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segunda-feira, outubro 19, 2009

BRAS-ILHA: ''... VOU PEDIR UM CAFÉ''

Com sofá de R$ 10 mil na sala de visita

Eles gostam de luxo

Autor(es): Lúcio Vaz
Correio Braziliense - 19/10/2009

Móveis de marcas famosas são encontrados em gabinetes e salas de visita dos três Poderes. Um sofá pode custar mais de R$ 10 mil


Não são apenas os deputados que gostam de conforto e luxo. As marcas chiques e famosas estão presentes também em outros recantos da Esplanada, enfeitando antessalas e gabinetes dos três Poderes. Poltronas Barcelona e Le Corbusier (as mesmas que enfeitam o cafezinho da Câmara) formam o mobiliário da sala de espera do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lençóis Trussardi, ao preço de R$ 696 a unidade, forram as camas vestidas pela Presidência da República. No Supremo Tribunal Federal (STF), um único sofá de dois lugares, marca Estoline, com design de Fabrizio Ballardini 1997, custou R$ 10,6 mil em março do ano passado. Lá, a reforma de um sofá pode custar até R$ 5 mil.

O sofá Estoline, em couro natural, foi adquirido para o gabinete do ministro Menezes Direito. Segundo explicação do STF, trata-se de mobiliário destinado a atender às mais diversas autoridades do país, que frequentam os gabinetes dos ministros. “Considerando tratar-se da mais alta corte do Judiciário do país, é natural que se tenha critério na escolha do mobiliário, que deve sempre ser sóbrio e compatível com o ambiente”, diz nota da assessoria de imprensa. O levantamento foi feito, a pedido do Correio, pela ONG Contas Abertas, a partir de dados oficiais do Siafi (sistema informatizado que registra os gastos da União). Os gastos da União com mobiliário somam R$ 746 milhões nos últimos três anos, mas a maior parte é de móveis funcionais, necessários ao trabalho dos servidores.

Os móveis reformados do STF ficam no Salão Branco e na sala de lanches do edifício-sede. O custo total da reforma, em agosto do ano passado, ficou em R$ 64 mil. O Supremo esclarece que o mobiliário do Salão Branco “é composto de peças antigas e bastante tradicionais. A recuperação do mobiliário era importante para manter as características originais do ambiente. O local é inclusive objeto de visitação nos finais de semana, e é obrigação do STF zelar pela conservação do seu patrimônio”.

Nos lençóis macios
As quatro poltronas Le Corbusier, de um lugar, foram adquiridas a R$ 3,6 mil a unidade, em outubro de 2005. A Câmara pagou R$ 2,8 mil pelo mesmo móvel há cerca de duas semanas. As quatro poltronas Barcelona ficaram por R$ 2,6 mil cada uma. Mais caros ficaram um sofá de três lugares, modelo clássico, por R$ 4,3 mil, e um sofá de dois lugares, com estrutura em tubo de aço inox polido brilhante e assento, encosto e braços em couro natural, por R$ 5,2 mil. Os móveis estão todos na sala de espera do terceiro andar do Palácio do Planalto.

A Casa Civil da Presidência da República não prestou esclarecimentos sobre as compras registradas no Siafi. Informou que os processos são antigos e estão arquivados no anexo do Palácio do Planalto. Assim, não é possível saber quais camas são cobertas pelos lençóis Trussardi, algodão, com 250 fios. Um lençol de cama super king, com elástico, mais duas fronhas, ficou por R$ 696. Oito lençóis para cama queen, com duas fronhas, com detalhes bordados, ficaram por R$ 576 a unidade. Outros seis lençóis para cama queen, mais simples, em cores estampadas, ficaram mais barato: R$ 399 a unidade.

A Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca comprou muitos móveis quando foi transformada em ministério. Dois deles chamam a atenção. São poltronas giratórias, encosto reciclável, com trava e controle de tensão, apoio para coluna, postura fit, marca Mirra Chair. Cada uma custou R$ 3,4 mil. A embaixada do Brasil em Washington comprou quatro banquetas de aço e couro por US$ 8 mil.

O Supremo informou que todas as aquisições e reformas de mobiliários no STF seguem rigorosamente as recomendações da Lei de Licitações (8.666/93). Inicialmente, é feita uma pesquisa de mercado com no mínimo três empresas, que servirá de referência na publicação dos editais. As aquisições e reformas são feitas por meio de pregões eletrônicos, onde a competitividade entre as empresas interessadas é maior. No caso da reforma dos sofás, oito empresas participaram do pregão, e o preço final ficou, em média, 34,76% abaixo da pesquisa de preços feita antes da licitação. No caso do fornecimento do sofá, sete empresas participaram, e o preço final ficou 48,05% abaixo da pesquisa de mercado.



Memória
Mordomia na Câmara


O Correio revelou, na última quinta, a compra de poltronas e cadeiras de grifes famosas para o cafezinho da Câmara. Quatro poltronas Le Corbusier LC3, em couro natural, saíram por R$ 2,8 mil a unidade. Doze cadeiras Thonet, em madeira maciça vergada com assento em palha, modelo do designer Michael Thonet, ficaram por R$ 600 a unidade. Não foram compradas quatro lixeiras de aço inox, ao preço de R$ 1,3 mil, porque não foram apresentadas propostas pelos fornecedores no pregão eletrônico realizado dia 1º deste mês.

As quatro poltronas Le Cosbusier LC3 têm assento, encosto e braços estofados com espuma de poliuretano e revestidos em couro natural. A estrutura deve ser em tubo de aço inox polido brilhante. Foi estimado um preço de R$ 16,9 mil para quatro unidades, mas a compra ficou por R$ 11,2 mil.

A Câmara argumentou que os móveis do cafezinho foram comprados na década de 60. Estariam, portanto, com quase 50 anos de uso. Além de lanchar, tomar um cafezinho e até fumar, numa sala com exaustor, os deputados também aproveitam a sala de estar para assistir telejornais e até partidas de futebol que acontecem durante as sessões.


Despesa com mobiliário


Órgão* Valor (em milhões)
Educação 174,2**
Defesa 113.6***
Justiça do Trabalho 83,2
Fazenda 41,2
Saúde 40,42
Ministério da Justiça 34,4
Ministério Público 32.9
Justiça Federal 31,5
Previdência 30,9
Justiça Eleitoral 28,5
Presidência 17,1
Transportes 12.9
STF 5,61
Câmara 2,77
Senado 4,63
Total 746,8

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(*) Incluídas as representações estaduais
(**) Estão incluídas as universidades federais
(***) Incluídas todas as unidades militares
Fonte: Levantamento feito pela ONG Contas Abertas a partir de dados do Siafi (sistema que registra os gastos a União)

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Olhos abertos


A ONG Contas Abertas divulga em sua página na internet a execução orçamentária e financeira da União. Também faz cursos de treinamento para jornalistas e entidades da sociedade civil. Não recebe recursos públicos. Recebeu em 2007 o prêmio Esso de contribuição à imprensa. No ano passado, recebeu das Nações Unidas o prêmio especial de combate à corrupção

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