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terça-feira, abril 09, 2013

SPA's: CUSTO BRASIL

09/04/2013
Barbosa tem reunião ríspida com juízes


O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, teve ontem um encontro tenso com os presidentes das três principais entidades representativas da magistratura. Ele criticou as formas de promoção na carreira, pediu o fim da politização da Justiça e entrou em debates ásperos em diversos momentos.
"O que avilta o juiz são dois fatores: sair com pires na mão para ser promovido e a promoção por merecimento que beneficia aqueles que têm canais políticos", disse Barbosa. "Os senhores não representam a nação. São representantes de classe", afirmou.

"Os senhores não representam a nação", diz Barbosa ao receber juízes no STF

Por Juliano Basile | De Brasília


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, teve ontem um encontro tenso com os presidentes das três principais entidades representativas da magistratura - a Ajufe, a AMB e a Anamatra. Ele criticou as formas de promoção na carreira, pediu o fim da politização da Justiça e entrou em debates ríspidos com os magistrados em diversos momentos.

"O que avilta o juiz são dois fatores: sair com pires na mão para ser promovido e a promoção por merecimento que beneficia os que têm canais políticos", disse Barbosa. "Justiça dependente de pires na mão a políticos é Justiça falha", completou.

O presidente da Ajufe, Nino Toldo, defendeu a promoção dos juízes pelos atuais critérios e foi chamado de "líder sindical" por Barbosa. O vice-presidente da Ajufe, Ivanir Cesar Ireno, argumentou que o projeto que autorizou a criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais (TRFs) no país não foi aprovado de maneira açodada, como o presidente do STF havia dito, e foi advertido que abaixasse o tom de voz, pois sequer havia sido convidado para o encontro. "Sei que todos são magistrados, mas só concedi audiência a três", disse Barbosa.

No início do encontro, Toldo afirmou que a entidade tinha um ofício com propostas para fortalecer o Judiciário e o Estado de Direito. "Os senhores acham que o Estado de Direito no Brasil está enfraquecido?", questionou Barbosa. "Nós temos, seguramente, a mais sólida democracia da América Latina. Me causa estranheza pedir o fortalecimento das instituições democráticas, mas, enfim, eu vou ler o documento."

Em seguida, o presidente da AMB, Nelson Calandra, elogiou a atuação de Barbosa ao longo do julgamento do mensalão. "Mas o STF se prestigia por si próprio", respondeu Barbosa. "Eu recebo críticas injustas, infundadas, algumas são feitas com elementos falsos. Mas esse é um tribunal aberto, que delibera em público. Nada ocorre aqui nas sombras", continuou.

Calandra disse, então, que os demais tribunais do país também não tomam decisões "nas sombras" e voltou a tentar uma aproximação com o presidente do STF, afirmando que ele "promoveu o resgate do Judiciário" no julgamento do mensalão.

"Estou no STF há dez anos e relatei milhares de processos. Esse processo foi apenas mais um, o mais retumbante. Agi nesse processo da mesma forma que em outros. Não houve nada de extraordinário nesse processo em relação aos demais", enfatizou Barbosa.

Toldo disse, em seguida, que as associações de juízes apoiam o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "O CNJ não necessita de apoio", rebateu Barbosa. "Os seus atos estão previstos na Constituição e nas leis."

O presidente do STF lembrou que entidades de juízes entraram com ações no STF contra o CNJ. Calandra alegou que a AMB entrou com ação para que a Corregedoria do CNJ só atuasse nos casos de suspeitas contra juízes, após a apuração pelos tribunais. Nessa ação, a AMB foi derrotada por um voto no STF. "Essa questão está superada", desconversou Barbosa. "O gabinete do STF não é o local para discutir essas questões. Vocês têm um documento sobre o quê?"

Os presidentes das entidades disseram que gostariam de enviar algumas reivindicações. "Quando tiverem algo a colaborar, podem se dirigir primeiro a mim e, depois, à imprensa", advertiu o presidente do STF, que sofreu críticas das entidades em notas nas últimas semanas. "Os senhores não representam o CNJ. Os senhores não representam a nação. São representantes de classe. Mas eu não vim para debater com os senhores."

Calandra afirmou que pediu essa audiência ao gabinete da presidência do STF desde o fim do ano passado, mas não obteve resposta. Barbosa alegou que tem a agenda cheia. "Recebi esse senhor há quatro meses", disse o presidente do STF, referindo-se ao presidente da Ajufe, sem citá-lo pelo nome. "É Nino Toldo", respondeu o líder da Ajufe. "Eu não tenho a obrigação de lembrar o nome do senhor. Reconheci a sua fisionomia", retrucou Barbosa.

Quando os líderes das entidades defenderam a necessidade da criação de TRFs, o presidente do STF respondeu com ironia: "Tenho certeza de que essas sedes [de tribunais] serão construídas em resorts e praias". 

"Em Minas Gerais, não tem praia", rebateu Toldo. Barbosa disse, então, que a aprovação de novos TRFs foi uma irresponsabilidade, pois deve, segundo ele, triplicar o número de juízes no Brasil. "Essa é uma visão corporativa. A Justiça Federal vem se interiorizando de maneira impensada e irracional. É um movimento de irresponsabilidade. Eu gostaria de ter sido ouvido pelo Congresso, e não fui."

Ao fim do encontro, o presidente do STF advertiu os presidentes das associações que eles não deveriam ter visão meramente corporativa. "Nós não podemos raciocinar com aquilo que é apenas de nossos interesses. Temos que pensar no interesse de toda a sociedade", afirmou. "E, na próxima vez, não tragam representantes que não sejam os senhores", disse aos presidentes das associações. "Venham apenas os senhores", pediu, encerrando a reunião.

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