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segunda-feira, fevereiro 07, 2011

BOVESPA/BM&FBOVESPA [In:] ''MUTATIS MUTANDIS''

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BOLSA MUDA BOVESPA MAIS E SE PREVINE DA CONCORRÊNCIA



Bovespa Mais para grandes


Autor(es): Ana Paula Ragazzi | De São Paulo
Valor Econômico - 07/02/2011

A BM&FBovespa quer dar uma nova chance ao Bovespa Mais. Seu presidente, Edemir Pinto, reconhece o fracasso - lançado em 2005, só tem uma empresa listada, a Nutriplant - e o atribui a um erro de concepção. "Esse é um segmento de acesso, mas não só para pequenas e médias. É para todas. Em especial para as grandes que não estão prontas em termos de governança para se listar no Novo Mercado". Agora, a bolsa busca parceria com bancos e está em negociação avançada com o Bradesco para fechar parceria semelhante à feita com o Banco do Brasil, para estimular o segmento.

A BM&FBovespa apelou para os grandes bancos para fazer deslanchar o seu "mercado de acesso", o Bovespa Mais.
Depois do acordo com o Banco do Brasil, para fomentar o segmento, estão avançadas as negociações para uma parceria semelhante com o Bradesco, disse ao Valor Edemir Pinto, 57, diretor-presidente da bolsa.

O executivo reconhece que a bolsa cometeu erros na divulgação do Bovespa Mais. Criado em 2005, com regras menos rígidas que as dos outros segmentos, atraiu apenas uma empresa. "É um mercado para todas as companhias, não apenas para pequenas e médias", afirmou.

Ex-superintendente na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), onde entrou em 1985, Pinto assumiu o cargo de diretor-presidente da nova bolsa que surgiu da fusão com a Bovespa, em 2008. Com um início de administração em que se destacaram temas do mercado futuro, nos últimos tempos ele tem se acostumado a debater mais sobre o mercado de ações.

Para acabar com o que chama de "falsa impressão" de que a bolsa brasileira cobra taxas muito altas de negociação, vai rever toda a política tarifária. E mantém o compromisso de chegar a 2014 com 5 milhões de pessoas físicas investindo na bolsa.

A seguir, trechos da entrevista:

Valor: Quais as chances de o mercado de acesso se estabelecer?

Pinto: A bolsa pecou nos trabalhos de divulgação do Bovespa Mais. Esse é um segmento de acesso ao mercado, mas não só para as pequenas e médias, como temos aventado. É para todas as companhias, em especial para as grandes que ainda não estão prontas em termos de governança para entrar no Novo Mercado [o nível mais alto da bolsa]. Estamos negociando com o Bradesco uma parceria para fomentar o Bovespa Mais aos mesmos moldes da que anunciamos com o Banco do Brasil. O BB tem em sua carteira vários fundos de participações e empresas em desenvolvimento. E vai divulgar para essas empresas o Bovespa Mais. E o Bradesco, espalhado por todo Brasil, tem potencial semelhante. Estamos conversando também com outros bancos e escritórios de advocacia. No Bovespa Mais, a empresa vai aprimorando a governança gradualmente, ao mesmo tempo em que ganha mais visibilidade nos mercados interno e externo. Temos um universo de mais de 15 mil empresas no Brasil, com faturamento anual entre R$ 100 milhões e R$ 400 milhões, para ser trabalhado.

Valor: O segmento só tem uma empresa, a Nutriplant, e atrai poucos negócios. Existe investidor interessado no Bovespa Mais?

Pinto: Existe, sim, um investidor interessado nesse segmento, mas com certeza ele não é o mesmo que compra as ações que estão negociadas no Novo Mercado. Ele tem um perfil diferenciado e pensa lá na frente, não espera obter lucros com um investimento no curto prazo. Nós estamos trabalhando tanto do lado da oferta quanto da demanda. Nossas parcerias com os grandes bancos também serão importantes para auxiliar nessa busca do investidor que tem o perfil do Bovespa Mais. Estamos conversando com a Abrapp (associação dos fundos de pensão) para ajudar a desenvolver esse mercado. Temos uma empresa preparando oferta, a Companhia de Águas do Brasil, e acredito que no segundo semestre teremos várias adesões.

Valor: Um dos projetos da Bovespa, ao abrir capital, era a integração dos mercados latino-americanos. No entanto, até agora, praticamente nada aconteceu. Por quê?

Pinto: Logo depois da abertura de capital, fomos conversar com todos eles. Em um primeiro momento, achamos que eles acreditavam que queríamos simplesmente tomar conta de toda a região. Foi difícil eles se convencerem de que o que queremos é apenas uma parceria diferenciada. O mercado brasileiro cresceu muito nos últimos dez anos, mas, nos outros países da América Latina, eles ainda são muito pequenos. De tudo que se negocia com derivativos na região, 85% está no Brasil, 10% no México e o restante entre todos os outros países. Em ações, 85% do volume está aqui, 12% no México e os 3% espalhados nessas outras praças. Não temos nenhuma intenção de comprar participação nessas outras bolsas, mas sim de desenvolver esses mercados. O principal objetivo, lá na frente, é atrair empresas latino-americanas para negociar suas ações no Brasil. Queremos ajudar a desenvolvê-los, estabelecer parcerias operacionais e de produtos e, depois, promover até duplas listagens. Já fechamos um convênio com o Chile e estamos também prestes a anunciar um acordo de produtos e roteamento com a Bolsa do México. Peru e Colômbia, que acabaram de fechar acordo operacional, agora também estão dispostos a analisar nossas propostas. Mas não vemos um grande resultado na região a curto e médio prazos.

Valor: Quais as mudanças que a bolsa fará na política tarifária?

Pinto: Por conta da adoção do novo padrão contábil, o IFRS, temos de informar os nossos custos por produto e serviços. Durante esse processo, percebemos a necessidade de mudanças em nossa política tarifária. Nossa estrutura de cobrança é muito antiga, de 20 anos atrás, e previa estímulos e subsídios às corretoras, nos serviços de custódia e liquidação. Olhando para nossa forma de cobrança hoje, para negócios com ações, 70% do que se paga para a bolsa é para a negociação e o restante nas etapas de liquidação. No caso dos derivativos, a proporção é 80% e 20%. Quando, por conta da adoção do IFRS, fomos esmiuçar os nossos custos, percebemos que a distribuição adequada é fazer com que o custo de liquidação responda por 65% e o de negociação, pelos 35% restantes. Então, vamos esclarecer isso, não haverá mudança no preço final, apenas a redistribuição mais adequada do peso de cada etapa da transação. Com essa mudança, será possível isolar o custo real da operação de negociação aqui no Brasil, o que vai acabar com essa história de dizer que operar na bolsa brasileira é mais caro que nas internacionais.

Valor: E não é?

Pinto: Quem chega a essa conclusão compara coisas incomparáveis. Normalmente, usa-se as taxas cobradas na NyseEuronext para concluir que aqui o custo para fazer negócio é mais alto. A bolsa brasileira, como poucas no mundo, é integrada, oferece a negociação, a custódia e a liquidação. Nos Estados Unidos, a Nyse tem apenas a negociação, as outras partes são fechadas com uma "clearing" independente. Ou seja, se compara a tarifa do serviço todo, cobrada aqui, com apenas a negociação. Com a abertura de nossos custos e tarifas, o investidor vai poder isolar exatamente quanto cobramos pela negociação e fazer a comparação adequada. E acredito que, assim, acabará essa falsa impressão de que a bolsa brasileira é mais cara do que as outras.

Valor: O senhor afirmou que 5 milhões de pessoas físicas estarão negociando na bolsa até 2014. Hoje são 610 mil CPFs cadastrados. Como está esse processo?

Pinto: A previsão de 5 milhões de pessoas físicas investindo na bolsa até 2014 está mantida. Quando disse isso, anunciei também que os dois primeiros anos seriam de trabalho e que o crescimento apareceria no fim desse prazo. O trabalho que temos é muito grande, estamos com uma campanha educacional e de mídia de longo prazo. As pessoas não sabem nem que, para investir na bolsa, precisam primeiro procurar uma corretora. A resposta que temos obtido nas cidades-piloto para o projeto, Campinas, Curitiba e Belo Horizonte, tem sido muito positiva.

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