também Yeda Crusius (Rio Grande do Sul) apelara em favor da concórdia. Não sensibilizou ninguém além dos três senadores que, como ele, foram à reunião com o propósito de esticar as conversações: Tasso, Azeredo e Lúcia Vânia.
6. Chamou a atenção de todos o posicionamento do senador João Tenório (PSDB-AL). Ligado ao governador tucano de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, sabidamente favorável ao fechamento de um acordo com o governo, Tenório posicionou-se contra a CPMF e a favor da interrupção imediata do entendimento.
7. Embora sem direito a voto, os dois deputados convidados para o encontro puderam falar. Ligado a Serra, Pannunzio reproduziu a contrariedade dos deputados tucanos. Reunira-se antes com um grupo de tucanos na Câmara. Todos favoráveis ao sepultamento da CPMF. Houve uma única voz destoante: a do deputado Jutahy Magalhães Júnior (BA). Velho amigo de Serra, Jutahy defendera a tese de que os deputados deveriam deixar os colegas de Senado à vontade para deliberar.
8. Vencido pela maioria, Tasso disse que, antes de comunicar a decisão à imprensa, conviria informar aos governadores. Coube ao deputado mineiro Paulo Abi-Ackel fazer contato com Aécio, que lamentou a decisão. Serra foi alcançado, pelo celular, por Tasso. Simulou naturalidade.
Nesta quarta, Lula encontrará Aécio numa solenidade de inauguração de um hospital, em Belo Horizonte. Segundo confidenciou a auxiliares, o presidente vai tentar reabrir as negociações. Lula apega-se a um detalhe que considerou relevante: a bancada de senadores tucanos esquivou-se de fechar questão contra a CPMF. Em São Paulo, José Serra almoçará com Jorge Bornhausen, ex-presidente do DEM. Ouvirá um apelo para que o PSDB evolua para o fechamento de questão. Bornhausen dirá a Serra que, se permitir que os cofres da União sejam recheados com a arrecadação da CPMF, o PSDB estará tonificando a estratégia do PT de assegurar a Lula um terceiro mandato, em 2010.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 0711. Foto Jorge Araújo/Folha.

Um comentário:

Anônimo disse...

Os tucanos são tão tapados que não percebem suas próprias contradições. Dentre tantas, a criação da CPMP e a compra da reeleiçaõ se destacam. Seus discursos soam mais falso do que nota de 15 reais. O que eles têm feito para o País avançar? A não ser que avanço signifique especulação com o dólar (ganhar sem trabalhar e produzir) e desestabilização econômica. Se esperam conseguir votos com essa tática, vão se ferrar novamente. Ao invés de tirar proveito do sucesso que o País consegue apesar dos seus políticos e instituições, insistem no discurso do "esqueçam tudo que fiz e do que eu disse". A agenda tucana hoje se resume a um azedo nihilismo. Deve ser triste para urubus em busca de alimentos se depararem a todo instante com as suas próprias carniças.
Ivan