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quarta-feira, abril 17, 2013

VENEZUELA: O "DAY AFTER"

17/04/2013
Visão do Correio 

:: Vitória frágil


Assim como o dinheiro não aceita desaforos, a democracia costuma castigar quem dela desdenha, ou pensa poder lançar mão de seus princípios com propósitos totalitários. Mais dia menos dia, a conta da economia não fecha e o palanque da ditadura disfarçada de democracia simplesmente desaba. É o que acabam de comprovar as urnas da Venezuela. Depois de recorrer a tudo para legitimar a condição de herdeiro de Hugo Chávez, o candidato do anacrônico socialismo bolivariano, Nicolás Maduro, indicado meses antes pelo próprio criador do chavismo, obteve constrangedora vitória de Pirro.

O uso abusivo da máquina pública e das redes de TV a serviço do governo — pouco restou, aliás, da mídia privada ante toda sorte de perseguição oficial —, sem contar o desdobramento exagerado da comoção natural gerada pelo falecimento de Chávez, fazia parecer verdadeiras as bravatas de que os venezuelanos descontentes eram ínfima minoria "comprada" por antiga elite exploradora do povo.

Não foi o que emergiu das urnas. O chavismo venceu, mas não conseguiu diferença superior a 1,77%, o que seria natural em disputa em que os candidatos pudessem contar com os mesmos aparatos e condições. 
Maduro não foi além de 50,66% dos votos, resultado constrangedor para a expectativa que sua campanha criou e revelador de até uma então insuspeita decadência do regime.

Henrique Capriles, que no ano passado tinha sido derrotado por Chávez por mais de 11 pontos percentuais de diferença, cresceu mais de cinco pontos este ano ao receber 49,07% dos votos válidos. Mais importante: o crescimento não se concentrou em regiões mais prósperas, mas espalhou-se por quase todo o país. Boa parte do eleitorado pobre, apesar de ser atendido por programas sociais do governo, preferiu não votar no chavismo sem Chávez.

A verdade é que não deu mais para  esconder a difícil situação da economia, deixada em segundo plano pelo projeto bolivariano. 

Conduzindo o país com mão de ferro, sufocando a imprensa, dominando o Legislativo e submetendo o Judiciário, Chávez moldou a Constituição a seus propósitos. 
Obteve avanços no campo social, mas não percebeu que um fracasso na economia poderia pôr tudo a perder. Confiou na capacidade do petróleo para financiar os programas sociais e descuidou da infraestrutura econômica. 
A Venezuela importa, hoje, 70% do que come e tornou-se o país mais violento e inseguro do continente.

Maduro não terá vida fácil pela frente. Não dá mais para tocar o projeto bolivariano sem remédios amargos e impopulares a fim de trazer a economia de volta à produção e à competitividade. E o "filho de Chávez", como ele mesmo se autodenomina, não terá como fazer tudo isso sem reconhecer a oposição. As urnas obrigaram o chavismo a cumprir, pela primeira vez desde que o coronel chegou ao poder em 1999, um dos mais elementares rituais da democracia, regime em que a minoria tem de ser ouvida, mais ainda quando trouxe das urnas quase metade dos votos. 
E a oposição terá agora a chance de se redimir de erros e omissões, que permitiram que o povo venezuelano fosse submetido a ultrapassado caudilhismo em pleno século 21.
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