PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

sexta-feira, março 15, 2013

''MEA CULPA''

15/03/2013
Papa argentino leva Cristina a se reaproximar da Igreja

Temas como o casamento entre homossexuais, a "morte digna" e a flexibilização sobre a "barriga de aluguel" tendem a sair da agenda da presidente argentina, Cristina Kirchner, ao menos neste ano. Diante da eleição do cardeal de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, como o novo papa Francisco, Cristina já ensaia uma reaproximação com a cúpula da Igreja Católica


Cristina agora busca paz com a Igreja

Por César Felício | De Buenos Aires

Temas como o casamento entre homossexuais, a "morte digna" e a flexibilização sobre a "barriga de aluguel" tendem a sair da agenda da presidente argentina, Cristina Kirchner, ao menos neste ano. Diante da eleição do cardeal de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, como o novo papa Francisco, Cristina já ensaia uma reaproximação com a cúpula da Igreja Católica.

A presidente estará na cerimônia de assunção do papa Francisco na terça-feira e convidou para sua comitiva dirigentes da oposição, como o deputado Ricardo Alfonsín, da União Cívica Radical (UCR), e o presidente da Suprema Corte, Ricardo Lorenzetti, com quem está em confronto. Em entrevista à agência oficial de notícias Télam, o embaixador da Argentina na Santa Sé, Juan Pablo Cafiero, afirmou que a "eleição de Bergoglio é positiva para a Argentina".

"Despolitizar a comitiva que vai à cerimônia é um gesto forte de moderação", avaliou o cientista político Marcos Novaro, vinculado à oposição. Em outubro, haverá eleições parlamentares na Argentina, que poderão dar a Cristina a maioria necessária no Congresso para alterar a Constituição e garantir o direito a uma nova reeleição em 2015. Antes disso, o papa Francisco deve visitar o país. Ontem, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardo, afirmou que é "natural" que a Argentina seja um dos primeiros países a ser visitado pelo novo pontífice.

Apesar de 90% da população do país ser nominalmente católica, o governo argentino buscou nos últimos anos capitalizar a secularização crescente da sociedade, com uma agenda de ampliação de direitos de minorias. "Esse avanço sempre foi contestado pelos setores tradicionais do peronismo, que bloqueou a implementação das mudanças nas Províncias. Com um papa argentino no Vaticano, o governo deve ceder mais espaço ao catolicismo convencional", disse Novaro.

Em 2011, a base governista no Congresso aprovou um projeto flexibilizando à proibição do aborto, permitindo a prática na hipótese de estupro. A lei dependia de regulamentações regionais e poucos governadores o fizeram. No ano anterior, o Congresso aprovou a legalização do matrimônio homossexual. Em 2012, permitiu a mudança de sexo no registro civil.

Bergoglio se opôs às mudanças, mas a oposição teria dificuldades de capitalizar uma reação conservadora às vésperas da eleição. Setores como o Partido Socialista e o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, apoiaram as propostas. "Ele encarna um sentimento antikirchnerista, mas como a oposição não tem viés clericalista, dificilmente pode se beneficiar em um confronto da Igreja com o governo", afirmou o cientista político Diego Raus, da Universidade de Lanús.

Um confronto entre Igreja e peronismo foi um dos detonadores da queda de Juan Domingo Perón da Presidência em 1955. O então presidente legalizou o divórcio e a prostituição e foi excomungado pelo papa Pio XII. Em reação, peronistas incendiaram igrejas no feriado de "Corpus Christi".

O quadro atual na Argentina é outro. "Da mesma forma que os sinais iniciais do governo são de moderação, a Igreja não parece disposta a uma guerra contra o governo", disse Novaro. Também fará parte da comitiva o presidente da Conferência Episcopal Argentina, dom José Maria Arancedo, arcebispo de Santa Fé. O vice-governador da Província de Buenos Aires, Gabriel Mariotto, chegou a chamar Francisco de " papa peronista".

A expressão não é incorreta: Jorge Bergoglio integrou nos anos 70 a "Guarda de Ferro", grupo de militantes peronistas que combatia a ascensão da esquerda dentro do movimento. A "Guarda de Ferro" foi estimulada por Perón, já perdoado pelo Vaticano.

Mesmo em um ambiente secular, Cristina preservou espaços privilegiados para a Igreja. A Constituição do país ainda considera a Igreja Católica a "religião oficial do Estado" em seu segundo artigo. E na recente lei de meios que Cristina impulsionou, as emissoras de rádio e de televisão católicas estão excluídas dos limites impostos aos demais meios de comunicação.
-----------

Nenhum comentário: