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quarta-feira, novembro 21, 2007

PMDB vs. PT: "VERSUS"???


O encontro foi articulado por Orestes Quércia, presidente do diretório do PMDB de São Paulo. Será em Curitiba (PR), na noite de sexta-feira (23). O pretexto é organizar o partido para as eleições municipais de 2008. Mas o objetivo de Quércia é outro. Irritado com Lula, ele quer deflagrar um movimento para descolar o PMDB do Palácio do Planalto.
Para o governo, a articulação não poderia chegar em hora mais imprópria. Dá-se justamente no instante em que, acossado pela oposição, Lula derrama suor para arrebanhar votos a favor da emenda da CPMF no Senado. A tese de Quércia é a de que, em troca de “uns carguinhos”, o PMDB vem arrostando um “enorme desgaste” por apoiar o governo. É hora, segundo diz, de o partido desatrelar-se do Planalto e distanciar-se do PT. Defende que o PMDB elabore uma estratégia própria para as eleições de prefeito, no ano que vem, e para a corrida presidencial, em 2010. Foram convidados para a reunião desta sexta dirigentes do PMDB das 27 unidades da federação. Além do diretório paulista, o convite foi chancelado pelo PMDB de Pernambuco, submetido à liderança do senador dissidente Jarbas Vasconcelos, avesso a Lula; e pelo diretório do Paraná, controlado pelo governador Roberto Requião, amigo do presidente. Antes de costurar o encontro dos dirigentes estaduais, Quércia propusera ao deputado Michel Temer (SP), a convocação do conselho político do PMDB, um colegiado mais amplo –inclui, além dos presidentes de diretórios, os governadores, os líderes no Congresso e os ex-presidentes do partido. Pela proposta de Quércia, a cúpula peemedebista se encontraria em Brasília. Presidente nacional do PMDB e fiador do acordo que levou a legenda ao consórcio governista, Temer torceu o nariz para a idéia de Quércia. Disse que o momento era inadequado. Citou a votação da CPMF e o julgamento de Renan Calheiros (PMDB-AL). Mencionou o risco de que alguém propusesse o fechamento de questão contra o imposto do cheque ou um posicionamento explícito contra Renan. Diante da negativa, Quércia pôs-se a articular o encontro dos dirigentes estaduais. Há duas semanas, avisou a Temer que faria uma reunião em São Paulo. Na semana passada, disse-lhe que o encontro, encorpado pela adesão de Jarbas e Requião, fora transferido para Curitiba. Num telefonema a Temer, Requião argumentou que seria importante que ele, como presidente do partido, estivesse presente à reunião de Curitiba. O deputado ponderou ao governador acerca dos riscos do encontro: “É possível que apareça aí a tese do rompimento com o governo". E Requião: “Não, imagina, de jeito nenhum. Isso não vai acontecer.” Nas pegadas de Requião, o próprio Quércia instou Temer a voar para Curitiba. O deputado pretextou dificuldades. Disse que terá, na mesma sexta-feira, um almoço com o governador Sérgio Cabral, no Rio. E talvez não conseguisse vôo para chegar a tempo à capital paranaense. No Planalto, suspeita-se que, por trás do súbito anti-governismo de Quércia esteja um “carguinho”. O PMDB paulista reivindica o comando da Ceagesp, a companhia de entrepostos e armazéns gerais de São Paulo, que pende do organograma do Ministério da Agricultura. Hoje, para contrariedade de Quércia, a empresa é comandada pelo PT. O posto compõe a lista de reivindicações encaminhadas por Temer ao Planalto. Lula não fechou as portas. Mas demora-se em atender à reivindicação. Nos diálogos privados que mantém com Temer, Quércia costuma invocar a lendária figura de Ulysses Guimarães. “No tempo do Ulysses, ele mandava no governo”, diz. E Temer: “Vivemos um momento histórico inteiramente distinto.” Ulysses presidiu o PMDB durante a gestão de José Sarney. Fiador da aliança que resultara na composição da chapa Tancredo Neves-Sarney, Ulysses converteu-se numa espécie de tutor de Sarney depois que Tancredo morreu. Mandava e desmandava no governo. Algo que, sob Lula, Temer, mesmo que quisesse, não teria como fazer. A insatisfação de Quércia vem sendo farejada pelo Planalto há meses. O próprio Temer avalia, a portas fechadas, que o Planalto desdenhou do aliado. Chegou mesmo a recomendar a Lula que desse um telefonema para Quércia. O presidente prometeu ligar. Mas não ligou. A despeito da arenga, nem Temer nem o Planalto crêem que Quércia tenha força bastante para empurrar o PMDB na direção da oposição. A aliança com o governo foi referendada pelo conselho político da legenda. Só Jarbas Vasconcelos votou contra. Disseram “sim” os presidentes de 27 diretórios estaduais, inclusive Quércia. Trabalha-se com a perspectiva de que a reunião urdida por Quércia não terá a mesma densidade. Seja como for, a simples marola leva inquietude ao governo.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 2111.

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