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sexta-feira, janeiro 30, 2009

FÓRUNS: O "SPOTLIGHT" E AS VERDADES DE CADA TABLADO

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Os palcos de Lula e Putin


Duas figuras originárias do comunismo, o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, e seu colega chinês, Wen Jiabao, dominaram a cena em Davos, no primeiro dia da reunião anual do Fórum Econômico Mundial, na quarta-feira.
A Rússia é membro do Grupo dos 8 (G-8), ao lado das 7 maiores economias capitalistas.
A China tomou o lugar da Alemanha como terceira maior economia do mundo, mantendo ainda hoje uma combinação muito particular entre o velho centralismo e os novos e bem-sucedidos compromissos com a economia de mercado. Os dois encontraram nessa pequena cidade alpina um bom palco para discutir a recessão global, condenar a permissividade financeira, propor soluções para a superação da crise e mostrar, sem bravatas, por que vale a pena levar em conta seus pontos de vista e investir nos seus países. Nenhum deles pronunciou a palavra soberania, talvez por não terem dúvidas sobre a autodeterminação de seus países. Apenas tiveram de se privar da companhia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empenhado em afirmar a relevância do Brasil no alegre Fórum Social Mundial de Belém.

Sem levantar cartazes nem gritar palavras de ordem, Vladimir Putin e Wen Jiabao foram inclementes na condenação dos erros políticos que facilitaram a criação da bolha financeira e depois, como consequência, a maior crise do pós-guerra, ou, segundo alguns, dos últimos setenta anos. Foram capazes também de argumentar tecnicamente, ao analisar as soluções adotadas pelos governos e ao propor alternativas. Putin realçou, por exemplo, a importância da limpeza dos balanços das instituições financeiras, com a eliminação - dolorosa mas indispensável, segundo ele - dos ativos tóxicos.

Cada um, à sua maneira, defendeu a regulação dos mercados como indispensável à segurança da economia. Mas Putin julgou necessária uma advertência: os governos cometerão um erro perigoso se não souberem limitar a intervenção na economia, levados por uma "fé cega na onipotência do Estado". Esse erro, afirmou, foi cometido pelos governantes soviéticos. Uma das consequências foi o baixo poder de competição da economia soviética. "Esse erro nos custou muito caro e estou certo de que ninguém quer vê-lo repetido."

Mas a intervenção, segundo Putin, já está indo longe demais. A ação dos governos, a partir da crise, está erodindo "o espírito da livre empresa, incluído o princípio de responsabilidade pessoal dos empresários, dos investidores e dos acionistas por suas decisões".

O Estado russo, pode-se argumentar, ainda participa de grandes empreendimentos industriais e tem ajudado os bancos afetados pela crise. Quando confrontado com essa objeção, ele tem respostas prontas. A Rússia, segundo ele, não faz nada muito diferente, nesse campo, do que se faz em muitos países da Europa Ocidental, onde há uma forte presença do setor público em certos setores, como o de energia e o da indústria aeronáutica. Mas é preciso, insiste o primeiro-ministro, discernir os setores onde a atuação do Estado pode ser útil à construção de uma economia competitiva, sem controlar e sem regular mais do que o necessário. O Estado russo participa de duas das quinze principais empresas do setor petrolífero e o mercado está aberto ao capital privado nacional e estrangeiro. Na ação anticrise, argumenta, o objetivo deve ser o aperfeiçoamento dos mecanismos do mercado, não a sua eliminação.

Também é preciso, segundo o primeiro-ministro russo, evitar a tentação das medidas populistas e dos gastos imprudentes na realização das ações anticrise. "O inchaço irresponsável do déficit orçamentário e a acumulação de dívida pública podem ser tão destrutivos quanto as aventuras no mercado de ações." Este é um lembrete precioso, quando o velho estatismo ameaça reaparecer, triunfante, prometendo a redenção do mundo sobre as ruínas do mercado. Esse risco é particularmente sensível na América Latina e o presidente Lula não parece decidido a resistir à tentação de retomar as bandeiras dos anos 50. A distância entre Davos e Belém não é apenas geográfica. É principalmente histórica e é explicável, em grande parte, por uma singular incapacidade de aprender com a experiência. Os emergentes nostálgicos dos anos 50 fariam bem em reler os sábios conselhos de Putin todas as noites antes de apagar a luz.
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http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090130/not_imp315316,0.php
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