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segunda-feira, julho 01, 2013

OCDE. O PAÍS NA CONTRAMÃO

01/07/2013
Estudo mostra Brasil afastado das cadeias globais


A participação do Brasil nas cadeias globais de valor é baixa, ficando atrás apenas da Argentina e da África do Sul, entre os países que não pertencem à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Isso indica que as empresas do país estão à parte de um movimento global que vem ajudando a baratear os custos e aumentar a eficiência dos sistemas de produção de manufaturas. 


"É um dado preocupante porque significa que o país está fora das tendências de vanguarda e do desenvolvimento tecnológico", afirma Cristina Reis, consultora do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Trabalho do Iedi com base em estudo conduzido pela OCDE e pela Organização Mundial do Comércio (OMC) indica que a parcela estrangeira nas exportações totais brasileiras chega perto de 10%, enquanto a contribuição brasileira ao valor adicionado nas exportações de outros países é de 20%. Com isso, o índice de participação do país nas cadeias produtivas globais - a soma dos dois componentes anteriores - alcança 30%, abaixo dos cerca de 40% detidos pelos americanos e também de igual número alcançado pelos chineses.

Cristina ressalta, contudo, que os números sozinhos não dizem muita coisa. A contribuição brasileira às exportações de outros países, um pouco mais alta, é resultado principalmente da entrada de insumos, como minério, aço e ferro incluídos nessas cadeias globais. Já a participação estrangeira nas exportações brasileiras - onde o Brasil destoa, com uma média abaixo do padrão mundial - decorre do conteúdo das nossas exportações, ainda bastante associadas a bens primários e intermediários que não exigem componentes vindos do exterior. "Fora que os produtos manufaturados que a gente vende não estão integrados na cadeia produtiva global", diz Cristina. Isso é bom ou ruim?

"Não há resposta genérica", diz Cristina. A parte boa, diz, é que o país exibe uma matriz industrial diversificada e resiliente. "Mas ela não está integrada internacionalmente e está fora da evolução das cadeias internacionais e, à medida que elas vão desenvolvendo, ficamos fora das inovações", diz. Segundo Cristina, é essa "marginalidade" nas cadeias produtivas globais um dos fatores que explicam a menor participação brasileira nas exportações mundiais de manufaturados, e, principalmente, de produtos de média e alta tecnologia.

Mas as coisas não são tão fáceis e até mesmo a China, um gigante focado no desenvolvimento de uma indústria de alta e média tecnologia, enfrenta obstáculos nesse movimento de inserção global. A metodologia recém-lançada pela OCDE e pela OMC permite visualizar que, embora os chineses se mostrem cada vez mais dispostos a não contribuir apenas para a matriz industrial dos países centrais, eles ainda penam em algumas situações. Na cadeia produtiva dos tão incensados iPhones, a forma tradicional de mensuração indica que a China exportou US$ 1,9 bilhão desses produtos eletrônicos para os Estados Unidos em 2009.

Quando, no entanto, se observa a origem do valor adicionado nas diferentes etapas de produção associadas ao produto, vê-se que apenas US$ 73,5 milhões (ver tabela) ficaram efetivamente com os chineses, com nada menos do que US$ 685 milhões no bolso dos japoneses. Os componentes vêm de diversas partes da França, da Alemanha e da Malásia, e isso é exemplo de realocação produtiva, diz Cristina.

"O produto chinês não é produzido lá. A maior parte dele vem do Japão, os chineses só montam, o que adiciona muito pouco valor agregado", diz Cristina. Segundo ele, falta aos chineses tecnologia, recursos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), e até mesmo os navios que fazem o frete das peças. "O dinheiro vai para a China, mas a China anteriormente pagou ao resto do mundo para poder produzir esse iPhone".

Se aproximar de países como Indonésia ou Tailândia, com bons índices de inserção global, mas muito procurados pela mão de obra barata e específica para têxteis ou eletrônicos, também não seria a melhor opção. "Mas mesmo esses países conseguiram desenvolver tecnologia por causa dessa integração", diz Cristina. Na Tailândia, ressalta, foram feitos acordos com os japoneses no campo do conhecimento cujos efeitos foram positivos. "Mas os maiores benefícios vindos das atividades que geram mais valor adicionado ainda ficam com os países centrais".

A saída, diz Cristina, é que o Brasil privilegie políticas mais abertas de mercado e com menos tarifas, sem, no entanto, abrir mão de um Estado regulador. "Se não há regras, como transferência tecnológica, o esforço de assegurar boas condições de trabalho e investimentos, limitando a circulação para que eles não possam sair com facilidade, os acordos comerciais vão beneficiar apenas quem é o detentor da tecnologia e está entrando no país".

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