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quinta-feira, novembro 08, 2007

CPMF & GOVERNO LULA: PARTIDOS & POLÍTICOS [FIÉIS AO UMBIGO]


Guardada a sete chaves pelo governo, a planilha de votação da CPMF explica a reverência devotada pelo Planalto ao oposicionista PSDB. O consórcio que dá suporte a Lula no Congresso tem 53 senadores. São quatro votos a mais do que os 49 necessários à renovação do imposto do cheque. O problema é que há na lista dois dissidentes conhecidos e três potenciais traidores menos badalados. Confirmando-se as cinco defecções, a CPMF seria mandada para o beleléu.
Os dissidentes manjados são Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Mão Santa (PMDB-PI).
Os quintas-colunas potenciais são Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Geraldo Mesquita (PMDB-AC) e Expedito Júnior (PR-RO). O governo já jogou a toalha nos casos de Jarbas e Mão Santa. Não desistiu, porém, dos outros três. Nas próximas semanas, pretende exceder-se nos afagos. Faz, no momento, um levantamento das emendas que cada um injetou no Orçamento. Mapeia, de resto, reivindicações que por ventura tenha deixado de atender num ou noutro ministério. Mozarildo mostra-se, por ora, pouco suscetível a abordagens. Mede forças na política de Roraima com Romero Jucá (PMDB-RR), o líder de Lula no Senado. Em Brasília, tende a postar-se sempre no campo oposto ao do rival. As ameaças de Mesquita e Expedito, porém, são vistas como meras tentativas de “valorizar o passe”, na expressão de um dos operadores do Planalto.
Devolvido ao varejo dos pequenos -e grandes- favores e submetido, de novo, à contabilidade apertada, o governo foi surpreendido por uma outra novidade. Um princípio de incêndio que, se não for debelado, pode converter-se no Waterloo da emenda da CPMF. Dono de cinco preciosos votos no Senado, o PDT passou a condicionar o apoio ao imposto do cheque a duas reivindicações gerais e a uma exigência específica.
As gerais: o partido avisou ao ministro Guido Mantega (Fazenda) que só aprova a CPMF se o governo reduzir a alíquota da contribuição, hoje em 0,38%, e apresentar um plano de contenção dos gastos correntes da União. Agora, a condicionante específica: Cristovam Buarque (PDT-DF) condiciona o seu voto à separação entre a CPMF e uma outra encrenca chamada DRU (Desvinculação das Receitas da União). A DRU permite ao governo reter 20% de todas as verbas públicas que têm algum tipo de vinculação constitucional. Inclusive o dinheiro destinado à Educação, uma área cara a Cristovam. O senador chama de “roubo” o naco do orçamento arrancado da Educação e transformado em caixa do Tesouro. E diz que, se a DRU for mantida na emenda da CPMF, vai votar contra.
Não é só: o senador César Borges (BA), seduzido pelo governo a trocar o oposicionista DEM pelo governista PR, meteu-se, nos bastidores, numa negociação com o seu antigo partido. Preocupado com o risco de perda do mandato, ele acena com a hipótese de votar contra a CPMF caso o DEM, em troca, desista de reivindicar o seu mandato na Justiça Eleitoral, por conta da infidelidade.
Há mais: o governo não tem convicção quanto ao voto de Pedro Simon (PMDB-RS). O Planalto acha que, naquela hora em que a onça bebe água, Simon vai votar a favor da CPMF. Mas o senador faz mistério. O silêncio de Simon inquieta tanto o governo quanto a oposição, que, até bem pouco, dava o voto dele como vela certa no túmulo do imposto do cheque.Às voltas com tantas interrogações, o governo trama em segredo investidas na seara da oposição. Quer conquistar entre três e quatro votos de tucanos e ‘demos’. A cúpula do PSDB rumina dúvidas em relação à fidelidade da tucana Lúcia Vânia (GO). O DEM remói internamente os receios em relação a dois votos: Jaime Campos e Jonas Pinheiro, ambos de Mato Grosso. Ainda que Lúcia, Jaime e Jonas decidam pular a cerca, as contas do Planalto continuarão apertadas, muito apertadas, apertadíssimas.
Tudo considerado, tem-se no Senado um cenário muito diferente do que se verificou na Câmara. Entre os deputados, o governo prevaleceu na base da fisiologia. Não precisou negociar nada além de cargos e verbas. Entre os senadores, além de arrostar um segundo round de demandas fisiológicas, o Planalto terá de ceder na essência. Na negociação com o PSDB, levou à mesa concessões que, mesmo depois de o tucanato ter roído a corda, não podem mais ser arrancadas da pauta. E, se quiser assegurar os votos de senadores como os do PDT, talvez tenha de conceder algo mais além de emendas orçamentárias e vagas no organograma estatal.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 0811.

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