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segunda-feira, outubro 29, 2012

ELEIÇÕES 2012. O RECADO DAS URNAS PARA 2014



Renovação marca disputa nas capitais

Em disputa competitiva, taxa de reeleição despenca


Autor(es): Por Cristian Klein |
De São Paulo
Valor Econômico - 29/10/2012
 

Nas eleições municipais mais acirradas em mais de uma década, com reviravoltas e um recorde de 50 definições em segundo turno, a renovação deu o tom. Nenhum dos três prefeitos que tentaram renovar seu mandato ontem foi bem-sucedido, o que fez a reeleição nas capitais despencar. Caiu de 95% em 2008 para apenas 50%: oito prefeitos se lançaram e apenas quatro se elegeram, todos no primeiro turno. Um efeito indireto foi a fragmentação partidária. Onze legendas governarão 26 capitais, maior número já registrado. O PSOL e o PTC chegam, pela primeira vez, a uma prefeitura de capital, respectivamente Macapá e São Luís. Nos 83 municípios com mais de 200 mil eleitores, passam de 12 para 16 os partidos com assento nas prefeituras.

Nas disputas municipais mais competitivas dos últimos tempos, com muitas reviravoltas e um recorde de 50 cidades que empurraram a definição para o segundo turno, a renovação deu o tom entre os maiores eleitorados do país. Nenhum dos três prefeitos que tentavam renovar o mandato na rodada de ontem foi bem-sucedido, o que fez a taxa de reeleição nas capitais despencar. Caiu de 95% - 19 prefeitos em 20 conseguiram, em 2008 - para apenas 50%: oito prefeitos se lançaram e apenas quatro se elegeram, todos no primeiro turno.
O efeito indireto do clima de mudança foi a fragmentação partidária. Onze legendas elegeram os prefeitos das 26 capitais. A dispersão supera as oito siglas vencedoras em 1996 e 2004; as nove, em 1992 e 2000; e as dez, em 2008.
Há novidade até na liderança. Pela primeira vez desde a redemocratização, um partido fora da trinca formada pelos três grandes - PT, PSDB e PMDB - obtém o maior número de capitais. É o PSB, que conquistou cinco cidades, quatro delas com disputas renhidas com o PT: Fortaleza, Cuiabá e Porto Velho, ontem, e Belo Horizonte e Recife, ganhas no primeiro turno. Apenas na capital de Rondônia, o confronto direto foi com o PV.
Num dos páreos mais acirrados do segundo turno, entre dois desconhecidos no cenário nacional, o deputado estadual Roberto Cláudio (PSB) bateu o ex-secretário municipal Elmano de Freitas e pôs fim aos oito anos de administração petista em Fortaleza.
O resultado representa um fortalecimento do projeto presidencial do líder da legenda, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que fez destas eleições municipais uma plataforma para 2014. O partido venceu em seis das sete cidades que disputava no segundo turno, incluindo Campinas, também sobre o PT. O saldo fez com que a sigla saltasse de modo expressivo sua participação no grupo dos 83 municípios com mais de 200 mil eleitores, que era de 5,2% para 13,2%.
O PT caiu de 26% para 19%, assim como seu maior aliado no governo federal, o PMDB, que foi reduzido à metade: de 22% para 11%. O encolhimento dos grandes reforçou a pulverização partidária. O rol das maiores cidades, ocupado por 12 siglas nas últimas três eleições, agora terá 16. O DEM, apesar de ter definhado nos menores municípios, especialmente devido ao racha que levou à criação do PSD, ganhou sobrevida nos grandes e manteve o percentual de 6%. Quem foi varrido do grupo é o PTB, presidido pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson, cassado em meio ao escândalo do mensalão.
Sobre o PT, o tão debatido efeito do julgamento do caso pelo Supremo Tribunal Federal foi menos evidente. O partido ficou em segundo lugar no ranking das capitais, com quatro cidades, mas conquistou a mais cobiçada delas, São Paulo. Com o discurso da mudança, o ex-ministro Fernando Haddad derrotou o ex-governador José Serra (PSDB), alçou a legenda de volta ao poder da prefeitura, depois de oito anos, e quebrou um tabu. É a primeira vez desde a redemocratização que São Paulo elege um prefeito apoiado pelo presidente da República. A associação entre as máquinas federal e municipal torna-se um fator de risco para a reeleição de Geraldo Alckmin, em 2014. Além de São Paulo e Goiânia, esta conquistada no primeiro turno, o PT governará João Pessoa, onde Luciano Cartaxo derrotou com folga o senador Cícero Lucena (PSDB), e Rio Branco, numa disputa, apertadíssima, em que Marcus Alexandre bateu o também tucano Tião Bocalom por 50,8% a 49,2%.
Os sucessos dos tucanos nas capitais também foram quatro: ao lado de Maceió, vencida há três semanas, terá Teresina (Firmino Filho), Belém e Manaus, onde o ex-senador Arthur Virgílio impôs uma derrota expressiva sobre Vanessa Grazziotin. A senadora do PCdoB era apoiada por um grande bloco de caciques, entre eles o governador Omar Aziz (PSD), o senador e ex-governador Eduardo Braga (PMDB). Em Belém o ex-prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), depois de liderar praticamente todo o processo eleitoral, sucumbiu diante da força da máquina estadual que moveu o deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB).
O PDT emplacou a quarta colocação, ao conquistar três capitais. Depois de levar Porto Alegre, no primeiro turno, ganhou agora Natal (Carlos Eduardo) e Curitiba. Na capital paranaense, a vitória do ex-tucano Gustavo Fruet (PDT), com a ajuda dos neoaliados petistas, inaugura um novo ciclo na prefeitura.
O DEM, o PP e o PMDB terminaram com duas capitais cada. Ao vencer o petista Nelson Pelegrino, o deputado federal ACM Neto, em Salvador, representa não só o ressurgimento do carlismo de seu avô como a sobrevida do partido, que também ganhou Aracaju no primeiro turno.
O PP, que já tinha levado Palmas, venceu com extrema facilidade o PMDB que domina Campo Grande há duas décadas: deu o radialista Alcides Bernal contra o deputado federal Edson Giroto, candidato do cacique e governador Andre Puccinelli. Com a derrota, os pemedebistas, que elegeram seis em 2008, ficaram reduzidos ao Rio de Janeiro e Boa Vista, vencidas no primeiro turno.
O PPS retornou ao clube das capitais, no duelo da oposição em Vitória, onde Luciano Rezende bateu o tucano Vellozo Lucas.
As maiores novidades foram o PSOL (em Macapá), o PTC (São Luís) e o PSD (Florianópolis), que ganharam suas primeiras capitais. Os dois primeiros contribuíram para derrubar a taxa de reeleição, ao derrotarem prefeitos. O terceiro que fracassou foi Elmano Férrer (PTB), em Teresina. O clima de mudança provocou também um recorde de viradas. O segundo colocado ultrapassou o líder do primeiro turno em 13 das 50 cidades. A taxa, que era de 12% em média, subiu para 26%.

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