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sexta-feira, março 15, 2013

BRASIL/IDH: DEVAGAR, QUASE PARANDO...

15/03/2013
Brasil avança bem devagar, conclui a ONU

Pesquisa mostra que o país estacionou no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e ficou na 85ª colocação entre 187 nações, a mesma posição de 2011. As Nações Unidas, no entanto, elogiaram as políticas brasileiras de combate à pobreza. O governo contestou os números

Governo rebate relatório da ONU

Dados desatualizados teriam impedido evolução brasileira no IDH. País prometeu ir a Nova York contestar

KARLA CORREIA

Desgastado com o resultado da economia em 2012, o governo reagiu com azedume à divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que manteve o Brasil em 85º lugar no ranking elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). 

O relatório divulgado ontem atingiu em cheio as políticas federais para a área social, cartão de visitas da gestão da presidente Dilma Rousseff, já que envolve indicadores de saúde, educação e renda. Os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Tereza Campello (do Desenvolvimento Social) foram escalados para rebater os dados apresentados no estudo. Eles questionaram as informações utilizadas pelo organismo da ONU para fazer o ranking do IDH. "Os dados brasileiros estão incorretos, a avaliação é injusta com o Brasil", afirmou Tereza.

O ministro Aloizio Mercadante disse que os números relativos à educação no Brasil utilizados na elaboração do relatório são de 2005. Segundo Mercadante, essa falta de atualização dos dados fez com que 4,6 milhões de crianças de até cinco anos matriculadas na pré-escola tenham ficado de fora dos cálculos do Pnud. "Só essa alteração já seria suficiente para fazer o país subir umas 20 posições no IDH", afirmou o ministro. De acordo com Mercadante, funcionários do governo federal irão a Nova York para debater com técnicos do Pnud os dados usados no levantamento.

"Só queremos que corrijam aquilo que é de direito do país", disse o ministro da Educação. "Não tem como acreditar que um país do tamanho do Brasil tenha apenas 25 mil crianças até cinco anos matriculadas em escolas. Em 2000, já era possível observar uma defasagem entre os nossos números e aqueles utilizados na construção do ranking do IDH. Essa defasagem se manteve", criticou Mercadante.

Tereza Campello afirmou que o governo recebeu os resultados do IDH com "sentimentos divididos", por conta da diferença de tratamento dado ao país nas diferentes partes do documento. "Em todo o relatório há referências elogiosas, somos citados como modelo de desenvolvimento, como um novo paradigma de desenvolvimento inclusivo. Em vários momentos, o Brasil é destacado como referência nas inovações de políticas sociais. Isso nos orgulhou a todos", disse a ministra.

Os elogios dedicados ao Brasil, contudo, não encontram eco nos números divulgados pelo organismo. "Quando vamos para a construção dos indicadores, os dados continuam desatualizados. Se todos os países tivessem dados desatualizados, ficariam todos frustrados. Não entendemos algumas metodologias usadas no levantamento, continuamos frustrados com esses indicadores e com o resultado do ranqueamento", observou Tereza.

Resposta

O Pnud reconheceu não ter utilizado os dados mais atuais do país, porque nem todas as nações contam com estatísticas recentes. Dessa forma, foi necessário padronizar as informações para fazer comparações. Para aplacar a ira do governo, porém, o organismo da ONU se antecipou, apresentando o que chamou de "exercício" — um recalculo usando dados mais atuais. Pelas novas contas, que não são oficiais nem entrarão no relatório, a média de anos de escolaridade saltou de 7,2 anos para 7,4 anos e a expectativa de vida subiu de 73,8 anos para 74,1 anos, entre outras atualizações.

Mesmo assim, o IDH brasileiro chegaria a 0,754 — contra os 0,730, atualmente. E não pode ser considerado, visto que para elaborar um novo ranking teria de haver recalculo de todas as nações. Mercadante elogiou o Pnud por ter feito um cálculo com dados mais atuais para o Brasil, mas cobrou que a conta se torne oficial. "Esse exercício só mostra que estamos certos e que os dados precisam ser atualizados", disse o ministro da Educação, ao citar a palavra "exercício" usada pelo organismo da ONU./
Colaborou Grasielle Castro

4,6 milhões
Número de crianças de até cinco anos matriculadas na pré-escola que não teriam sido contabilizadas, segundo o governo

Palavra de especialista
Um bom parâmetro

O IDH possui dois parâmetros de análise: o seu valor absoluto (de 0 a 1) e o seu ranking. A mudança na forma de calcular o IDH, de 2010 para cá, tornou seu valor absoluto irrelevante e imaterial. Isso porque a nova metodologia usa referências máximas e mínimas variáveis, por indicador, a cada ano. E recalcula os dados da edição anterior, ou seja, recalcula o índice passado. Essa revisão anual pode esconder "em anos que nunca existiram" variações importantes. No IDH de 2011 o Brasil estava na 84ª posição e, agora, está na 85ª, mas sua variação no ranking divulgado é de zero — devido ao recalculo do ano anterior, que silencia o IDH. 

Contudo, o ranking continua sendo um bom parâmetro. O último ano em que o Brasil esteve bem no ranking foi 2005 (63° lugar). De lá para cá, o país vem caindo na relação do IDH. Há 10 anos, a diferença entre Brasil e Chile (país da América Latina atualmente mais bem colocado) era de 28 posições, hoje esse hiato se ampliou para 44 posições. A desaceleração do crescimento anual do IDH brasileiro — de 1,26% ao ano, de 1990 a 2000, para 0,73% ao ano, de 2000 a 2012 — é sinal de que ainda estamos longe de alcançar países de maior desenvolvimento.

Flávio Comim é economista, professor das universidades Federal do Rio Grande do Sul e de Cambridge.

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