PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

quarta-feira, dezembro 19, 2012

AS VALQUÍRIAS... *



Não creia em bruxas, mas que as há, ah há!



Autor(es): José Nêumane
O Estado de S. Paulo - 19/12/2012
 

Em Paris, cenário favorito para de­sabafos de presi­dentes petistas, Dilma Rousseff fez uma digres­são interessante sobre suas con­vicções pessoais a respeito de corrupção de agentes públicos: ela é a favor de tolerância zero para pôr fim aos malfeitos dos larápios, mas contra a "caça às bruxas"
O combate sem trégua é dirigido indiscriminadamen­te contra quem desafiar seu in­dómito espírito republicano e a vigilância que ela anuncia para evitar malversação do erário. 
A exceção refere-se a seu ex-che­fe, padrinho e antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, sobre quem quaisquer suspeitas, por mais que apoiadas em provas ou evidências, são por ela consi­deradas uma "indignidade".

A tolerância zero da presiden­te não garante lisura na gestão do dinheiro público, mas revela seu estilo de mando. É de todos conhecida a curtíssima exten­são do pavio da chefe de gover­no: suas explosões de mau gênio são tão estridentes que os im­propérios atravessaram os geral­mente indevassáveis salões e corredores palacianos, tornan­do-se famigerados. 
Quanto à corrupção propriamente dita,, sua reação é, sem nenhuma in­tenção de desrespeitá-la, pavloviana: cada auxiliar de alto esca­lão que não tenha a proteção de sua benquerença, ao ser denun­ciado, é logo demitido. Os que habitam os desvãos secretos de seus afetos não recebem trata­mento isonômico. É notório o caso do ministro Fernando Pi­mentel, cujo cargo foi mantido sem que nunca tivesse sido es­clarecido de que sabença dispõe para justificar os altíssimos pre­ços pagos por suas palestras. 
Pa­ra poupá-lo a chefe chegou a le­var um ícone da antiga moral pe­tista, o ex-ministro Sepúlveda Pertence, a renunciar à Comis­são de Ética da Presidência da República, após não reconduzir membros interessados na conta­bilidade da consultoria de seu auxiliar do peito.

Nem protegidos de seu padri­nho foram poupados quando denunciados pelos adversários da "mídia". Só que, depois, nin­guém seria alcançado pelos bra­ços da punição penal, donde se conclui que a perda de cargo é a pena máxima para amigos.

Isso, é claro, não vale para os inimigos de ocasião. Não há deli­to de que seja acusado um com­panheiro petista que não des­perte a sanha de sua base de apoio parlamentar a apontar com seu dedo em riste na dire­ção do ex-presidente Fernando Henrique, cujo único crime re­conhecido é a filiação ao PSDB. Se bem que neste momento o referido tucano venha sendo acompanhado por novos desa­fetos, como o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusado de alta traição por ter sido nomeado pelo petista Lu­la, confirmado por Dilma e, ape­sar disso, ter apresentado um libelo acusatório que terminou levando o Supremo Tribunal Fe­deral (STF) a condenar os petis­tas Dirceu, Genoino e Delúbio.
A "caça às bruxas" não atende aos requisitos mínimos da lógi­ca e da verdade. 
Haverá, de fato, uma onda de delação, premiada ou não, no momento no Brasil? Vamos aos fatos: o operador do mensalão, que, conforme o PT da presidente, nunca existiu, Marcos Valério Fernandes, pro­curou o Ministério Público Fe­deral (MPF) para contarque de­positou dinheiro da corrupção na conta do ex-segurança e ex-aloprado Freud Godoy suposta­mente para pagar contas pes­soais de Lula, Será verdade? A ministra do STF Cármen Lúcia disse que duvida. Dilma não he­sitou: fora do País, sendo recebi­da pelo presidente da França, François Hollande, não apenas desmentiu, como deu ordens, segundo noticiário confiável, ; para seus ministros saírem em defesa do companheiro-mor. I Estarão corretas as insignes damas republicanas? É simples responder à questão. Basta abrir um inquérito, saber se de fato o depósito foi feito e exigir que o destinatário, caso seja confirma­do, conte o que fez com o dinhei­ro. Aí a polícia, sob as ordens do solerte dr. José Eduardo Mar­tins Gardozo, poderia aprovei­tar a ocasião para inquirir o mes­mo acusado a respeito de sua participação na falsificação de um dossiê contra o tucano José Serra na eleição de 2006.

Em vez de mandar a Polícia Federal investigar, contudo, obediente às ordens emanadas de Paris, o dr. Cardozo absol­veu imediatamente o padrinho I da chefe: "Do ponto de vista jurí­dico, isoladamente, esse depoi­mento não tem nenhum signifi­cado. Foi produzido por uma pessoa que já estava sendo pro­cessada, condenada no julga­mento, feito visivelmente na tentativa de tumultuar esse pro­cesso. Esse depoimento não tem valor probatório".

Homem de confiança de Lula no governo atual, o ministro que chefia a Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carva­lho, sentiu-se à vontade para se acumpliciar com a comandan­te, batendo duro no delator: "O que mais nos impressiona nes­te momento é como uma pes­soa que foi condenada a longos anos de prisão, por ser o cére­bro e o provocador de dois pro­cessos, de repente, num gesto de desespero para tentar amai­nar sua pena, é tomado de tama­nha credibilidade. O que este se­nhor tem revelado, particular­mente a respeito do presidente Lula, é de uma falácia, de uma falsidade, impressionantes. Me impressiona a credibilidade que se dá a esse cidadão nessa hora, tanto nos detalhes quanto no conteúdo mais profundo". Trata-se de uma deslavada apos­ta na amnésia ampla e geral: to­dos sabem que o dito desqualifi­cado patrocinou uma romaria de banqueiros também conde­nados no processo do mensalão a gabinetes do alto comando fe­deral no primeiro governo Lula, entre os quais o do chefe da Ca­sa Civil à época, José Dirceu. Se crime não houve, criminoso há? E de que autoridade moral se investe alguém que nega credibilidade à palavra de um réu e atribui a um colega de banco de­le no julgamento a aura de már­tir injustiçado?

Terá Valério nomeado Rose­mary Novoa de Noronha, de­nunciada pelo MPF, para che­fiar o gabinete da Presidência da República em São Paulo? Te­rá sido em seu nome que ela no­meou figurões da burocracia fe­deral? Sob sua égide terá pratica­do os delitos de que é acusada? Ou será, por acaso, ela a bruxa que Dilma não quer que cacem?
-----
(*) Ópera de Richard Wagner.
---

Nenhum comentário: