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quarta-feira, junho 01, 2011

PALOCCI [In:] O REI ESTÁ NÚ ?

Procuradoria define futuro de Palocci

PT descola-se da defesa de Palocci e PMDB quer dividir coordenação


Autor(es): Raymundo Costa e Raquel Ulhôa | De Brasília
Valor Econômico - 01/06/2011

Na expectativa do parecer da Procuradoria-Geral da República sobre a evolução atípica de seu patrimônio, cuja divulgação é prevista para amanhã, o ministro Antonio Palocci tenta se rearticular com PT e PMDB, os dois principais partidos de sustentação do governo no Congresso, para se manter na Casa Civil da Presidência. A menos que o procurador Roberto Gurgel apresente denúncia contra o ministro, o PMDB acredita em sua manutenção, mas espera mudanças no modelo de coordenação política. O partido reivindica "compartilhar a formulação" das políticas de governo.

Governo: Descoberta de que evolução patrimonial se deu durante a campanha afasta petistas de ministro


Na expectativa do parecer da Procuradoria Geral da República sobre a evolução atípica de seu patrimônio, cuja divulgação é prevista para esta quinta-feira, o ministro Antonio Palocci tenta se rearticular com PT e PMDB, os dois principais partidos de sustentação política do governo no Congresso, para se manter no cargo de chefe da Casa Civil da Presidência da República.

A menos que o procurador Roberto Gurgel apresente denúncia contra o ministro, o PMDB acredita na manutenção de Palocci, mas espera mudanças no modelo da coordenação política. O partido reivindica "compartilhar a formulação" das políticas de governo. A presidente Dilma Rousseff já conversou com a cúpula pemedebista e concordou que o atual modelo (coordenação dupla, da Casa Civil e do Ministério das Relações Institucionais) é de difícil administração.

O PT era mais condescendente com o ministro da Casa Civil, quando a denúncia era de que Palocci aumentara seu patrimônio em 20 vezes, em quatro anos. Depois que se descobriu que metade disso ele ganhou quando já integrava a cúpula do comitê de campanha de Dilma Rousseff, o clima mudou: o que os líderes petista querem é que Palocci assuma publicamente a própria defesa e explique a origem de seu rápido enriquecimento. O governador da Bahia, Jaques Wagner, um aliado de Dilma, disse que os rendimentos de Antonio Palocci chamavam a atenção.

A questão ética preocupa o PT, sobretudo no que se refere ao impacto da denúncia contra Palocci nas eleições, no próximo ano, para as prefeituras das capitais e grandes cidades. Em 2006, a questão ética afetou particularmente a eleição e a reeleição de deputados do partido, que até hoje consideram que foram punidos pelo eleitorado em virtude dos escândalos do mensalão (o suposto esquema de compra de votos no Congresso) e dos "aloprados", que ocorreu às vésperas da eleição (a compra, por petistas, de um suposto dossiê contra o candidato tucano a presidente José Serra).

Além disso, Palocci enfrenta no PT o chamado "fogo amigo". Na cúpula do partido relaciona-se o vazamento das informações sobre a evolução patrimonial de Palocci com a denúncia de que Marina Mantega, filha do ministro da Fazenda, Guido Mantega, fazia lobby para empresas árabes junto ao governo. A mais de um amigo do PT Mantega responsabilizou Palocci pela notícia.

Em sua passagem por Brasília, semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também fez críticas à articulação política do governo. O ex-presidente considerou inexplicável o afastamento do Palácio do Planalto de líderes petistas no Congresso, entre os quais alguns que sempre estão na linha de frente da defesa do governo. Citou especificamente a senadora Gleise Hoffmann (PR) e o senador Lindbergh Farias (RJ). Mas há outros descontentes, caso do senador e ex-governador do Piauí, Wellington Dias.

No PMDB, o senador Eduardo Braga (AM) chegou a ser convidado para o Ministério da Previdência, cargo que recusou mesmo em detrimento da esposa, que é sua suplente. Mas hoje não consegue um interlocutor no governo nem para discutir assuntos relacionados com a Zona Franca de Manaus. No governo de Lula, a própria Dilma, na Casa Civil, e Palocci, na Fazenda, cuidavam de discussões dessa natureza.

A bancada do PMDB fez um jantar segunda-feira para discutir a relação com o governo - falando em nome de Dilma, Palocci ameaçou o vice-presidente da República, Michel Temer, de demitir os ministros pemedebistas, caso o partido votasse contra a posição do governo no Código Florestal. Temer, o líder do governo Romero Jucá (RR), o líder da bancada no Senado, Renan Calheiros e o presidente da Casa, José Sarney, fizeram apelo para que os dissidentes do partido não assinem o requerimento de CPI para investigar Palocci até que o Ministério Público se manifeste sobre as explicações dadas por ele para sua evolução patrimonial. Luiz Henrique (SC) e Roberto Requião (PR) decidiram aguardar, mas Jarbas Vasconcellos (PE) - que não foi ao jantar - decidiu que assinaria logo. Ninguém pediu que ele esperasse.

A cúpula do PMDB tem boa interlocução com o chefe da Casa Civil e trabalha para segurá-lo no cargo. O argumento é que é melhor um Palocci enfraquecido, do que ser substituído por alguém com quem a relação pode ser pior. O nome mais falado no PT é o do atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Antonio Palocci, depois de ameaçar o PMDB com a demissão dos ministros do partido, procurou o vice-presidente Michel Temer e pediu desculpas formais.

Dilma hesita em afastar um aliado que se tornou incômodo. Na opinião da presidente, segundo interlocutores do PT, se demitir Palocci agora, com menos de seis meses de governo, ela ficaria na situação que Lula ficou quando teve de demitir José Dirceu da Casa Civil, em 2005. Dirceu sobreviveu ao escândalo Valdomiro Diniz - assessor acusado de pedir propinas a banqueiros do jogo do bicho - mas não resistiu ao escândalo do mensalão - e, na sequência, Lula teve de demitir outros auxiliares próximos.

Na avaliação de PT e PMDB, o destino do Palocci está nas mãos do Gurgel. Se o procurador abrir a investigação, não haverá como segurar o ministro. Se ele considerar suficientes as explicações, os pemedebistas terão discurso para não assinar a CPI e levar adiante a reformulação na coordenação política sugerida por Dilma em conversas com os partidos. Há consenso de que não há como ter um coordenador político no Ministério das Relações Institucionais com um ministro da Casa Civil forte, como era o caso de Palocci.

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