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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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terça-feira, novembro 05, 2013

AS VOZES ROUCAS ... (2)

05/11/2013
As marcas de junho


Divulgada no fim da semana, a mais recente edição da série de pesquisas comparativas sobre as opiniões, atitudes e valores em 18 países do Continente - encomendadas desde 1995 pela ONG chilena Latinobarômetro e repassadas com exclusividade à revista britânica The Economist - não traz um único resultado de que a presidente Dilma Rousseff possa se orgulhar. Significativamente, a parte brasileira do levantamento foi realizada (pelo Ibope) na segunda quinzena de júnho, quando, em todo o País, as ruas estavam tomadas por protestos contra a aviltante qualidade dos serviços públicos. O estopim foram os aumentos dos preços das passagens de ônibus.

Previsivelmente, o "despertar do gigante", como veio a ser chamada a súbita onda de manifestações, se traduziu de imediato na queda dos índices de avaliação do governo federal e do desempenho pessoal da presidente, sobretudo entre os jovens. Desde então, ela recuperou parte das perdas. Os números, no entanto, desmentiram as profecias do mar-queteiro do Planalto, João Santana, para quem Dilma voltaria a navegar em céu de brigadeiro antes que novembro chegasse. O quadro é de estagnação. Depois de ter afundado a 31%, ou 24 pontos abaixo dos 55% de aprovação de que o governo ainda desfrutava, o índice se estabilizou a partir de agosto - imune, portanto, à roda viva de viagens, discursos, lançamentos e inaugurações a que a presidente se entregou.


Dilma, é sabido, nunca emitiu luz própria que explicasse as alturas a que chegou a sua popularidade antes que a elevação dos preços dos alimentos, no primeiro semestre do ano, começasse a empurrá-la para baixo. 

Ela basicamente refletia a ofuscante luminosidade do padrinho Luiz Inácio Lula da Silva, com seus 85% de aprovação, a que acrescentou uns tantos watts no primeiro ano do seu mandato, ao assumir o papel de faxineira dos malfeitos de sua equipe. Não a ponto de desalojar o mentor da liderança constante nas pesquisas de intenção de voto para 2014. O espetáculo ficou em cartaz por pouco tempo, enquanto assomava, com crescente nitidez, a negação dos seus alegados atributos gerenciais. A pesquisa do Latinobarômetro captou, por mais de um ângulo, o apagão da presidente.


O instituto manda perguntar sistematicamente aos latino-americanos (20 mil foram ouvidos este ano) qual o seu grau de satisfação com o modo pelo qual a democracia funciona nos seus respectivos países. Os resultados tendem a exprimir, menos do que juízos abstratos sobre o sistema democrático, o que as pessoas acham da aptidão dos governantes de turno em responder às demandas do interesse coletivo, como prometeram para se eleger. Sob Dilma, são pouco mais de 20% os brasileiros que se declaram "muito" ou "algo satisfeitos" com o funcionamento da democracia. Eram 40% quando assumiu. Mais: em 2011, com aprovação de 67%, Dilma era a segunda líder regional mais popular. Hoje, com 56%, caiu para a sétima posição.

O governo do "Brasil para todos" é um fracasso de bilheteria. Não chegam a 30% os entrevistados para os quais o País é de fato governado em benefício de todos. (Pior do que o País, nesse quesito, só a Costa Rica, Honduras e Paraguai. Já o Uruguai lidera folgadamente o ranking, com 80%.) Uma segunda e talvez ainda mais negativa revelação sobre o governo petista está na percepção dos entrevistados acerca do progresso nacional. No primeiro ano da gestão Dilma, a maioria absoluta da população (52%) achava que o Brasil progredia. Atualmente, a mesma opinião é compartilhada somente por 33%. Não se imagine que o País espelha um pessimismo majoritário quanto ao progresso na América Latina. Se espelhasse, não teria caído da terceira para a décima primeira posição nesse quesito no âmbito regional.

Seria prematuro inferir daí que as chances de Dilma se reeleger ficaram ameaçadas. As sondagens ainda a apontam como favorita (com margem menor, é verdade, se os seus adversários forem José Serra e Marina Silva, seus rivais em 2010). Mas os dados indicam que é mais difícil para ela agregar votos no Sudeste e nas capitais; daí a prioridade da mal disfarçada campanha a que já se dedica para consolidar a sua aprovação no Nordeste e no interior.

adicionada no sistema em: 05/11/2013 02:50

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