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quarta-feira, novembro 07, 2012

ELEIÇÕES 2014. PRESIDENCIÁVEIS



Economia e política após as eleições



Autor(es): José Matias-Pereira
Correio Braziliense - 07/11/2012
 

Professor de administração pública e pesquisador associado da Universidade de Brasília (UnB), economista e advogado, doutor em ciência política pela Universidade Complutense de Madri (UCM-Espanha) e pós-doutor em administração pela Universidade de São Paulo (USP)
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Terminadas as eleições municipais e divulgados os resultados, teve início a fase em que os cientistas políticos e analistas foram chamados a responder a algumas perguntas aparentemente simples. Que partidos e lideranças saíram vitoriosos? Como e com quais legendas o PT vai estabelecer alianças para a sucessão presidencial em 2014? Que candidato da oposição poderá ameaçar a reeleição de Dilma Rousseff? Levando-se em conta a dimensão e a complexidade do cenário político nacional, não são perguntas fáceis de responder. Observa-se que as lideranças partidárias tiveram algumas surpresas advindas das urnas, que reafirmaram o desejo de renovação.
Em termos estatísticos, definir quem perdeu e quem ganhou a eleição municipal depende do enfoque e da abordagem que se deseja priorizar. Pode-se afirmar, inicialmente, que o mapa político brasileiro passará a ter nova configuração a partir do próximo ano, considerando que 11 prefeitos de capitais foram eleitos por diferentes legendas, o que evidencia uma verdadeira pulverização de partidos no Brasil.
Constata-se que nas capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores destacaram-se o PT, o PSDB e o PSB. Conduzidos por lideranças políticas experientes, os três tiveram desempenho significativo, o que os colocam no centro das articulações políticas e alianças que necessariamente terão que ser feitas com vista à próxima eleição presidencial.
Ficou evidenciado que as principais lideranças nacionais — com maior ou menor intensidade — visaram o fortalecimento das respectivas legendas, independentemente das alianças estabelecidas. Essa postura, aparentemente contraditória, tem como base as pretensões político-eleitorais de cada uma delas em 2014 — por exemplo, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), do senador Aécio Neves (PSDB-MG), da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Eduardo Campos emerge como candidato natural e viável à Presidência da República em 2014. As cooperações recíprocas entre o PSDB e o PSB indicam que a composição de uma chapa do governador pernambucano com o senador mineiro, apesar das reconhecidas dificuldades a serem superadas, é algo que não pode ser descartado.
A decisão de Dilma Rousseff de interferir na campanha de São Paulo, em favor de Fernando Haddad, estimulada por Lula, contribuiu para uma vitória importante para o PT. Por seu lado, a postura de Lula de nacionalizar a campanha, bem como a demora da presidente Dilma de engajar-se nas eleições municipais — visto que possui inegável capital político — não foi uma boa estratégia.
Os dirigentes do PT terão que refletir sobre os erros cometidos pela legenda, que resultou em derrotas preocupantes, como as sofridas em Campinas (SP), Belo Horizonte e Recife, no primeiro turno; e Salvador, Fortaleza e Teresina, no segundo. Inclua-se nesse tabuleiro o enorme desgaste sofrido por Dilma e Lula na eleição de Manaus, onde a candidata dos dois, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), foi derrotada de forma inquestionável pelo ex-senador Artur Virgílio (PSDB-AM).
O bom desempenho obtido por partidos de oposição, bem como por legendas que apoiam o governo Dilma (como o PSB, que se encontra em lados opostos ao PT em pelo menos 15 estados), apresenta-se como obstáculo relevante no esforço de viabilizar a reeleição. Isso exigirá que a presidente reavalie e reorganize sua base, pois velhos e novos atores, com aspirações políticas aguçadas pelos resultados das urnas, estarão presentes nessa nova configuração de forças.
A reeleição de Dilma Rousseff vai depender, assim, da sua capacidade, apoiada por Lula, de renovar a aliança com o PMDB para 2014, além de governar com competência, promovendo a retomada do crescimento econômico, e torcer para que os efeitos da crise econômica internacional não se intensifiquem no Brasil, prejudicando o desempenho da economia nos dois últimos anos do governo. É importante lembrar que economia e política caminham juntas. Se a primeira vai mal, os eleitores tendem a substituir os líderes.
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