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segunda-feira, fevereiro 25, 2013

PETROBRAS. NEGOCIÃO "DA" CHINA

25/02/2013
Petrobras vai à China para evitar atrasos

Preocupada em acelerar a produção de petróleo e temendo atrasos na entrega de equipamentos, a Petrobras transferiu para o exterior parte das obras de plataformas para o pré-sal da Bacia de Santos. Contratados por mais de US$ 2 bilhões e com regras de conteúdo local de até 70% para estimular a indústria regional, os serviços foram iniciados na Indonésia e no estaleiro Cosco, em Dalian, na China. Uma parte trabalhosa do processo será transferida para a China, com possível redução de postos de trabalho no Brasil

Petrobrás vai à China para evitar atraso na produção. Fornecedor local reclama

Sabrina Valle / Rio

Preocupada em acelerar a pro­dução de petróleo e temendo atrasos na entrega de equipa­mentos, a Petrobrás transfe­riu para o exterior parte das obras de, pelo menos, quatro plataformas para o pré-sal da Bacia de Santos. Contratados por mais de US$ 2 bilhões e re­gras de conteúdo local de até 70% para estimular a indús­tria local, os serviços foram iniciados na Indonésia e no es­taleiro Cosco, em Dalian, na China.

No Brasil, o cronograma esta­va atrasado por deficiências nos estaleiros Inhaúma (RJ) e Rio Grande (RS). Uma parte traba­lhosa do processo (troca de cha­pa), intensiva em mão de obra, será transferida para a China, com possível redução de postos de trabalho no Brasil.

Serão feitos no Cosco uma par­cela da transformação (conver­são) de três navios em platafor­mas (P-75, P-76 e P-77) para a área da cessão onerosa, que pro­duzirá até 5 bilhões de barris no pré-sal. Também serão feitos no estaleiro chinês estruturas do casco de uma plataforma replicante (que repete exatamente o projeto de outro equipamento) para o pré-sal de Santos.

"Claramente este é um movi­mento da Petrobrás para poder acelerar o desenvolvimento dos campos", disse o presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Roberto Ramos.

A Petrobrás também negocia no exterior para afretar (alugar), e não construir, as cinco platafor­mas (FPSOs) extras para a área da cessão onerosa. O afretamento facilita o cumprimento de me­ta de conteúdo local, pois a em­barcação é computada dentro do cálculo para todo o sistema.

A petroleira diz que não há de­cisão sobre afretamento. Mas o Estado apurou que pelo menos duas unidades são negociadas com a SBM, de Mônaco, e com a Modec, japonesa.

Fontes do setor dão como cer­to que haverá descumprimento de conteúdo local nas obras sub­contratadas ao estaleiro Cosco.

A Petrobrás, que precisará pres­tar contas à Agência Nacional do Petróleo (ANP), nega. "Não ha­verá descumprimento", afirma, em nota.

O grupo EEP, do estaleiro Inhaúma, reisponsável pela con­versão das P-74, P-75, P-76 e P-77, também afirma que cum­prirá o conteúdo local estabeleci­do no contrato com a Petrobrás, prevendo até 35% de realização no exterior.

Se extrapolar os limites de con­teúdo local na conversão, a com­pensação terá de ser feita na fase de montagem da planta indus­trial na plataforma (integração). "O conteúdo local é muito mais influenciado pela construção dos módulos e equipamentos pa­ra o processamento do petró­leo", diz a petroleira.

A decisão da Petrobrás de re­correr à China já mostra que a companhia não está disposta a correr o risco de retardar o au­mento de sua produção por cau­sa dos atrasos da indústria nacio­nal. O governo usa os contratos da Petrobrás para reativar o se­tor naval. Mas, para acelerar o processo foi necessário fazer as encomendas antes de os cantei­ros para as obras (dos estalei­ros) estarem prontos. Com o avançar dos projetos, os garga­los da indústria nacional ficam mais evidentes.

A Petrobrás reconhece que houve uma mudança de estraté­gia por causa da falta de disponi­bilidade dos dois estaleiros.

No caso da plataforma replicante, parte do casco será feita no Cosco por causa do atraso nas obras de construção dos cas­cos, a cargo da Engevix, no Esta­leiro de Rio Grande. A Engevix não comentou. O contrato in­clui oito cascos replicantes e so­ma US$ 3,1 bilhões.

O diretor de Engenharia da Pe­trobrás, José Figueiredo, esteve na China no fim de janeiro para vistoriar as obras e se certificar de que estão no prazo. Já foi ini­ciada no Cosco a troca de casco, limpeza e construção de módu­los de acomodação, entre outros serviços, para as P-75 e P-77.

A P-76 passa por limpeza na Indonésia e depois segue ao Cos­co. Os três navios nem sequer es­tiveram no Brasil, foram da Malá­sia direto para Indonésia e Chi­na. Apenas a P-74 segue o proces­so de conversão no estaleiro Inhaúma, no Rio.

As quatro plataformas da ces­são onerosa, juntas, serão res­ponsáveis por até 600 mil barris/dia, equivalente a 30% da atual produção da Petrobrás. Estão programadas para entrar em 2016 e 2017 nos Campos de Fran­co 1, 2 e 3 e de Nordeste Tupi.

Concorrência. Segundo coloca­do na disputa para a conversão dos quatro navios para a área da cessão onerosa, o presidente da Andrade Gutierrez Óleo e Gás, Paulo Dalmazzo, diz que um des­cumprimento das regras de con­teúdo local seria ilegal. "Perde­mos a concorrência por oferecer preço maior, pois iríamos fazer no Brasil. Para fazer no exterior teríamos conseguido preço me­lhor do que o do vencedor. A Pe­trobrás não pode rasgar uma con­corrência."

O consórcio formado pela Odebrecht, UTC e OAS, reunido no EEP-Inhaúma, venceu o con­trato das quatro conversões com US$ 1,753 bilhão. A Andrade Gutierrez ofertou US$ 580 mi­lhões a mais.

A ANP disse que, pelas regras contratuais, iniciará a fiscaliza­ção somente ao final de cada mó­dulo da etapa de desenvolvimen­to. Se ao final da fiscalização for apurado o não cumprimento da meta estabelecida no contrato a Petrobrás será multada, informa a agência.
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