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terça-feira, abril 23, 2013

MARATONA DE BOSTON. ''MEU BEM, MEU ZEN, MEU MAL''

23/04/2013
Enfrentando a 'banalidade do mal'


Com um suspeito morto e o outro, até agora, incapaz de falar, é grande a perplexidade em torno do atentado de Boston - o que, infalivelmente, aciona teorias conspiratórias.

A perplexidade se explica: é parte do ser humano querer explicações racionais para fatos impactantes. Mas a ação do terrorista costuma andar ao arrepio de explicações racionais.

No caso de agora, estamos até pior do que no 11 de Setembro: naquele episódio, suplantado o espanto inicial, descobriu-se que havia uma lógica terrível por trás dos fatos; uma organização comandada por um fanático muçulmano que tinha nome, cara, identidade.

Desta vez, nada parece definido - a não ser alguns escassos indícios que se podem retirar das biografias dos suspeitos: o fato de serem chechenos, de terem simpatia pelo Islã, de não se considerarem adaptados (sobretudo o mais velho) à vida americana.

É muito pouco - o que logo dispara teorias descabeladas. Se é para enfrentar o terror, entretanto, é preciso usar a lógica, óbvio, mas também escapar das armadilhas da lógica.

Numa entrevista ao "Estado de S. Paulo", o psicanalista e romancista Garcia-Roza fala de algumas dessas armadilhas. Acreditamos, por exemplo, numa entidade chamada "o mal", à qual se oporia "o bem". Comodamente, achamos que o mal é algo de externo, de localizável, de eliminável, já que, com Rousseau, aprendemos que "o homem é bom, a sociedade é que o corrompe".

Mas a verdade - diz Garcia-Roza - é que o bem e o mal estão dentro de nós mesmos, fazem parte do nosso DNA. A Bíblia começa com um assassinato perfeitamente fútil - o de Abel por Caim. O atirador norueguês que matou 77 pessoas numa colônia de férias de um país tranquilo, de belíssimos indicadores sociais, também não apresentou razão plausível para o que praticou; e recusou peremptoriamente diagnósticos de que seria louco. Ele estava possuído pelo desejo de matar.

E assim é a história do terrorismo nos tempos modernos. É algo de profundamente incerto, irregular. Do 11 de Setembro para cá, foi como se houvesse uma longa trégua, nos EUA, salvo aqueles ataques a escolas que confinam com a loucura. Na Europa, os terroristas dos anos 70 foram pendurando as armas à medida que envelheciam.

Nada disso é pretexto para omissão ou letargia. A sociedade moderna tem de conviver com esses desafios, enfrentando-os da melhor maneira possível, mas sem achar que há soluções fáceis - como, por exemplo, estancar as correntes migratórias. Medidas desse tipo correspondem a uma espécie de rendição ao terror. Sociedades cada vez mais fechadas em si mesmas acabam sucumbindo à paranoia que é o terreno onde se movem os terroristas de ontem e de hoje.
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