PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

terça-feira, abril 15, 2008

ELEIÇÕES: CASUISMO. UM "CASO DE AMOR ETERNO"


As cúpulas dos dois maiores partidos de oposição reuniram-se nesta segunda-feira (14), em São Paulo. Fixaram regras de convivência para as eleições municipais, refinaram a tática de combate à gestão Lula, avaliaram a conjuntura econômica e fecharam questão quanto a um ponto: não admitirão votar nenhuma proposta que verse sobre alterações nas regras eleitorais em vigor.
O súbito apego à legislação eleitoral em vigor visa evitar a abertura de frinchas que permitam a passagem do terceiro mandato de Lula. Um sonho que o presidente diz não acalentar, mas que é cultivado por uma penca de correligionários. Ao mirar em Lula, tucanos e ‘demos’ acabaram abatendo um plano de dois aliados. Em meio a uma disputa interna pela vaga de candidato do PSDB à sucessão de 2010, os governadores tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas) haviam acertado o seguinte: na hora própria, moveriam os seus exércitos para tentar aprovar no Congresso uma emenda dando cabo da reeleição. Uma maneira de evitar que, decidida a candidatura de um, o outro não tenha de esperar oito anos até que a fila presidencial volte a andar. O bloqueio às reformas eleitorais foi sugerido pelo deputado ACM Neto (BA), líder do DEM. E obteve a concordância instantânea de todos os presentes à reunião. Entre eles Fernando Henrique Cardoso. Foi na gestão de FHC, sob denúncias de compra de votos, que o instituto da reeleição foi injetado na Constituição brasileira. Por convicção ou constrangimento, FHC sempre se declarou contrário à alteração da regra. Além de levantar barricadas contra o terceiro mandato, os dirigentes do PSDB e do DEM acertaram o seguinte:

1. Eleições municipais: tucanos e ‘demos’ lidam com litígios em algumas ds principais praças eleitorais do país. Por exemplo: São Paulo, Rio, Salvador, Recife e Goiânia. Deliberaram que, onde não der para acertar os ponteiros, vão fixar regras de convivência para o primeiro turno. Busca-se uma campanha civibilizada, sem "fogo amigo." De modo que fique mais fácil a a recomposição da parceria no segundo turno. Embora não tenham mencionado especificamente a refrega paulistana, as regras valerão também para Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (PSDB). Parte-se do pressuposto de que ambos serão candidatos. Mas o adversário comum é o PT. Que, em São Paulo, atende pelo nome de Marta Suplicy;

2. Ativismo de Lula: os dirigentes do PSDB e do DEM puseram-se de acordo em relação a uma obviedade. Rendidos às evidências, concluíram que Lula antecipou deliberadamente o debate sobre a própria sucessão. De bem com as pesquisas, o presidente converte atos administrativos em comícios. Testa a aceitação de "mãe" Dilma Rousseff. Para se contrapor ao que um dos presentes batizou de “ativismo” de Lula, PSDB e DEM decidiram expandir sua atuação para além das fronteiras do Congresso. Planejam: a) organizar atos públicos em grandes cidades; b) visitar obras que, embora alardeadas pelo governo, não saíram do papel; c) realçar conflitos agrários produzidos pelo MST, aliado tradicional do petismo;

3. Obstrução e denúncias: decidiu-se também que, no Congresso, a obstrução das atividades dos plenários da Câmara e do Senado será mais seletiva. Vai-se tentar desencavar projetos de interesse popular que, apresentados por congressistas aliados do governo, não têm o apoio do Planalto. Uma maneira de constranger o presidente a mobilizar o seu consórcio partidário contra proposições dos próprios governistas. Deseja-se também caracterizar a obstrução, quando houver, como uma tentativa da oposição de abrir janelas no paredão de medidas provisórias, para arejar o ambiente legislativo com uma agenda positiva. De resto, decidiu-se manter de pé o interesse pela apuração da encrenca dos cartões corporativos. A partir de pesquisa feita por deputados das duas legendas na papelada que o governo enviou à CPI dos Cartões, concluiu-se que há o que investigar. Nessa matéria, vai-se intensificar também a cobrança por explicações sobre o vazamento de gastos sigilosos da gestão FHC;

4. O fim da bonança econômica: Fez-se no encontro de São Paulo uma avaliação da conjuntura econômica. Concluiu-se que, nos próximos anos, o desempenho do PIB não igualará a marca de 2007, quando o crescimento foi de 5,3%. Escorados em avaliações de economistas ligados às duas legendas, PSDB e DEM estimaram que a crise financeira dos EUA terá reflexos na economia da China. E, por tabela, respingará no Brasil. A começar pelo desempenho das commodities agrícolas, que padecerão restrições de preço e de demanda no mercado internacional. Efeitos que, se confirmados, reforçariam o discurso da oposição em favor de ajustes internos. Pretende-se, por exemplo, bater bumbo pelo corte de despesas públicas e incremento dos investimentos.
Participaram do encontro os tucanos FHC, Sérgio Guerra, Arthur Virgílio, José Aníbal e Marisa Serrano; e os ‘demos’ Jorge Bornhausen, Rodrigo Maia, José Agripino Maia, ACM Neto e Marco Maciel. O grupo decidiu repetir o encontro de avaliação da conjuntura. Fixou-se uma periodicidade mensal. Veja abaixo as declarações protocolares feitas à saída da reunião. Deixam claro que, em São Paulo, a oposição fará, ao menos no primeiro turno, um enorme esforço para abrir caminhos para dona Marta. Coisa de cavalheiros. À moda antiga. Com inimigos assim, quem precisa de amigos?
[Josias de Souza, Folha Online, l5-12].

Nenhum comentário: