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quinta-feira, dezembro 06, 2012

GOVERNO DILMA - BANCO CENTRAL [IN:] ... QUE CÂMBIO É ESSE ???



BC CORRIGE O RUMO DO CÂMBIO

PARA EX-BCS, PIB PESOU NA LIBERAÇÃO DO CAPITAL EXTERNO


Autor(es): Por José de Castro, Silvia Rosa e José Sérgio Osse | De São Paulo
Valor Econômico - 06/12/2012
 

A taxa de câmbio na casa de R$ 2,10 não agrada o governo e está fora do que o Banco Central considera uma cotação compatível com os fundamentos da economia brasileira. Não há, portanto, intenção de sancionar um novo patamar de câmbio. Na visão de fontes oficiais, o dólar muito acima do que estava há duas semanas - em torno de R$ 2,04 - não traz benefícios para a economia e compromete o controle da inflação.
Para prover liquidez ao mercado o governo começou a desmontar nos últimos dias as medidas de restrição ao ingresso de moeda estrangeira. Ontem, reduziu de dois para um ano o prazo dos empréstimos externos sujeitos à cobrança de 6% de IOF. Na terça-feira, ampliou de um para cinco anos o prazo para antecipação de receitas de exportação, operações que não são sujeitas a tributação do IOF.

A necessidade de fazer o crédito externo fluir, num cenário em que a oferta de recursos a empresas por parte dos bancos privados locais patina (ver texto na página C5), e, assim, garantir o crescimento da economia levou o governo a começar a desmontar medidas de restrição de capital adotadas anteriormente para evitar a valorização do real. Essa é a visão de ex-diretores do Banco Central e de especialistas do mercado. O desmonte dessas restrições foi deflagrado pela decepção com os números do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados na semana passada, que evidenciaram a fraqueza do investimento e acenderam a luz amarela para os próximos trimestres.
Ontem, o governo anunciou a redução, de dois para um ano, do prazo dos empréstimos externos sujeitos à alíquota de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na terça, o BC já havia comunicado a ampliação para cinco anos do prazo para que exportadores antecipem suas receitas, atendendo a uma demanda das empresas, que têm nesse instrumento uma importante fonte de financiamento.
Na avaliação do ex-diretor do BC Luis Eduardo Assis, está muito claro que o governo tem "absoluta" prioridade em garantir o crescimento e virá com uma "saraivada" de medidas para alcançar esse objetivo. O afrouxamento dos controles de capitais é uma delas. Para ele, o governo decidiu aliviar as restrições a entradas de recursos também porque percebeu que o "calendário para o crescimento está mais curto", referindo-se às eleições presidenciais de 2014. "O governo decidiu agir porque sabe que, mais cedo ou mais tarde, esse marasmo na economia vai impactar o emprego e a renda. Isso, sim, seria uma ameaça à popularidade do governo, que poderia ver escapar das mãos a reeleição", avalia.
Um outro ex-dirigente do BC diz que as medidas macroprudenciais revertidas agora foram adotadas para evitar a apreciação do real, mas acabaram atingindo o crédito, que estava crescendo forte na época. "Ao zerar o IOF [para empréstimos superiores a um ano], a informação que estão passando é que agora veem mais necessidade de crédito externo para melhorar o crédito em toda a economia", considera o profissional, prevendo que o risco de uma enxurrada de dólares a partir de agora é "negligenciável". "O Brasil não está mais na moda como já esteve e a situação lá fora não é uma maravilha. No cenário atual, vale usar o câmbio como instrumento para dar mais alternativas de captação para o mercado nacional."
Para esse ex-dirigente do BC, o governo vai continuar retirando restrições a entradas de capitais se notar nova tendência de alta do dólar que possa atrapalhar a atividade. "Subsidiariamente, mas não menos importante, é atuar na expansão do crédito, ou aumentar as alternativas de crescimento do crédito, pois, com exceção dos bancos públicos, isso está se contraindo."
O problema, diz Luis Eduardo Assis, é que o efeito colateral da maior oferta de crédito é uma inflação mais salgada. "Se a prioridade é crescer, então as outras metas vão ficar de lado. Por isso, não deve demorar para o governo, por exemplo, aceitar um aumento dos combustíveis, visando ampliar o caixa da Petrobras. E a inflação? Bom, vai ficar mais alta", afirma.
O ex-diretor do BC e atual economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Thadeu de Freitas, não descarta que o governo reveja as taxações sobre derivativos cambiais, se houver uma pressão maior de valorização da moeda americana. As medidas, segundo Freitas, não devem ter grande efeito na pressão para a valorização do real. "A demanda por crédito não está tão forte e não vejo incentivo para os bancos tomarem recursos no exterior", afirma.
Para o economista, o governo errou ao tentar estabelecer uma banda cambial para o dólar entre R$ 2,00 e R$ 2,10, o que criou expectativas nos investidores que passaram a testar o Banco Central, trazendo mais volatilidade para o câmbio. "O governo está tentando remar contra a maré internacional." Para Freitas, o dólar deve continuar apresentando pressões de alta no curto prazo em função das incertezas no cenário internacional, mas a tendência é de desvalorização no médio prazo. "Com a dissipação do chamado risco de cauda (ruptura do euro) na Europa, houve um aumento da busca dos investidores por ativos de maior risco, o que deve impulsionar as moedas cíclicas, atreladas a commodities como o real."
O economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, acredita que "ainda existem muitos controles" cambiais, mas considera que as medidas tomadas nesta semana para melhorar a liquidez são um passo na direção correta. Mas ele pondera que, para ratificar esse raciocínio, seria necessário vermos o desmonte das taxações em derivativos cambiais e nas posições vendidas dos bancos.
No entanto, para alguns profissionais, essa intensa mudança de regras no "jogo" corre o risco de azedar ainda mais a avaliação dos estrangeiros com relação ao país. Ou seja, todos os efeitos positivos das medidas de estímulo tomadas até agora podem ser sufocados pela crescente desconfiança com a instabilidade regulatória no Brasil, o que tenderia a reduzir ainda mais os investimentos.
O ex-diretor do BC Alexandre Schwartsman é taxativo e afirma que, com essa postura, o governo está "matando o investimento". "É muita instabilidade nas regras. Hoje é uma coisa, amanhã é outra. Muda regras para operação de câmbio, muda as regras para o setor elétrico. Essa brincadeira já está saindo cara e o preço pode ficar ainda mais alto", afirma.
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